Review

WOM Reviews – Invocator / Deathgeist / Catalyst / Artamene

Invocator – “Excursion Demise”

1991/2022 – Hammerheart

Regressamos aos Invocator desta vez ao seu primeiro álbum, onde a banda era ainda mais bruta e acutilante, ali na fronteira do death e o thrash metal numa altura onde era muito complicado fazer a distinção entre uma e outra. Os níveis técnicos são bem apreciáveis e muito eficazes principalmente por estarem ao serviço das canções, algo que se tornou bastante comum infelizmente. Este álbum consegue estar uns furos acima do seguinte, “Weave The Apocalypse” que já fizemos aqui review também mas no geral são a prova de que esta era mesmo uma das coisas mais excitantes a sair do underground dinamarquês. Tal como no segundo álbum já citado atrás, esta reedição traz uma série de brindes sendo elas as demos que antecederam o álbum: “Genetic Confusion” de 88, “Alterations” de 89 e a “Promo-demo ‘91”. Curiosamente é esta última que tem o pior som – de longe. Brindes interessantes, álbum que é uma pérola preciosa e obrigatória para quem gosta de coleccionar história que merece ser coleccionada.

9/10
Fernando Ferreira


Deathgeist – “Procession Of Souls”

2022 – Punishment 18

Thrash metal da Punishment 18 Records era algo que já tinhamos bastantes saudades e o terceiro álbum destes brasileiros é a melhor forma de as matar. Thrash old school sem grandes tretas mas com muito feeling é aquela fórmula que resulta sempre bem principalmente quando não há pretensão de reinventar a roda e esse poderá ser um dos grandes problemas da música hoje em dia. Tanto da parte de quem ouve e aprecia (e critica) como de quem faz. Há algo libertador de aceitar as coisas como elas são e se as coisas são old school, qual é o mal disso? Principalmente quando nos apresenta algo puro e honesto como “Procession Of Souls”. Influências de Destruction, um pouco da vertente técnica dos Megadeth no “Rust In Peace” mas no geral uma banda que consegue conciliar lugares comuns com a paixão que tanto têm por um género musical. E se podem pensar que por esta descrição é algo bafiente a cheirar a ontem, pelo contrário, é refrescante o suficiente para nos deixar agarrados. Só é preciso amor ao belo thraaaaaaaaaaaaash!

8.5/10
Fernando Ferreira


Catalyst – “Catalyst II”

2022 – Edição de Autor

Boa surpresa esta banda belga que já tinha iniciado a sua carreira discográfica em 2018 com o um EP auto-intitulado (o primeiro). Equilíbrio constante entre a vertente death e thrash metal, com recurso a alguns argumentos progressivos. Em termos de som e voz, ainda se nota algo um bocado embrionário – ou pelo menos preso a referências da década passada – mas a impressão geral é sem dúvida positiva. Também graças a boas dinâmicas vocais, limpa e mais extrema – embora a extrema seja aquela que melhor soa aos nossos ouvidos e não necessariamente por ser mais extrema. Parece ser um bom ponto de partida para algo excelente.

7.5/10
Fernando Ferreira


Artamene – “Ziggurat”

2022 – WormHoleDeath

O grande chamariz para este álbum é o facto da banda ser oriunda do Irão. E é compreensível, o factor exótico pesa sempre muito num mundo onde a novidade esgota-se rapidamente e se sente (muitas vezes de forma errada) que já se viu/ouviu tudo. No entanto, a verdade é que os Artamene até nem apresentam nada de muito novo e a sua localização geográfica nem é um valor acrescentado porque este som é algo que é bastante comum de qualquer parte do mundo ocidental, sendo que a particularidade que não é muito positiva é ser comum com uma sonoridade típica entre o período de 2000 e 2010. Um thrash/groove com alguns pontos fortes mas que infelizmente tem na voz (limpa) o seu grande calcanhar de Aquiles. Alguns temas interessantes, algumas ideias bem conseguidas mas infelizmente não mais que isso.

5/10
Fernando Ferreira


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