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WOM Reviews – Besta / Full Of Hell / Fetal Decay

WOM Reviews – Besta / Full Of Hell / Fetal Decay

Besta – “As Sessões Do Sounds Like Us “Em Direto Do Brasil””

2021 – Raging Planet

Besta sempre foi sinónimo de porrada e violência sónica, mas sempre a espalhar mensagens de conteúdo social pertinente. Grindcore que é feito de forma exímia e ao qual é impossível ficar indiferente. Seja ao vivo, seja em disco ou até mesmo em disco ao vivo. Sete temas que se despacham em coisa de dez minutos e que é tão cru como aquilo que estão a pensar. Ou mais ainda. Violento e acutilante e uma boa forma de descarregar energias. O essencial para se manter a sanidade num mundo cada vez mais louco.

8/10
Fernando Ferreira

Full Of Hell – “Garden of Burning Apparitions”

2021 – Relapse

Por parte dos Full Of Hell já se sabe bem o que esperar – uma mistura bruta entre o grindcore/powerviolence e o experimentalismo musical que muitas vezes vai desaguar ao noise. Ou seja, violência a dobrar. O facto de se saber ao que se vem não quer dizer que se tenha tornado banal a experiência de mergulhar neste mundo sujo, feio e cada vez mais agressivo da banda norte-americana. Continuam a saber dominar com muito poucos a difícil arte de injectar dinâmica de forma a que o extremismo seja mais sentido. Algo que as ambiências frias e ambientais por aqui espalhadas fazem com brilhantismo. Não é um álbum agradável, nem sequer que nos faça sentir especial apreço pela vida, pelo mundo, e especialmente com para os “humanos” que nele habitam, mas é o ideal para exorcizar e descarregar todos os sentimentos de misantropia. Ouçam lá a “Derelict Satellite” e digam se não ficam vazios? Ou então K.O., qualquer uma das duas pode acontecer.

8/10
Fernando Ferreira

Fetal Decay – “Becoming The Immortal”

2018 – Rising Nemesis

Esta pequena incursão pela carreira dos russos Fetal Decay tem sido por demais interessante. Embora a capa deste EP de 2018 não seja especialmente interessante, em termos sonoros, o nível da jarda aqui contida é épica. Castanhada da grossa do início ao fim, com um poder bruto na produção (a melhor daquilo que ouvi deles até hoje), com um som cheio e que não dá tréguas principalmente quando as posições têm mesmo como esse objectivo. Mas a parte mesmo positiva é a forma como as músicas são dinâmicas. E neste ponto inclui-se a cover de Internal Bleeding, que até inclui um shout out de Chris Pervelis da banda norte-americana.

9/10
Fernando Ferreira

Fetal Decay – “Your Enemy Is You”

2005 – Relics

Recuo acentuado até ao primeiro álbum dos russos Fetal Decay, com este “Your Enemy Is You”. Esta capa representa bem como era o brutal death metal da altura. Pouco refinado em termos artísticos mas ainda assim com os seus pontos positivos. A sonoridade da banda é bem mais dinâmica e interessante do que a arte da capa poderá ao início supor. Com temas mais longos que o habitual e com excelentes pormenores técnicos, é interessante reparar como o potencial da banda vai bem mais além do que o crédito que lhes estavámos dispostos a dar inicialmente. Um álbum ao qual se volta facilmente, mesmo que no contexto do brutal death esteja um bocado ultrapassado.

7.5/10
Fernando Ferreira

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