Review

WOM Reviews – Neptunus / Pestifer / Purnama / Mecalimb / Chugger / Red Dead / Nihilism / Sutrah

WOM Reviews – M.I.L.F. / Throne Of Iron / Märvell / Secret Alliance /Slowburn / Rainbow Bridge / Pleonexia / Badd Kharma

Neptunus – “Planetary Annihilation”

2020 – Miasma Records / Vomit Your Shirt

Os Neptunus tocam (estão preparados?) Spacetechdeath/Aliencore, algo que à partida poderá parecer disparatado mas ao ouvir fará todo o sentido. Aliás, até poderá parecer familiar de acordo com o que os Rings Of Saturn fazem, mas podemos dizer que os indonésios não surgem (demasiadamente) colados, nem aos norte-americanos nem a qualquer outro. Assim sendo, e trocando por miúdos, o que temos é um brutal death ultra técnico mas que tem argumentos suficientes para nos manter bem interessados e ocupados durante menos de meia hora. O pormenor da duração acaba por ser mesmo um pormenor e joga a favor, porque há tanto a acontecer que mais acabaria por ser contraproducente. Se alguma vez se perguntaram de qual o limite da música extrema numa vertente técnica, ela está aqui.

8.5/10
Fernando Ferreira

Pestifer – “Expanding Oblivion”

2020 – Xenokorp

Regresso dos Pestifer – atenção, não é o power trio do Porto e sim os belgas que tocam uma variente mais técnica do death metal – com o seu terceiro álbum de originais, após algum tempo de ausência. “Expanding Oblivion” é técnico mas ao mesmo tempo old school. Consegue ter um feeling vintage que se instala e não cede à tentação de apenas tocar mais rápido e complicado do que todos os outros. Dito isto, também não se entenda que a banda reduziu de alguma forma o teo de complexidade nos seus temas. Nem por isso, apenas o faz de forma tão confortável que mal o sentimos. É como vestir uma segunda pele. Ou primeira até. Resulta muito bem e em pouco tempo se torna como uma potencial referência ao lado de nomes como Death e Pestilence. Blasfémia, eu sei, mas o exagero serve para marcara uma posição. Duvidam? Provem.

8.5/10
Fernando Ferreira

Purnama – “Flame Of Rebellion”

2020 – Slovak Metal Army

Formados em 2011 e num país sem grandes tradições neste espectro musical os Checos Purnama são uma das boas supressas de 2020 até ao momento com o seu segundo álbum de originais ‘Flame of Rebellion’. Sair fácil de cair no erro de caracterizar a sonoridade dos Purnama simplesmente como Blackened Death Metal, no entanto muito mais à dizer sobre a musicalidade da banda. ‘Flame of Rebellion’ pode-se definir como um álbum com uma forte componente de vil, sólido e implacável Death Metal na mesma linha dos Lock Up ou dos Blood Red Throne mas com interessantes e criativas nuances em praticamente todas as faixas, desde a influência do Doom em ‘Light In The Void’, o Black Metal em ‘Dark Flames’, o Symphonic em ‘Rebellion’ ou o Thrash em ‘Phoenix’. ‘Flame of Rebellion’ tem também um interessante e inusitado ambiente de filme de terror que assenta na perfeição no álbum. Destaco em particular a excelente qualidade técnica dos Purnama deixando uma ligeira sensação de Old School bastante invulgar numa banda com apenas dois álbuns. ‘Flame of Rebellion’ é uma excelente proposta no mega povoado universo do Death Metal contrastando em toda a linha com o ultra saturado Gothenburg Metal e seus derivados.

8/10
Jorge Pereira

Mecalimb – “Collector Of Souls”

2020 – WormHoleDeath

Os noruegueses Mecalimb voltam à carga após cinco anos de ausência (sem contar com o single “Downfall” de 2018) e apresentam com poder renovado, com melodia mas mais foco no peso. Vou ser honesto, estes quatro temas não são propriamente uma revelação ou algo que nos deixe de boca aberta. Contudo, têm qualidade suficiente para nos deixar atentos aos seus próximo passos e não são algo propriamente clichê – algo que se corre o risco de se pensar quando o assunto é death metal melódico. Tema “Solace For The Weak” é o mais interessante e poderá ser um bom caminho criativo a seguir no futuro.

7.5/10
Fernando Ferreira

Chugger – “Of Man And Machine”

2020 – WormHoleDeath

Hoje em dia há tanta divisão, tantos subgéneros, que por vezes quase que parece que temos que doar um rim para que as nossas opiniões são válidas quando no fundo não passam disso mesmo, opiniões. Portanto, se falarmos em death metal melódico a puxar ao groove, bem modernaço, milhentas vozes podem ascender em contestação. Não há razão para isso meus amigos, porque estamos perante um disco bem poderoso que só peca por não ter um trabalho de guitarra solo acentuado – temos alguns leads mas puco mais que isso. Curto e grosso, este é um trabalho que deixa um forte impacto de uma banda que promete ser bombástica em palco. Segundo álbum a deixar uma promessa de potencial no ar.

8/10
Fernando Ferreira

Red Dead – “Forest Of Chaos”

2020 – Great Dane Records

A capa até pode ser genérica, e de certa forma, o som também, mas estes franceses conseguem acertar mesmo no ponto perfeito daquilo que gostamos do death metal. Bruto, mas sem ser tosco. Virtuosismo latente mas não propriamente evidente, é o death metal no seu melhor e em todo o seu esplendor, onde o destaque vai mesmo para as guitarras que são o centro da nossa atenção. No geral, este é mais um bom álbum (e boa banda) de death metal francês. A Great Dane Records anda atenta e “Forest Of Chaos” é apenas outra prova disso.

8/10 
Fernando Ferreira

Nihilism – “Apocalyptic Fate”

2019 – Great Dane Records

Regresso dos Nihilism para o seu segundo trabalho de originais. Death metal francês, poderoso, mas sem soar em demasia moderno nem ter contaminações de elementos estranhos ao género. Ainda que uma pitada de melodia se possa fazer sentir aqui e ali, nuns riffs e leads. O poder da banda é mais que evidente mas falta aqui algo que os faça salientar e ganhar relevo em relação ao que já ouvimos (e continuamos a ouvir do género). Que não existam confusões, este é um álbum com argumentos suficientes para agradar a qualquer fã do género. Apenas seria necessário algo para deixar algo mais que simplesmente agradados.

7/10
Fernando Ferreira

Sutrah – “Aletheia”

2020 – The Artisan Era

Sutrah são uma banda proveniente do Canadá, de Death Metal progressivo e técnico. Considero que o som deles é harmónico e ao mesmo tempo brutal, composto por uma sonoridade bem obscura e um instrumental que apesar da violência não deixa de ser melódico. A voz é gutural, extremo, ao bom estilo do Death metal que se junta a riffs pesados, e uma bateria bem acelerada. Presenteiam-nos com o seu EP“ Aletheia ”, Os temas fazem todos parte do mesmo envolvente ao que foram baptizados de “Variation Umwelt”, “Variation Lethe”, “Variation Dwell” e “Variation Genése”. Recomendo sem dúvida este novo trabalho da banda, podemos comparar com bandas como Ulcerate e Nile.

8/10
Fernando Ferreira

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