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WOM Reviews – Killing / Engraver / Ritual Sacrifice / Heavy Metal Addicted / Live In Bahrain Vol. 2 / The Flesh Trading Company / Almost Dead / Aggravator

WOM Reviews – Killing / Engraver / Ritual Sacrifice / Heavy Metal Addicted / Live In Bahrain Vol. 2 / The Flesh Trading Company / Almost Dead / Aggravator

Killing – “Face The Madness”

2021 – Mighty Music

O quarteto dinamarquês vai lançar o seu álbum de estreia em agosto e honestamente esta audição deixou-me satisfeito, pois é a minha praia. “Face The Madness” oferece um thrash poderoso, old school, cheio de personalidade e autenticidade. O que quero eu dizer com isto, simples: não existem clichês e quem os ouve fica com a ideia de que os Killing são daquelas bandas cheias de maturidade, com muita rodagem e com as portas do sucesso escancaradas à sua frente. Imperdível!!!

10/10
Miguel Correia

Engraver – “Behind”

2021 – WormHoleDeath

Death/thrash metal primitivo e que poderá soar nostálgico mas quando este termo assume conotações de oportunismo, não é de todo o que se sente aqui. O que se sente é um amor sincero ao nascimento da música extrema – aliás, até a própria capa evidencia isso mesmo – e o que se tem é uma homenagem muito bem conseguida a esses momentos embrionários. Soa tão clássico como se já o ouvissemos há vinte ou trinta anos. Com a vantagem de soar ainda fresco e essencial. Excelente aposta da Wormholedeath.

9/10
Fernando Ferreira

Ritual Sacrifice – “When Hope Is Pain”

2018/2021 – Vic Records

Ao ouvir este álbum a primeira coisa a pensar será: “espera lá, isto foi mesmo editado em 2018 originalmente?” Sim, foi, mas gravado em 1995 – e mesmo para essa data, está com um som bem old school. Já em meados da década de noventa o death/thrash estava em desuso, com ambos o estilo na mó de baixo em termos de popularidade, salvo raras excepções. Mas assim foi e só não foi lançado na altura porque a editora que o era para lançar, a Massacre Records, abriu falência. Avançamos até 2018 e a banda decidiu lançá-lo de forma digital, aquele que seria o seu álbum de estreia. Talvez para fechar um capítulo que nunca teve a conclusão desejada. Agora só faltava mesmo a edição em formato físico, algo que a sempre atenta Vic Records proporciona, mais uma vez reforçando o serviço público na sua actividade. Cru mas com muitos detalhes técnicos, dá que pensar qual teria sido o futuro desta banda caso tivessem lançado o álbum ou então mesmo se tivessem surgido uns três ou quatro anos mais cedo com ele – a banda andou no circuito das demos desde 89. Recordar é viver principalmente quando o que recordamos ficou guardado na gaveta por mais de vinte e cinco anos.

8.5/10
Fernando Ferreira

Heavy Metal Addicted – “Criminal Ways”

2021 – Murder Records

Que o metal sul-americano tem uma sonoridade muito específica já nós sabemos. E não é de agora. Mas quando depois de muito tempo  alguma da podridão característica desta sonoridade começa a surgir noutros pontos do globo, sobre variadas formas, é que se começa a reconhecer todo o seu potencial. Nem sempre as coisas são assim mas queremos acreditar nisso até porque há muito potencial nesta estreia dos brasileiros Heavy Metal Addicted. Quando uma banda tem um nome terrível como este, uma sonoridade podre como esta e mesmo assim nos deixa uma boa impressão com um heavy metal bastardo do cruzamento entre black metal, thrash, Motörhead e punk, é porque estamos mesmo perante algo especial. E estamos. Simples, eficaz, podre. Três coisas que no seu equilíbrio imperfeito trazem bons trabalhos.

8/10
Fernando Ferreira

V/A – “Live In Bahrain Vol. 2”

2021 – Studio 77

A evolução que temos experienciado no nosso cantinho até nos faz esquecer que noutros sítios não é assim e em como é importante este tipo de iniciativas do Studio 77, que nos traz as bandas mais pesadas do Bahrain, aliás do Golfo Árabe. Composto por quatro bandas diferentes – Hellionight, Ryth, Lunacyst e Necrosin – que se vão revezando, é uma boa exportação das bandas no seu elemento natural no momento em que é difícil estarem no mesmo. Algures entre o thrash e o death metal, esta compilação vale não só pela sua intenção e perseverança por trás da mesma mas também pela qualidade da música e da captação. Uma boa forma de sair do nosso cantinho e ficarmos a conhecer um pouco daquilo que normalmente não está ao nosso alcance num mundo que apesar de ser cada vez mais aldeia global, ainda tem as suas limitações.

7.5/10
Fernando Ferreira

The Flesh Trading Company – “Live Darkness 2019”

2021 – Edição de Autor

Trabalho ao vivo dos alemães The Flesh Trading Company, naquela altura em que é irónico encontrarmos mais propostas destas sem haver reflexo das mesmas na “vida real”. Sonoridade crua mas honesta da banda e que é orgânica a 100%, onde temos o entusiasmo do público a fazer-se sentir e ouvir. A mistura de death e black metal com thrash metal é eficaz não só em estúdio como em cima do palco e a captação, apesar de por vezes soar algo limitada principalmente na distorção das guitarras, é acima da média. Num tempo como este, é compreensível o tipo de lançamento e quando resulta da forma como este resultou, é muito bem vindo.

7.5/10 
Fernando Ferreira

Almost Dead – “Brutal Onslaught”

2021 – Art Gates Records

Mesmo sem se assumir como uma das propostas de topo vinda dos E.U.A., os Almost Dead têm lançado álbuns de thrash metal cheio de groove com alguma regularidade. “Brutal Onslaught” é já o quinto e não representa grandes mudanças na sua fórmula e muito menos uma revolução para o estilo, mas isso não será problemático para quem gosta desta vertente e para quem gosta da forma como o thrash metal, mesmo com groove, anda muito próximo do death. O único problema que podemos encontrar aqui é mesmo a duração. Não é que o álbum não tenha variação suficiente para isso – “Downfall” e “Lost My Way” são dois dos temas que ajuda a essa dinâmica – mas no final poderia beneficiar de retirar um ou dois temas.

7.5/10
Fernando Ferreira

Aggravator – “Unseen Repulsions”

2021 – Empire Records

Em preparação para um novo álbum, os Aggravator lançam este EP rápido e estridente, denotando um thrash metal típico na sua carreira, que teve inícios em 2008, culminando com o longa-duração “Populace Destructor”, lançado em 2014. Quase seguindo uma toada semelhante à anterior, este “Unseen Repulsions” traz ao de cima as faces mais sôfregas de uma banda que tem um thrash veloz e poderoso, assemelhando-se em certa medida a algum death metal primitivo e modificado, sobretudo no vocal. Este terceiro EP lança o mote para os Aggravator com seis faixas cardíacas e impactantes, sem preconceito por maior face a uma sonoridade já batida, mas transformada neste novo EP que poderá tornar-se num álbum de destaque para os texanos.

7/10
João Braga

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