Review

WOM Reviews – Jeff Scott Soto / Vinnie Moore / Candlemass / Melted Bodies

Jeff Scott Soto – “Complicated”

2022 – Frontiers Music

Jeff Scott Soto é uma daquelas vozes que dispensa apresentações para quem segue o underground do hard’n’heavy nas últimas três décadas, um vocalista incrível com uma versatilidade que o coloca facilmente à vontade tanto em temas mais melódicos como naqueles onde o peso do heavy metal está mais à flor da pele – não esquecer que começou como vocalista de Yngwie Malmsteen e passou por bandas como Talisman, Sons Of Apollo, W.E.T. e Trans-Siberian Orchestra, entre muito outros e não esquecendo a sua carreira a solo. ”Complicated” é um conjunto de temas onde todas as vertentes associadas ao hard rock são muito bem exploradas, sem qualquer revivalismo e onde a voz marcante de Soto serve de fio condutor. Um grande disco, arriscaria a dizer, um dos melhores da sua carreira a solo.

9/10
Fernando Ferreira


Vinnie Moore – “Double Exposure”

2022 – Mind’s Eye Music

Regresso do mestre Vinnie Moore, um dos grandes nomes da guitarra rock e também um dos mais primordiais da cena shredd que acabou talvez por ficar um pouco subestimado e ofuscado com o passar dos tempos, ainda que isso também não o tenha impedido de ter uma grande carreira quer a solo quer com os UFO e Alice Cooper. Este “Double Exposure” tem a particularidade de ser o seu primeiro trabalho a solo onde toca em temas vocalizados – aqui a cargo de Ed Terry (American Mafia), Keith Slack (MSG), Mike DiMeo (Riot) e Brian Stephenson. O título tem razão de ser porque o trabalho está dividido em dois onde temos os temas com voz e os temas intrumentais e apesar dos primeiros estarem bem acima da média, são nos segundos que sangue ferve verdadeiramente. Excelente regresso por parte um dos talentos mais clássicos da guitarra.

9/10
Fernando Ferreira


Candlemass – “Sweet Evil Sun”

2022 – Napalm

Regresso dos Candlemass, depois do excelente “The Door To Doom” de 2019. Três anos onde parece que passaram muito rápido mas que serviram para solidificar ainda mais a posição de Johan Längquist como frontman dos suecos. O que claro, elevou o interesse para este seguimento que à primeira (ou às primeiras) atrevo-me a dizer que não convence, pelo menos não ao ponto das expectativas que tinham. Agora isto é o mesmo que dizer que se está perante um mau álbum, certo? Errado, está longe de ser um mau álbum, mas também lhe falta um pouco para que digamos que é um álbum extraordinário. O espírito doom da banda está bem intacto mas faltam aquelas malhas que nos chama a atenção e que façam rivalidade aos clássicos. Portanto, complicado de fazer superar estas expectativas, bem sei, mas o que se tem é o suficiente para ouvir com gosto. Sobretudo o tema título e a “Scandinavian Gods”. A inspiração pode não ser tão forte mas continua a ser doom de classe insuspeita. Mesmo que saiba a pouco.

7/10
Fernando Ferreira


Melted Bodies – “The Inevitable Fork Vol. 1”

2022 – Edição de Autor

Como já repararam pela capa, este é um disco desafiante. E tal como na capa, não se consegue se perceber muito bem o que raio se está a passar. Temos um som apoiado no alternativo mas que é dominado pela electrónica mas tudo isto como se tivesse a ter um ataque de espasmos que não o permitisse parar quieto. Apesar do que esta descrição possa fazer antever, não concordo lá muito bem com a comparação a The Dillinger Escape Plan, embora a perceba. Não é tão violento nem abrasivo mas tem a mesma capacidade para nos deixar a pensar “o que raio se passa por aqui”. Supostamente este é o primeiro EP de uma trilogia que depois será compilada num álbum de originais. Tal como a música em si, não sei se esta será uma táctica vencedora mas esta é uma banda que nitidamente pensa fora da caixa.

6/10
Fernando Ferreira


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