Review

WOM Reviews – Phil Campbell And The Bastard Sons / Flogging Molly / Duel / Diablation

Phil Campbell And The Bastard Sons – “Live In The North”

2023 – Nuclear Blast

Esta nova vida musical para Phil Campbell após os Motörhead não nega a proximidade que tem com a mítica banda liderada por Lemmy Kilmister. É sobretudo uma proposta descontraída para quem gostava do estilo descontraído de Motörhead, onde apenas temos aquela máxima do “I Know It’s Only Rock’N’Roll But I Like It”. E isso é aquilo que resume todo o espírito dos seus trabalhos originais, dos seus concertos ao vivo e também daquilo que podemos encontrar em mais este trabalho ao vivo. Não existem dúvidas que esta é uma banda que não dispensa a nostalgia da banda anterior de Campbell – com alguns temas a surgirem aqui, onde “Killed By Death” é o fecho do concerto épico – mas os seus originais não são apenas para encher. Para quem gosta de rock’n’roll movido a Heavy metal, e para quem tem Motörhead no coração, o seu espírito vive em Phil Campbell e nos seus Bastard Sons.

9/10
Fernando Ferreira


Flogging Molly – “’Til The Anarchy’s Restored”

2023 – Rise

Esta é uma banda que consegue sempre capturar a nossa atenção sem esforço. Seja com um álbum, seja com um EP, seja como for. O tema título é uma poderosa e sentida balada, que apela ao nosso lado mais rebelde que teima em ficar conformado. Depois temos dois temas ao vivo cheios de energia tal como um concerto dos Flogging Molly deve ser com rendições fantásticas de “Drunken Lullabies” e “What’s Left Of The Flag”, o primeiro um convite à dança (e também à revolta) enquanto o segundo é a mistura entre os dois estados de espírito anteriores, a convidar à reflexão e à festa. Para os fãs, obrigatório, claro. Para quem ainda não os conhece, podem muito bem começar por aqui que será o suficiente para ficarem fisgados.

8.5/10
Fernando Ferreira


Duel – “Live At Hellfest”

2023 – Heavy Psych Sounds

Álbum ao vivo dos Duel motiva logo interesse ainda que seja constrangido pelo seu slot num festival gigante como o Hellfest que não vai além da meia hora. Ainda assim, para os fãs do Stoner meio psicadélico e totalmente boa onda por parte da banda – ou então simplesmente rock como se fazia na década de setenta, nos bons e velhos tempos – esta é uma oportunidade de guardar para a posteridade (e em vinil) uma actuação soberba por parte da banda do Texas, ainda que se fique sempre com a sensação de que sabe muito a pouco. E realmente sabe. Porque de resto temos aquele feeling bem orgânico e old school que parece que está absolutamente em falta em qualquer concerto nos dias de hoje. Só por isso é bem refrescante.

8/10
Fernando Ferreira


Diablation – “Par Le Feu”

2023 – Osmose Productions

Nome interessante (e recente) do underground francês que chega agora ao segundo álbum de originais, depois da estreia em 2021 com “Allégeance”. A sua abordagem crua e algo estridente, faz-nos pensar, ainda que ao de leve, nos já extintos Anorexia Nervosa, se bem que os Diablation são mais sóbrios e, na minha opinião, bem mais eficazes. Estão mais interessados no conteúdo do que propriamente na forma e isso sente-se ao longo deste trabalho que consegue soar macabro e ao mesmo tempo belo na forma como os arranjos de teclados dão um toque de classe sem se tornar demasiado omnipresentes e mudar o feeling mais cru da sua música. Uma boa surpresa para quem não os conhecer e estiver a precisar de um Black metal levemente melódico mas sem deixar de lado a brutalidade.

7.5/10
Fernando Ferreira


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