Review

WOM Reviews – Dead Serious / Nocturnal Graves / Shady Glimpse / Mastemey

WOM Reviews – Dead Serious / Nocturnal Graves / Shady Glimpse / Mastemey

Dead Serious – “It’s A Nice Day”

1991/2021 – Sounds Of Hell

Álbum de estreia e único por parte dos Dead Serious que serão, atiro eu para ar, uma banda de culto da cena belga de thrash metal. Porquê? Porque este é o seu único álbum e é de uma qualidade absurda. Não se percebe a opção de lançar esta reedição com uma capa que consegue ainda ser pior que a original que já era bastante má. No entanto, ao que o som diz respeito, temos aqui um thrash/crossover que relembra como era a tradição norte-americana do som, numa altura que nos E.U.A. este som já estava a dar as últimas. No underground, tudo o que é bom vive para sempre e esta reedição perpetua um grande álbum que sabe bem (re)descobrir trinta anos depois.

9/10
Fernando Ferreira

Nocturnal Graves – “An Outlaw’s Stand”

2022 – Season Of Mist Underground Activities

Nocturnal Graves é um dos nomes fortes da música extrema australiana e para isso nem é preciso estarem sempre a debitar álbuns cá para fora. Aliás, este “Na Outlaw’s Stand” quebra um jejum de quatro anos e chega com especial fúria. Continuamos a ter a junção do death e black metal a uma base thrash metal e sempre com aquele cariz orgânico e primitivo  que nos faz recuar umas décadas mas que nunca soa nem datado nem a mofo. Com pouco mais de meia hora, é um daqueles discos que se houve facilmente sem qualquer tipo de cansaço mas que também não se tem muitas ilusões em relação ao que se vai ter. E isso tem um certo encanto, junto ao encanto que é termos um álbum dos Nocturnal Graves – que só isso é toda uma secção aparte.

8.5/10
Fernando Ferreira

Shady Glimpse – “Supreme Gift”

2021 – WormHoleDeath

Quando não se espera nada, é positivo. Sem ideias pré-concebidas, sem expectativas, apenas aquilo que se tem. A parte não tão positiva é quando ficamos reféns dos primeiros momentos e os primeiros momentos deste “Supreme Gift” são bem estranhos. Claro que faz tudo mais sentido quando sabemos que a banda é japonesa e até toca um thrash metal intenso (ali a beirar o death sobretudo devido às vocalizações. Mas é thrash intenso e bom apesar de algo estranho – há sempre um pormenor ou outro que nos parece fora mas lá está, este sentimento é normalizado por sabermos a nacionalidade da banda e até faz com que o já citado pequeno tema de abertura “The New World” e a instrumental “Route 56” (que poderia ser usado para uma demonstração das habilidades de um guitarrista de fusão numa exposição qualquer) acabem por ser interiorizadas mais ou menos bem mesmo sabendo que são temas que seriam perfeitamente dispensáveis. É no thrash que a banda cativa e consegue impressionar, e no final fica-se satisfeito para tomar conhecimento com esta banda que lança agora o quarto álbum onze anos após o terceiro.

7.5/10
Fernando Ferreira

Mastemey – “Mastemey”

2016 – Edição de Autor

Banda polaca de thrash metal moderno e cheio de groove. Apesar da fórmula bem presente em mente ao dizermos em voz alta (ou lermos) o subgénero atrás citado, os Mastemey conseguem surpreender pela positiva. A produção moderna não desvaloriza o poder metálico e orgânico da banda e este álbum de estreia consegue trazer boas indicações e bons temas. Temos riffs poderosos, inspirados solos e uma voz que não sendo extremamente original, encaixa na perfeição. Foi (é!) um álbum fantástico de estreia que mesmo sem se desmarcar muito do que já se fazia e vai fazendo neste segmento, consegue apresentar um conjunto coeso de temas que vão do mais agressivo ao mais melódico.

7.5/10
Fernando Ferreira

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