WOM Reviews – Bleeding Display / Sadist / Neolithic / Massacre
Bleeding Display – “Dawn Of A Killer”
2022 – Miasma
Finalmente, o regresso da máquina de death metal lusitana. “Dawn Of A Killer” é o há muito aguardado terceiro álbum dos Bleeding Display, lançado oito anos depois do segundo. Trabalho que nos parece conceptual, com cada tema a representar um serial killer, sendo que o tema-título é aquele que comprova a regra pela excepção Musicalmente, a forma como ele nos bate é impressionante. O death metal está cada vez mais apurado, seja na violência seja nas dinâmicas e posso já adiantar que esse é o ponto mais importante. Apresentando um death metal bruto mas sem deixar de ter atenção aos ganchos, que são muitos, com bons solos que enriquecem os temas sem deixar de perder a brutalidade. Produção cheia, tal como nós gostamos, por parte de Samuel Trindade, numa vertente de death metal que pega na tradição (junta e do estilo) e apresenta algo tão poderoso (se não mais) que outras propostas mais modernas. Da nossa parte, já encontrámos o vício death metal de 2022.
9/10
Fernando Ferreira
Sadist – “Firescorched”
2022 – Agonia
Os Sadist são um dos grandes heróis subestimados do death metal técnico. Dos poucos que conseguem apresentar sempre algo novo e refrescante mas também que nos remete para muitas das referências do género – sem esquecer que eles também estiveram presentes nos primórdios. “Firescorched” é um festim para quem gosta das duas vertentes. O mais impressionante é mesmo a musicalidade que emana e que concilia o peso e melodia de maneira única. Não há volta a dar, a banda italiana está cada vez melhor.
9/10
Fernando Ferreira
Neolithic – “Shattering Vessels”
2022 – The Other
Trabalho de estreia dos norte-americanos Neolithic que não fazem simplesmente death metal, denotando-se uma costela que até é mais comum em bandas britânicas, o punk/crust. Para além dessa piscadela de olho (muito leve) a bandas como Extreme Noise Terror, temos um álbum que deixa uma excelente primeira impressão e que nos faz querer conhecer mais, embora ainda se tenha a sensação de que podemos estar perante algo embrionário. Independentemente ou não da identidade da banda evoluir para além disto, o resultado vai agradar aos fãs mais tradicionais de death metal.
8/10
Fernando Ferreira
Massacre – “Mythos”
2022 – Nuclear Blast
Interessante ver que o regresso dos Massacre no ano passado não foi apenas para inglês ver. Apesar de não ter sido muito memorável, não deixou de ser o melhor trabalho da banda desde a estreia. A parte interessante de ver que a banda veio para ficar é ter este “Mythos” continua o impulso do álbum e traz quatro novos temas que, lá está, não apresentam nada de novo mas não deixam de ser mais um bom passo no caminho. Estamos a gostar de ver, venha mais.
7/10
Fernando Ferreira
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