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WOM Reviews – Brother Against Brother / Electric Boys / Band Of Spice / James Vieco Band / Dan Baune’s Lost Sanctuary / The Prowlers / Divided / Leatherjacks

WOM Reviews – Brother Against Brother / Electric Boys / Band Of Spice / James Vieco Band / Dan Baune’s Lost Sanctuary / The Prowlers / Divided / Leatherjacks

Brother Against Brother – “Brother Against Brother”

2021 – Frontiers Music

“Brother Against Brother” é o álbum de estreia homónimo, da banda que junta duas poderosas vozes do metal brasileiro, lançado a 11 de Junho pela Frontiers Music. Nando Fernandes (Sinistra) e Renan Zonta (Electric Mob), unem as suas vozes para nos darem duetos como já não se ouviam há muito! Com Jonas Hörnqvist (guitarrista sueco, conhecido como membro da banda de power metal “Treasure Land” e que actualmente se dedica a ambientes mais rock), Michele Sanna (baterista italiano dos “Sunstorm”) e Alessandro Del Vecchio no baixo e teclas (JORN, Revolution Saints, Edge Of Forever), este álbum é uma bomba para todos os que gostam de sons melódicos como Revolution Saints, Nordic Union ou Stryper, por exemplo. Com teclados a merecerem atenção, apesar de por vezes aparecerem um pouco “tímidos” e melodias elegantes de heavy metal revestidas com camadas de AOR, “Brother Against Brother” é aquele álbum que acerta em cheio nos fãs (como eu) deste género musical. Vocais ousados e muito bem equilibrados, dão a emoção e intensidade épicas que revestem o álbum, do princípio ao fim.

Composto pelo próprio Alessandro Del Vecchio, “Brother Against Brother” é um excelente álbum, actual, com salpicos de nostalgia.

9.5/10
Rosa Soares

Electric Boys – “Ups!de Down”

2021 – Mighty Music

A banda sueca que conquistou fans e espaço pela sua combinação estrutural de hard rock e outras formas de música, como o funk, continua e avança com esta fusão de estilos musicais para fazer algo de muito, muito próprio no seu novo álbum. “The Ghost Ward Diaries” foi um sucesso e este novo disco, o sétimo, tem tudo para chegar ao mesmo patamar. O álbum apresenta a composição e os talentos de Conny Bloom na guitarra e vocais e Andy Christell no baixo, ao mesmo tempo que introduz ‘Slim’ Martin Thomander na guitarra. Jolle Atlagic toca toda a bateria, uma vez que o baterista original da banda, Niclas Sigevall não pode deixar LA devido à pandemia que assola todo o mundo.

O álbum abre com um tema instrumental “Upside Down Theme”, que faz as honras de nos levar para uma audição sólida e eficaz, cheia de maturidade musical, arrogante por vezes, mas respeitando na integra os padrões de qualidade dos Electric Boys.

Já era fã fiquei ainda mais!

10/10
Miguel Correia

Band Of Spice – “By The Corner Of Tomorrow”

2021 – Scarlet Records

A voz e o carisma de Spice sempre foram sinónimos de uma boa composição, e atitude rockeira. “By the Corner of Tomorrow”, o novo álbum da banda, é o primeiro que gravou e soa um pouco mais “resiliente”. Nas palavras do próprio líder da banda sueca: ” ‘Heaven and Hell’ dos Black Sabbath e ‘Blizzard of Ozz’ de Ozzy Osbourne são as principais referências para o som deste disco – filtrado através do meu toque pessoal”. Assim, sente-se ao longo de toda a audição que o objetivo foi atingido, uma vez que por aqui há um conjunto de temas bem fluidos, cheios de vibração, energia e umas melodias consistentes, que soam facilmente de forma a captar logo a nossa atenção na primeira passagem. Acreditem que não se vão arrepender de lhe dar uma oportunidade.

