Review

WOM Reviews – Heroes & Monsters / Avatar / Crowne / Analstahl

Heroes & Monsters – “Heroes & Monsters”

2023 – Frontiers Music

Já se perde a conta ao número de bandas/projectos novos que a Frontiers lança cá para fora. Heroes & Monsters são mais uma, um power trio que conta nada mais, nada menos, com Todd Kerns (Slash + Myles Kennedy And The Conspirators), Stef Burns (Y&T) e Will Hunt (Evanescence) e aquilo que trazem é um hard rock raçudo e altamente inspirado. Este é um daqueles discos que nem nos importamos que apontem para o passado – até nem apontem assim tanto, com o feeling a estar no sítio certo e a produção a tornar a coisa bem intemporal. Orgânico, divertido e altamente inspirado de uma forma orgânica. É sem dúvida um álbum que se destaca de todos os restantes. Diversão hard rock do início ao fim e completamente obrigatório a todos os fãs do género.

9/10
Fernando Ferreira


Avatar – “Devil Can Dance”

2023 – Thirty Tigers / Black Waltz

Os Avatar são um caso curioso de sucesso e até algo difícil de explicar. Não vamos entrar por possíveis teorias para esse sucesso, até porque não é para isso que aqui estamos, mas não deixa de ser um facto inegável. Assim como também esse sucesso ser crescente. E o chavão de passar de Death Metal Melódico para Metalcore também já é algo bem distante, afinal a banda apresenta uma amplitude de géneros que vai muito além do simples Metalcore, embora seja um dos pontos de referência mas vemos aqui a banda a continuar a ir mais longe do que isso, ao nu metal, ao punk e até ao hard rock. Tudo com momentos diversos e bastante diferentes em si mas que acabam por vezes todo o sentido quando apresentados em conjunto. Muitas músicas aqui presentes aqui que nos fazem continuar a admirá-los, especialmente pela forma como conseguir transcender, mais uma vez, para além de um rótulo que pairava em cima deles.

8.5/10
Fernando Ferreira


Crowne – “Operation Phoenix”

2023 – Frontiers Music

Diz o Metal Archives que os suecos Crowne tocam uma mistura de hard’n’heavy e power metal e embora inicialmente possa soar algo estranho – isto porque nem sempre o hard rock e o power metal cruzam caminhos de forma memorável. E acaba por ser o que temos aqui neste segundo álbum, o rigor melódico do power metal europeu de finais da década de noventa. Aquele brilho do hard rock mais acessível típico da década de oitenta e algum peso do heavy metal. A primeira metade do álbum é sem dúvida a mais eficaz, mas com o decorrer do álbum os temas parece que não são tão imediatos, mesmo mantendo o nível de intensidade. “Juliette” é uma boa excepção que surge a meio e faz lembrar os bons momentos dos primórdios dos Sonata Arctica. Para quem gosta de melodia e não tem receio de doses cavalares da mesma, está aqui um bom trabalho para conhecer.

7.5/10
Fernando Ferreira


Analstahl – “Pillepalle Gemüsehalle”

2023 – Gutfeeling / Broken Silence

Punk rock alemão desconcertante é uma forma de definir os Analstahl mas bem longe de explicar o que realmente se passa aqui. Som entre o lo-fi e o podre. Tendo em conta que a banda tem muitos poucos lançamentos em cerca de três décadas, fica-se com a sensação de que estamos perante uma espécie de compilação de vários dos seus momentos ao longo da carreira mas a informação também não é muito clara a esse respeito. Seja como for, temos uma verdadeira viagem de montanha russa onde a desde a experimentações cujo objectivo nos escapa ao entendimento até às faixas que são puro punk – essas confesso que são as nossas favoritas. São também 26, portanto há muito por onde escolher.

6/10
Fernando Ferreira


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