Review

WOM Reviews – Ivar Bjørnson & Einar Selvik / Daniele Maza / Michael Oscillate / Dust Mountain

WOM Reviews – Ivar Bjørnson & Einar Selvik / Daniele Maza / Michael Oscillate / Dust Mountain

Ivar Bjørnson & Einar Selvik – “Hardanger”

2021 – By Norse Music

Estes dois senhores dispensam apresentações – mas quem está perdido, deixo só aqui dois nomes atirados aleatoriamente para o ar: Enslaved e Wardruna. E como dispensam apresentações é natural que apenas o lançamento de duas músicas, num singelo EP que quebra o silêncio de quase dois anos seja o suficiente para cativar a nossa atenção. Ainda mais quando os dois temas em questão são totalmente  viciantes e místicos, o que nem é surpreedente, melhor ainda.

9/10
Fernando Ferreira

Daniele Maza – “Immortals”

2021 – Limb Music

Esta é uma proposta que é tanto atípica como mais ou menos esperada para quem é fã de metal. Daniele Maza é um compositor que se estreia agora a sério num formato que está mais próximo de uma banda sonora de um filme épico do que propriamente num álbum de heavy metal, embora tenhamos por aqui guitarras, bateria e baixo junto com as orquestrações majestosas. É e deve ser visto como algo tal – importante não criar expectativas erradas. Curiosamente, mais de vinte e cinco anos desde o início dos Rhapsody (agora “Of Fire”) este álbum não surpreende pelo que desde então toda a gente neste universo sobrepovoado já fez qualquer coisa com orquestra, mais que não seja uma intro ou interlúdio que seja. No entanto, este álbum está muito bem feito e consegue evocar-nos imagens na nossa mente como que estivessemos a ver/experienciar um filme. Muito bem conseguido e um excelente álbum instrumental para todos os fãs de cinema por aí.

9/10
Fernando Ferreira

Michael Oscillate – “Hyperbolic Hypnosis Of Luminescence”

2021 – Leafland Audio

A capa infelizmente não traduz o potencial e a profundidade abíssica deste trabalho de Micael Oscillate. Algures entre o dark ambient e o noise/drone, os campos por onde este trabalho caminha não são de fácil absorção. Aliás, porque não dizê-lo sem rodeios… são desagradáveis. Dignos de causarem claustrofobia e terror. Perfeitos portanto para a banda sonora de um filme de terror ou no mínimo para cenas de tensão onde o objetivo seja causa desconforto ao espectador. E nesse aspecto, totalmente atingido. Como experiência, é sem dúvida um trabalho muito bem sucedido. Como música para ouvir regularmente, provavelmente vai provocar algum dano interno para as mentes mais frágeis. E não é exagero. Não acreditam? Aventurem-se então!

7/10
Fernando Ferreira

Dust Mountain – “Hymns For The Wilderness”

2021 – Svart

É possível nós gostarmos ou pelo menos respeitar um trabalho ao mesmo tempo que o mesmo nos desinteressa? Talvez a escolha de palavras não seja a mais perfeita mas também é um efeito secundário deste trabalho e da forma como a música dos Dust Mountain opera. Uma espécie de doce apatia que vai descendo (ou subindo) como o nevoeiro e que se instala sem que se dê conta. Quando se dá, já é tarde, já não se vê nada à nossa volta. Apesar de termos os elementos típicos do rock – bateria, baixo, guitarra e voz – há aqui uma toada folk místico que em muitos momentos parece entrar pelos caminhos mais depressivos (ou no mínimo melancólicos do doom). Está sem dúvida bem feito e nunca poderemos dizer que é um mau álbum, mas a negritude apática é tão grande que depois de algumas passagens (ou apenas uma) não há muita mais vontade para continuar. A viver.

6.5/10
Fernando Ferreira

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