Review

WOM Reviews – Carla Mariani / Exessus / Megadeth / Rodriguez

Carla Mariani – “Introducing CM Quartet”

2022- Edição de Autor

Álbum de estreia por parte de Carla Mariani, a primeira blues rocker brasileira que tem sido incansável na sua carreira em perseguição do som que tanto ama. Esta estreia é deliciosa do início ao fim, ainda que por vezes se sinta a necessidade de alguma habituação à voz de Carla no contexto do blues. Não totalmente desajustada mas que tem um timbre que não é habitua. No entanto isto não é de todo um problema, até porque este álbum é mesmo um vício para quem gosta de blues rock (e não se satisfaz apenas com algumas influências blues no rock), totalmente boa onda e bem tradicional. Nadar contra a corrente? Talvez mas ainda bem que ainda há alguém que se faz ao rio apoiado/a nas suas paixões. Ainda bem porque somos nós que ficamos a ganhar.

8.5/10
Fernando Ferreira


Exessus – “Asynapse”

2022 – Edição de Autor 

A capa fantástica deste segundo álbum dos catalães Exessus é um bom aperitivo para a boa música que o trabalho contém. Uma vertente mais moderna do género mas que não cede por completo à erradicação dos elementos mais tradicionais. O que é bom, principalmente por isso também lhe dar uma distinta personalidade em relação ao que se vai fazendo. Algures entre uma abordagem próxima do crossover mas onde também temos muitas melodias metálicas – e excelentes solos de guitarra, importante salientar – e um groove que encaixa perfeitamente neste contexto. Poderá não chamar a atenção dos que gostam da sonoridade da velha guarda mas a quem tem por base o gosto pelo peso e pela melodia (com ou sem virtuosismo), vai encontrar um belo álbum para dissecar.

8/10
Fernando Ferreira


Megadeth – “The Sick, The Dying… And The Dead”

2022 – Universal Music Group

Com uma longa e recheada carreira os lendários Norte-Americanos Megadeth chegam a 2022 com o seu décimo sexto álbum de originais ‘The Sick, The Dying… And The Dead!’. Sendo uma das mais emblemáticas bandas do chamado Bay Area Thrash Metal os Megadeth nunca foram uma banda consensual aliás, progressivamente até foram herdando o título de uma banda que divide opiniões, muito em virtude da sui generis personalidade do seu mentor e fundador Dave Mustaine. Apesar dos tempos mais prósperos da banda já irem bem longe (1990 a 1997) e da continuada e constante entrada e saída de elementos da formação os Megadeth tem o mérito de conseguir conceber e produzir um álbum contundente e assertivo provando mais uma vez que não obstante dos quase quarenta anos de carreira a banda ainda tem muito a oferecer em termos musicais. ‘The Sick, The Dying… And The Dead!’ apresenta-nos uma espécie de continuação do seu predecessor ‘Dystopia’, temas a pulsar energia e dinamismo guiados por riffs vertiginosos, lustrosos e tecnicamente evoluídos e pelo inconfundível timbre de Mustaine sem nunca esquecer a habitual, mordaz e corrosiva critica politica. Destaque para os excelentes singles ‘We’ll Be Back’ e ‘Night Stalkers’, tema que conta com a inesperada participação do frontman dos controversos Body Count, Ice-T.

7.5/10
Jorge Pereira


2022 – Edição de Autor

Ambicioso trabalho conceptual elaborado por Manuel Rodriguez, músico multi-instrumentista e produtor que tem estado presente na cena mas de forma mais discreta do que aquela que se poderia pensar. Já nos tínhamos cruzado com o seu trabalho nos Stonefield quando decidiu pegar em temas deste seu projecto trinta anos depois de ter sido lançado e trabalhá-los do ponto de vista de produtor para os reapresentar a um novo público. A sensibilidade hard rock melódica que encontrámos nos Stonefield também encontramos aqui de uma forma mais adulta e madura. A melodia, mais do que o peso, é o grande atractivo nestes temas que contam uma história simples (cada tema representa o sonho da personagem principal sobre uma sociedade onde a paz é uma realidade) mas que é eficaz no contexto desta música. Rodrigues está encarregue de todas as guitarras, baixo e teclados e conta ainda com ajuda de Simon Phillips (Judas Priest, Joe Satriani, Michael Schenker, entre muitos outros) na bateria e Andy Wood na voz, num álbum que mesmo não sendo marcante, não deixa de ser recomendado para quem gosta de um hard’n’heavy conceptual

6.5/10
Fernando Ferreira


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