9/10
Miguel Correia

James Vieco Band – “Unplugged At RockSound”

2021 – La Familia Revolución / Discos Macarras / Violence In The Veins / Nimaya Records / Dolader Lighting Studio / Producciones Acaraperro

Sei que a coisa do unplugged foi uma das mais bem sucedidas (e infames) artimanhas da indústria musical para revitalizar carreiras dos seus artistas ou para ir buscar uns cobre mais, mas tenho de confessar que é algo que eu gosto. O formato acústico põe a nu muitas das sensibilidades de uma forma mais acessível – que confesso que foi importante para mim quando andava a desbravar terreno pela música pesada. Também é verdade que muitas vezes retira a alma original e muita da sua força. Não há uma receita geral de sucesso até porque vai depender sempre dos gostos de cada um. Isto tudo para dizer que este é o primeiro contacto que tenho com esta James Vieco Band de Barcelona e esta apresentação é bem sucedida o suficiente para que a sua música fique marcada. Demonstra raça de rock e hard rock algo tradicional mas também temos pistas mais alternativas pelo timbre da voz de James Vieco. Uma boa apresentação do som da banda.

8/10
Fernando Ferreira

Dan Baune’s Lost Sanctuary – “Lost Sanctuary”

2021 – ROAR! Rock Of Angels Records

Existem dois tipos de situações que podem levar a “nome de artista’s nome de banda/álbum”.  Uma é termos um músico reconhecido que saiu de alguma banda sonante e que está (a tentar) iniciar uma nova fase da sua carreira. A outra é termos um veterano da música que tem uma experiência extraordinária (e talento também) sem ter o reconhecimento devido que decide embarcar numa aventura (mais ou menos) a solo. No caso de Dan Baune podemos dizer que é mais o segundo caso. Depois de passar muitos anos como músico de sessão, Baune decidiu agora embarcar neste seu novo projecto, contando apenas com a ajuda do baterista Sebastian Weiss. Baune tratou de tudo o resto (música, interpretação, mistura) mas também achou por bem convidar algumas estrelas para dar mais visibilidade – onde se destacam Bob Katsionis e Doogie White. O resultado é diverso, estando evidentes as influências do músico que vão do thrash metal ao death metal melódico, mas é no campo do heavy e power metal que podemos encontrar alguma unidade. É um processo que esperamos que se desenvolva já que este primeiro trabalho revela uma base para uma evolução interessante, além de apresentar já aqui excelente qualidade.

7/10
Fernando Ferreira

The Prowlers – “Closing Circle”

2021 – Elevate Records

Fenómeno curioso este de bandas de tributo que começam a carreira como tal mas que depois evoluem para os originais, mantendo o nome. Os italianos The Prowlers começaram como banda de tributo aos Iron Maiden mas já há muito tempo que abraçaram o power metal progressivo como sua principal forma de expressão. Até nem conseguimos encontrar grandes pontos de encontro com a seminal banda britânica, pelo menos neste álbum (o seu quinto e prumeiro em sete anos) até porque aqui a banda deriva para caminhos mais hard rock, que consegue conjugar com a faceta mais pesada com sucesso, conseguindo entusiasmar. As músicas em si, independentemente da vertente que assumem, nem sempre são memoráveis mas essa questã não se coloca com abundância ao longo deste trabalho. Recomandado para fãs de prog, power metal e hard rock. Há de tudo para todos.

6.5/10 
Fernando Ferreira

Divided – “Behind Your Neon Eyes”

2020 – Nail Records 

Muitas sensações diferentes que Divided nos traz, com o teor electrónico a poder enganar potencialmente os fãs do rock mais tradicional que está bem vivo aqui. Nalgumas partes seria perfeitamente dispensável – como no início da “Descent” onde a música descamba rapidamente para algo que parece saído das pistas de dança de discoteca com azeite no chão para escorregar melhor. Azeite também não falta na componente rock mas esse até se absorve bem, com refrões bem conseguidos, bons pormenores de guitarra. Claro que tem uma toada algo pop – pensem no rock comercial da década de oitenta, é pop nesse sentido – mas isso só fará diferença para quem tem preconceitos. Poderia ser melhor? Claro, mas não está mau de todo e ouve-se muito bem.

6.5/10
Fernando Ferreira

Leatherjacks – “Extremely Dangerous”

2020 – Edição de Autor

Hard rock boa onda, bem ao estilo da década de oitenta mas sem ser descaradamente retro. Há por aqui aquela paixão típica do género e apesar de alguns momentos que não resultam por completo o resultado é bem acima da média. Confesso que o grande contra deste trabalho é a voz. Não é má nem desafina mas não tem aquele timbre com raça que obriga a ser o centro da atenção da música que está ouvir. Esse papel acaba por ficar destinado à componente musical/instrumental. Ainda assim,  um bom álbum que quem gosta de rock vai conseguir apreciar sem problemas.

6/10
Fernando Ferreira

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