WOM Reviews – Dapunksportif / Democrash / Junction 28 / Bloodywood
Dapunksportif – “Old,New,Fast ‘N’ Slow”
2022 – Rastilho
Que grande disco este. Os Dapunksportif não tinham nada a provar e este disco não nos convence do contrário. “Old, New , Fast ‘N’ Slow” é um daqueles discos que entra imediatamente. Que soa moderno mas não deixa de ter um gostinho nostálgico principalmente pela forma como nos dá repentes de algo saído do final da década de noventa. Gosto nostálgico não é retro porque isso implicaria algo para além da substância, implicaria ficar preso na forma ou estética para cativar. Desde o primeiro momento (ou seja, “Raw And Vulnerable”) que temos música imediata mas que perdura para além do momento. Música que grita para ser cantada, que implora para que nos mexamos. Quinto trabalho e um disco maior na sua discografia de uma banda gigante.
9/10
Fernando Ferreira
Democrash – “Propelled By Gas From Cans Of Soda”
2022 – Raging Planet
Ora aí está o segundo trabalho (pelo menos o Discogs aponta a estreia como sendo o trabalho auto-intitulado de 2015) dos Democrash que promete fazer (e isso já está a acontecer) sensação no mundo da música alternativa. Primeira nota de valor, tem um som díficil de categorizar. Pela capa parece pós-rock/metal ou prog rock/metal mas depois pelos primeiros temas temos laivos de pós-punk/indie rock e lá pelo meio temos umas aventuras psicadélicas que chamam pelo space rock como se não houvesse amanhã. No entanto, em vez de termos uma espécie de colecção de sonoridades alternativas, temos uma identidade musical bem formada onde o bom gosto pelas várias facetas do rock impera assim como a ligação entre as mesmas, mostrando que não estão tão longe assim. Uma riqueza musical impressionante e que merece ser elevada aos céus do mainstream que a sua qualidade há muito que anda nas lonas.
9/10
Fernando Ferreira
Junction 28 – “Before You Drown”
2022 – WormHoleDeath
Som modernaço. Porque não usar este termo como rótulo? Mais abrangente e dava para meter no mesmo saco uma série de bandas de uma só vez. Os Junction 28 são britânicos e apresentam encaixam perfeitamente no termo de som moderno. Alternativo, metalcore – mais alternativo do que metalcore – com arranjos electrónicos e um gosto especial para os refrões orelhudos. Resulta e estes cinco temas poderão não ser memoráveis ou destacarem-se da concorrência mas apresentam uma produção sólida e ouvem-se bem. E isso, neste segmento, é muitas vezes uma vitória.
6.5/10
Fernando Ferreira
Bloodywood – “Rakshak”
2022 – Edição de Autor
O potencial que este trabalho tinha para mim era imenso. Só no conceito. Banda indiana que mete um pouco da sua cultura musical junto com o metal. E na prática é isso que temos aqui, é pena é que a vertente metal que coloquem na mistura tenha muito de metal em si. É mais um híbrido que temos de uma realidade alternativa se tivessemos os Linkin Park a surgir da Índia, com mais peso e com melhor bom gosto nas melodias, principalmente naquelas tipicamente indianas. E quando entramos por caminhos rap/hip hop é quando eu perco o interesse. Não que seja um preconceito ao qual eu não consiga transpor mas simplesmente por soar genérico. O primeiro álbum de Linkin Park já surgiu há quase vinte e cinco anos, portanto ouvir isto apenas nos faz pensar em como estamos perante algo requentado ainda que soe, muitas vezes (na maior parte) como algo bem mais interessante do que a banda em questão. Interessante como curiosidade mas para serem levados a sério terão de evoluir para algo bem melhor que isto.
5/10
Fernando Ferreira
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