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WOM Reviews – Morning Bell / Brkn Love / Therapy? / Our Mirage / Meanwhile Project / Suburban Living / Sick Of Saying Sorry / The Wants

WOM Reviews – Morning Bell / Brkn Love / Therapy? / Our Mirage / Meanwhile Project / Suburban Living / Sick Of Saying Sorry / The Wants

Morning Bell – “Slide Back Into Misery”

2020 – Obsolete Machine Records

Este é mais um daqueles EP que valem por um álbum. Temos uma sonoridade mutante, plástica (plástico de ser adaptável) mas ainda assim orgânica, que anda pelos campos do alternativo, do rock e do metal e sobretudo do progressivo. É de tal forma vasto que só os podemos classificar como algo refrescante. Tanto vintage, como moderno, a forma como estes temas se instalam é única. E não é ncessário conhecimento profundo de qualquer dos estilos ou subgéneros ditados atrás. Apenas apreciar boa música e boas meloidas. Fantástico!

9/10
Fernando Ferreira

Brkn Love – “Brkn Love”

2020 – Spinefarm Records

Estreia discográfica desta aventura do jovem Justin Benlolo, canadiano que tem um talento muito forte,isto a avaliar pela qualidade deste álbum. Temas aqui um rock com grande raça – aquela “Shot Down” é uma coisa do outro mundo à qual não conseguimos ficar indiferentes. Nem nós nem o pessoal no Canadá que colocaram o tema em sexto nas tabelas rock. Há por aqui uma simplicidade desarmante que nos relembra das coisas simples da vida no reino do rock. Por vezes só é preciso rockar com alma, e não ficar preocupado com ganchos de cinco em cinco minutos, ou com vídeos para encher o olho – ouvimos com os ouviodos e não com os olhos. Ficámos fãs.

9/10
Fernando Ferreira

Therapy? – “Greatest Hits (The Abbey Road Session)”

2020 – Marshall Records

Trinta anos. É sempre uma marca histórica. Normalmente de perseverança e de altos e baixos. Os Therapy? são exemplo de duas, de uma banda que nunca foi propriamente popular (ou moda) mas que sempre teve um culto à sua volta. Em ano de celebração, a banda decidiu pegar nos seus doze maiores sucessos, pelo menos que pontuaram no Top 40  do Reino Unido, e regravá-los para ficarem todos com o mesmo feeling. Sendo que as compilações são sempre um exercício quase fútil para arrebanhar mais uns trocos aos fãs, esta é a forma correcta de o fazer, apresentando algo novo, ainda que se possa perder por completo o espirito original. E até foram mais longe, com um segundo CD, ao qual não tivemos acesso, com uma música ao vivo de cada dos quinze álbuns lançados até agora, tudo retirado os arquivos da banda e todas ainda por lançar. E não é preciso dizer mais que é um pacote muito atractivo. Teria apenas a crítica de que lá por ter sido single e até por ter sido bastante bem recebido em termos de vendas que não seja propriamente o melhor que a banda fez, numa perspectiva de trinta anos. Pronto, fiquei sentido porque queria ouvir a “Knives”, confesso. Sou sincero. Mas fora isso, está muito bem e recomenda-se

8/10
Fernando Ferreira

Our Mirage – “Unseen Relations”

2020 – Arising Empire

Melodia contagiante. É uma forma de explicar o que os Our Mirage fazem. “Unseen Relations” traz-nos onze peças, verdadeiros tratados dessa melodia, onde o pós-hardcore se funde com o alternativo e metalcore para temas tão orelhudos que depressa se tornam virais internamente. E não é o caso de termos um ou outro tema mais forte. É sim um forte conjunto de temas onde não há qualquer tipo de algum filler. Alguns poderão ser ligeiramente mais melódicos e até pop (como a “Transparent”) mas isso não é um impedimento ou sequer um factor negativo.

8.5/10
Fernando Ferreira

Meanwhile Project – “Marseille”

2020 – Kapitän Platte

“Marseille” é um daqueles álbuns que é muito complicado classificar. Ou encaixar em géneros. Mas há por aqui uma riqueza tão grande em termos musicais, que isso depressa se esquece. O que surgiu na primeira audição foi “deixa cá ver o que eles vão fazer agora”. Indie alternativo, tiques de ambient, post rock e até folk. Tudo faz sentido. Em tempos de reclusão e introspecção, este é um grande álbum para olharmos para dentro com tranquilidade. Ou então olharmos para o exterior sem qualquer tipo de temor. Um daqueles álbuns que nos faz viajar de forma mágica. “Idols Shaking Hands” e “Tired Boy” são dois exemplos entre muitos.

8.5/10
Fernando Ferreira

Suburban Living – “How To Be Human”

2020 – EggHunt Records

Bem, não é a primeira vez que somos apanhados na curva da nostalgia e também não será a última, definitivamente. Isto porque os Suburban Living trazem-nos música da nova vaga. Claro que a nova vaga já é velha há quase quarenta anos mas ainda assim, e mesmo não sendo um apreciador a fundo do estilo, não deixa de ser uma surpresa agradável. Boas melodias que podem não ser originais mas se o retro no rock é bom para vermos como as coisas eram, também aqui acaba por ser. Um retrato do que era a sonoridade mais gótica antes de ter essa designação, onde os sintetizadores e um ambiente muito único que por ser a sua principal arma. Duvido que possamos pegar nisto mais algumas vezes no futuro, mas para quem gosta de rock gótico, poderá ficar agradavelmente surpreendido/a.

6.5/10 
Fernando Ferreira

Sick Of Saying Sorry – “High Waisted”

2020 – Edição de Autor

Encantador. De uma forma fofinha. Os Sick Of Saying Sorry são uma banda de garage rock que trazem para cima da nossa mesa um rock indie que é melódico, sim, mas também não deixa de ser irreverente e de certa forma cativante, ainda que, a espaços, também seja algo pop. O importante é que não é, contra a corrente do que temos actualmente, algo descartável. Músicas e melodias que ficam marcadas, assim como piscadelasa a outras épocas. Boa impressão que deixam com “High Waisted”.

7.5/10
Fernando Ferreira

The Wants – “Container”

2020 – Council Records

Nostalgia há para todos os gostos e efeitos e os enlatados da foto gritam por todos os poros década de oitenta. Sendo, no entanto, um filho dessa mesma década, posso ser suspeito, já que o alcance poderá ser muito mais vasto que esse. Em termos sonoros, todavia, a identificação é imediata, tirando alguns devaneios electrónicos. Pós-punk com fartura que apenas recomendamos aos fãs do género, já que todos os outros poderão encontrar alguma dificuldade de entusiasmo.

5/10
Fernando Ferreira

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