WOM Reviews – Devilskin / A Vicious End / Jinjer / White Collar Sideshow / Palila / 10 Years / Sonic Octane / Rainfall Today
WOM Reviews – Devilskin / A Vicious End / Jinjer / White Collar Sideshow / Palila / 10 Years / Sonic Octane / Rainfall Today
Devilskin – “Red”
2020 – Edição de Autor
“Red” é o último lançamento dos metaleiros da Nova Zelândia, Devilskin, e os primeiros sinais são de este disco só aumentará a reputação da já impressionante banda. Aqui a velocidade, os instrumentais pesados e as vocalizações poderosas misturam-se para fazer aquilo que pode soar como a forma mais extrema de música, criando álbum com uma infinidade de elementos que, facilmente será audição diária para muitos dos fãs de metal.Sem dúvida que vou passar a seguir a carreira dos Devilskin pois a coisa promete!
10/10
Fernando Ferreira
A Vicious End – “The Hills Will Burn”
2020 – Edição De Autor
Ser surpreendido é o meu calcanhar de Aquiles. Quando me falam de música como sendo de um estilo, é inevitável fazer um quadro mental. Quando esse quadro mental é destruído pela realidade, esse é o momento em que me conquistam. Foi o que aconteceu com os A Vicious End, um projecto tornado banda e que depois voltou a ser um projecto (sem grande noção como será o futuro) devido a toda esta situação do Covid. Aquilo que trazem é um metalcore bem virtuoso e dinâmico com uma guitarra lead dinâmica e que rouba a atenção. As vocalizações, apesar de serem quase todas limitadas ao gutural gritado, também não deixam de ter um bom impacto, dando o punch necessário a estas músicas que tão bom uso fazem dele. Diversificado e bem dinâmico, fiquei fã e espero que não fique por aqui.
8/10
Fernando Ferreira
Jinjer – “Alive In Melbourne”
2020 – Napalm Records
Seria de estranhar que os Jinjer, tendo vindo a passar por um crescimento de popularidade exponencial, não tentassem de alguma forma, manter-se activos, numa altura em que estariam naturalmente na estrada a promover o seu mais recente trabalho de originais. Consta que este concerto aqui foi registado num dos últimos concertos da banda antes de ter sido declarado o confinamento um pouco por todo o lado por isso não sabemos até que ponto esta gravação foi planeada de antemão para ser publicada ao vivo ou se foi apenas um acaso dos acontecimentos. Resta acrescentar que foi uma actuação transmitda no evento dos Splipknot, Knotfest.com. Seja como for, é o retrato fiel e honesto da banda em palco, com toda a sua esplendorosa energia. O som é cru e longe de ser polido como em estúdio – daí a homestidade. Os álbuns ao vivo tornam-se relevantes neste momento da história por ser não só uma recordação daquilo que foi (e voltará a ser!) mas também por ser uma forma das bandas fazerem um compasso de espera enquando a normalidade não volta. E é nesse perspectiva que valorizo um lançamento como estes, que não acrescenta grande coisa à carreira da banda.
6.5/10
Fernando Ferreira
White Collar Sideshow – “I Didn’t Come Here To Die”
2019 – Curtain Call Records
Ora aqui está algo que não se vê todos os dois. Caracterizado de algo como industrial ou shock rock. O peso está por aqi mas é um peso mais excentríco. Excentríco à maneira do nu-metal, não se furtando a ter um feeling southern/country ao mesmo tempo que junta elementos electrónicos e guitarradas fortes, como se os Clawfinger decidissem deitar cá para fora todas aquelas influências americanas que nem sabiam que tinham. Parece uma salgannha mas isto é apenas um levantar tímido do véu. Experimental ao ponto de não se saber se a experiência resulta ou não. Numas vezes tem-se a certeza, noutras… nem por isso. Mas quando resulta, temos belas canções – como a “Valley Of The Skull” a abrir o álbum ou o tema título. A versão da “Break On Through (To The Other Side)” também está muito bem conseguida.
6.5/10
Fernando Ferreira
Palila – “Tomorrow I’ll Come Visit You And Return Your Records”
2020 – Kapitän Platte
Que boa onda é este trabalho dos Palila. Com um rock que nos soa honesto e sem grandes pretensões comerciais a não ser de fazer a melhor música possível. Não se trata de um álbum mas sim do mais recente EP do trio alemão que junta também aqui o EP lançado no ano passado e que depressa esgotou. Não sendo um álbum, assemelha-se bastante a um já que todos os temas soam muito bem em conjunto. Indie rock, intemporal (ou seja, não é uma carta de amor nem à década de noventa nem tão pouco à vertente assumida no novo milénio) apesar de ser tradicional na sua abordagem. Boa onda por vezes só implica isso mesmo, deixar-nos relaxar ao seu som. Isso acontece definitivamente.
6.5/10
Fernando ferreira
10 Years – “Violent Allies”
2020 – Mascot Records
Bom, os tempos são mesmo outros e quando se fala de hard rock hoje em dia, é possível que nos apareça uma banda como os 10 Years. Confusões e guerras de rótulos aparte, este “Violent Allies” é um bom marcar de posição. Sim, é moderno e bastante catchy pelas melodias que apresenta como também consegue ser violento (ainda que de forma contida para quem está habituado a coisas mais agrestes) como se pode ouvir em “Déjà Vú”. Os resultados obtidos não são maus mas tal como o tema que citei atrás, demasiadas vezes nos parece tudo o mesmo. Interessante para quem gosta de metal alternativo, mas ainda assim poderão cansar-se depressa.
6.5/10
Fernando Ferreira
Sonic Octane – “SonicOctane.com”
2020 – Edição de Autor
Single dos Sonic Octane, que vem com mais três faixas bónus – tornando-se assim elegível para que passe no nosso crivo. Rock raçudo e com alma, a puxar de vez em quando ao alternativo. Boas indicações mas não é nada que chegue para se destaque da imensão de nomes novos que nos chegam todos os dias. Fica-se na expectativa para ver o que chega de seguida.
6/10
Fernando Ferreira
Rainfall Today – “Eternal”
2018 – Sliptrick Records
Riffs raçudos e uma voz feminina sensual para contrabalaçar. A fórmula não nasceu aqui, nem sequer o facto das melodias irem ao encontro da vertente alternativa como também alguns tiques modernos e electrónicos que cada vez são mais comuns na música. A voz e as melodias vocais são mesmo o ponto alto deste trabalho que se sente como indo demasiado ao encontro do que é genérico dentro do metal alternativo nos dias de hoje. Não quer isto dizer que sejam más músicas, que tenha má produção ou que não se consiga ouvir. Apenas não se consegue reter na memória.
6/10
Fernando Ferreira