Review

WOM Reviews – Riiver Brukes / Máni / Mar Gollehon / Euphemia Rise

Riiver Brukes – “Reformed Soul”

2022 – Epictronic Soul

Não parece mas a Riiver Brukes nasceu na Escócia e tem naturalidade canadina. Não parece porque a sua música grita a soul e funk típica dos Estados Unidos na década de oitenta. Este é o seu primeiro álbum a solo e através dele temos uma alma rock (além do soul e funk) assim como uma voz que dá feeling jazz como blues. Voz sensual e forte que eleva músicas a um nível muito superior. Vou-vos confessar, quando vi a capa, não tinha muitas esperanças mas é o nítido exemplo em que como o conteúdo traz sempre o valor acrescentado que pode carecer a qualquer tipo de apresentação. Recomendadíssimo.

8.5/10
Fernando Ferreira


Máni – “Sabbats”

2022 – Edição de Autor

Mais um interessante projecto nacional que nasce e que aconcelhamos urgentemente conhecer. Dos Magnólia (que também já passaram pelas nossas páginas) Paulo Bucho (bateria e percussão) e Filipa Pinto (voz) juntaram-se a Charles Sangnoir (teclas, percussão e voz) para fazer nascer Máni, um projecto de música portuguesa que apesar de ter raízes folk, soa original e refrescante. As letras e a música juntas (aliadas obviamente à voz de Filipa) conseguem criar uma atmosfera que tanto remete para uns Madredeus como para o som de uma Enya, sendo que a atmosfera aqui é bem mais negra e menos etérea. Uma excelente surpresa que os fãs de folk e de atmosferas ambiente deverão conhecer.

8.5/10
Fernando Ferreira

 


Mar Gollehon – “The End Is The Beginning”

2022 – Nefarious Industries

O trompetista Mac Gollehon não precisa de apresentações para quem anda minimamente atento nos últimos quarenta anos seja como músico de estúdio ou ao vivo, tendo colaborado já com nomes que vão de David Bowie a Duran Duran. Aqui a solo, ele não só compõe a música toda como também é responsável por todos os instrumentos e aquilo que traz é… deixe-me colocar-vos uma definição em tom de pergunta: E que tal uma lição desagradável sobre algo incómodo? Bem, estou a exagerar certamente mas se queriam música para colocar tensão absurda nos vossos sentidos, então estão mesmo no sítio certo. Uma mistura entre Jazz, música ambiental e experimental, temos aqui momentos de tensão tal que até parece que sentimos as facas a perfurarem as nossas costas pelo assassino que desconhecemos surgir das sombras. Outros temos um feeling jazz blues que dá-nos uma sensação de relaxamento com ainda alguma tensão associada. Seria ideal para uma banda sonora mas também sobrevive sem imagens já que facilmente as conseguimos criar.

7/10
Fernando Ferreira


Euphemia Rise – “Born A Cow”

2022 – Epictronic

Este foi um EP que me passou ao lado. Passar ao lado no sentido de não ter efeito nenhum, apesar da insistência. E se a espécie de shoegaze instrumentalmente até é minimamente interessante, a voz acaba por ter o efeito contrário, tendo o potencial de acabar com a mais recente insónia em segundos. As referências apontadas são Muse, Placebo e Suede dos primórdios e tirando os primeiros, faz sentido, sendo que há uma nítida falta de energia que qualquer uma das bandas tem em abundância e esse é mesmo o seu principal problema.

4/10
Fernando Ferreira

 


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