WOM Reviews – Electric Revolution / The Dark Element / Quiet Riot / Work Of Art / Kingcrown / Princess / Black Stone Cherry
WOM Reviews – Electric Revolution / The Dark Element / Quiet Riot / Work Of Art / Kingcrown / Princess / Black Stone Cherry
Electric Revolution – “Burn It Down”
2019 – Frontiers Music
Os Electric Revolution estão-se a tornar num caso sério, ou pelo menos tem todas as condições para tal! O som da banda integra as melhores partes do rock clássico dos anos 70 e do início dos anos 80. O blues rock, as primeiras sonoridades do heavy metal, tudo traduzido num som moderno. “Burn It Down” já data de janeiro deste ano, mas consegue manter-se presente de forma fácil, pois não é daqueles discos que ouvimos e pensamos ser mais do mesmo. Riffs fortes, grandes solos, vocalizações rudes e traduz-se num álbum de rock and roll de qualidade.
10/10
Miguel Correia
The Dark Element – “Songs The Night Sings”
2019 – Frontiers Music
Os singles que anteciparam este disco deixaram o pessoal com água na boca e saída do álbum arrasou por completo com todas as expectativas. A banda de metal iniciada pela vocalista Anette Olzon (ex-Nightwish) e pelo guitarrista e compositor Jani Liimatainen (ex-Sonata Arctica, Cains Offering) em 2017 tem neste novo álbum um disco de power metal sonfónico pesado e dinâmico, cheio de excelentes momentos melódicos, movidos por riffs fortes e marcantes e uma orquestração que não deixa o ouvinte indiferente. “Songs The Night Sings” é um disco definido dentro de um género, mas a sua diversidade musical é sentida: “When It All Comes Down”, Pills On My Pillow” e “If I Had A Heart “, são as difíceis escolhas, que deixam este disco e a banda numa clara de posição de destaque. Bastante recomendado.
10/10
Miguel Correia
Quiet Riot – “Hollywood Cowboys”
2019 – Frontiers Music
O meu tempo com esta banda resume-se ao auge que me fascinou com “Metal Health”, “Cum On Feel The Noize” e outras faixas que na época fizeram furor na cena, agitando a bandeira o suficiente para colocar os holofotes bem virados para o estilo que os Quiet Riot ajudaram a tornar uma referência. Os tempos não tem sido fáceis e o problema de saúde de Frank, o único elo de ligação a essa época, ainda presente na banda, poderá ser mais um obstáculo às tentativas de afirmação das novas formações dos Quiet Riot. Banali contou aqui mais uma vez com o apoio de Alex Grossi nas guitarras, Chuck Wright no baixo e, principalmente, nos vocais de James Durbin, que na minha opinião tem feito um excelente trabalho, mas, “Hollywood Cowboys” teria outro impacto com outro nome que não o de Quiet Riot, pois o legado deixado pela banda é dificil de superar, por muito que se tente.
7.5/10
Miguel Correia
Work Of Art – “Exhibits”
2019 – Frontiers Music
O quarto disco dos Work Of Art é o natural seguimento daquilo que a banda tem feito no passado, dentro do género AOR. Eles são fabulosos e continuam num registo muito sólido e variado, com guitarras a soarem mais pesadas e excelentes solos de teclados, ainda dentro de influências Toto, mas com muita personalidade e carácter musical. A concorrência nesta área é feroz, mas sinto estarmos perante um dos melhores álbuns AOR deste ano… acreditem que sim! Mais uma aposta de olho clinico da Frontiers, eles não dorme em serviço!
9/10
Miguel Correia
Into The Unknown – “Breaking The Silence”
2019 – Vigilante Records
Não! Algo não correu bem neste disco. Sente-se até alguma desconexão musical, a produção é fraca e não ajuda também a conquistar na audição. “Breaking The Silence” até começa bem, com “Misguided Love”, um tema estruturado em riffs pesados e densos, um bom solo e a voz femina de Lucie Hölzlová até marca pontos nuns ritmos interessantes, mas a coisa vai descambando ao longo do disco e torna-se desinteressante. Darei outra oportunidade porque vi aqui coisas interessantes que com outro trabalho e até investimento poderão ter outro impacto.
6/10
Miguel Correia
Kingcrown – “A Perfect World”
2019 – Rock Of Angels Records
Que estreia fantástica! “A Perfect World” é o primeiro álbum dos franceses Kingcrown e é um trabalho sólido de heavy/power metal que nos remete para os nomes clássicos do género. Som forte, produção de topo e temas que nos agarram logo – partindo do príncipio que se é fã do género. Só há um pequeno senão (poderá ser menor ou maior conforme as pessoas), a voz de Joe Amore é extremamente parecida com a Jorn Lande. De tal forma que quando ouvi pela primeira vez este álbum, pensei para comigo “o Jorn tem uma nova banda?” Isso poderá realmente reduzir o impacto do trabalho em si ou até servir como distracção mas não lhe retira mérito. Bom álbum, bom vocalista, veremos o que traz o futuro à banda.
8/10
Fernando Ferreira
Princess – “Lovely Heaven Crazy Band”
2019 – Edição de Autor
Sou capaz de apreciar sempre um trabalho tendo em conta o empenho da banda mesmo que o resultado não seja entusiasmante. O que não é o caso dos italianos Princess, que apresentam um competente hard rock melódico neste seu segundo trabalho. No entanto é impossível não falar desta capa, que será provavelmente a mais caricata de 2019. Há aqui uma série de pormenores desconexos que não fazem sentido, como o canhão quase no topo da pirâmide, o gato nas escadas. Parece que quiserema colocar tantas referências na capa que ficou uma confusão embaraçosa. E é pena porque a música é boa com alguns momentos excelentes – a sentida balada dedicada a Freddie Mercury “We Still Love You (Song For Mercury” é sem dúvida uma delas. Se fecharmos os olhos à capa, este é um trabalho acima da média, que tem bastante valor.
7/10
Fernando Ferreira
Black Stone Cherry – “Black To Blues Volume 2”
2019 – Mascot Records
O título revela logo o que temos aqui por parte dos Black Stone Cherry, é mais uma pequena colecção de temas essenciais pra os Black Stone Cherry, dos velhos blues, que surpreendidos pela boa resposta do anterior EP, resolveram repetir a dose. Tal como no primeiro EP, temos seis covers que nos trazem aquela junção fantástica do blues com o velho rock e o resultado é bem viciante. Este é o lado mais positivo das covers, reapresentar o clássico (é sempre discutível consoante a opinião e gostos de cada um) a uma nova geração. E aqui estas vinte cinco minutos multiplicam-se facilmente conforme o vício vai crescendo. Grandes rendições.
9/10
Fernando Ferreira