WOM Reviews – Rising Steel / Warzaw / OzNor / Immortal Guardian / Dragony / Eternal Winter / Ninth Circle / Kiljin
WOM Reviews – Rising Steel / Warzaw / OzNor / Immortal Guardian / Dragony / Eternal Winter / Ninth Circle / Kiljin
Rising Steel – “Fight Them All”
2020 – Frontiers Music
Os Rising Steel são uma banda de heavy metal emergente de Grenoble, França. O quinteto oferece um som de heavy metal “não tão” clássico com suas influências vindas principalmente das cenas de NWOBHM, hard rock e thrash metal dos anos 80. Metal sólido e poderoso, a banda é inspirada nos legados de lendas como Judas Priest e Iron Maiden e é recomendada para fãs com diversos paladares de metal que gostam de bandas que vão desde o início do Metallica, Accept, Saxon, Grand Magus, Nevermore, Slayer e muito mais. O cartão de visita está apresentado agora é tempo de desfrutarem de “Fight Them All”, o segundo trabalho da banda, um disco único, poderoso e arrojado! Eles são para levar muito a sério!
10/10
Miguel Correia
Warzaw – “Werewolves On Wheels”
2021 – Edição De Autor
Podiam ser os Manowar mas não, são os norueguese Warzaw e o seu álbum de estreia. E ao contrário da capa, a música que trazem é bem entusiasmante. É uma forma excelente de começarmos logo 2021 em grande, com um heavy metal de excelente qualidade e do qual não nos conseguimos cansar. E, sim, antes que perguntem, respondo já, tem um certo quê de nostálgico mas não é dos casos taxativos de sermos obrigados a focar o passado. É apenas a reflexão de que o passado é tão bom (nalguns momentos específicos) que é inevitável de contagiar o presente. Os Warzaw apostam no heavy metal orelhudo e disposto a ser musculado assim como mais speedado. Seja qual for a opção, a coisa resulta. E até desculpa a capa manhosa.
9/10
Fernando Ferreira
OzNor – “Sea Of Stars”
2021 – Edição de Autor
Nos dias de hoje este tipo de lançamento já não surpreende ninguém. Uma one-man band, estilo shred, tudo coisas que já vimos antes muitas vezes das mais variadas formas. Se não podemos ser surpreendidos pela forma, pelo menos a qualidade que “Sea Of Stars” é mesmo algo que nos prende. Mais do que ter umaa base rítmica para ser plataforma para infindáveis solos, temos músicas que sobrevivem sem voz e mais do que isso, que colocam a guitarra com a sua voz, com melodias fáceis de entrar e até empolgantes quando o fazem. E com isto vou ter que me contradizer, porque com todos estes elementos que nos são conhecidos e estão bem presentes “Sea Of Stars”, acabamos por ser surpreendidos pela forma como ficamos apaixonados por ele.
8.5/10
Fernando Ferreira
Immortal Guardian – “Psychosomatic”
2021 – M-Theory Audio
Impressionante álbum dos Immortal Guardian. “Psychosomatic” é ambicioso e consegue fazer cumprir essa ambição através de uma produção forte (bem poderosa) e temas que fazem bem uso desse som. A voz de Carlos Zema dá repentes de Russel Allen assim como instrumental nos remete para algumas propostas de metal progressivo, mas não é nada de preocupante nem que abale a qualidade deste álbum que quanto a mim só tem mesmo um pequeno “defeito” – e será “defeito” porque é uma questão de gosto pessoal – em relação à produção, com esta a soar poderosa e moderna mas também em certa medida algo plástica e pouco orgânica, principalmente o som da bateria. Seja como for, os temas em sim são mesmo muito bons e para quem aprecia a junção do power metal com o progressivo, está aqui uma enorme recomendação.
8/10
Fernando Ferreira
Dragony – “Viribus Unitis”
2021 – Napalm Records
Boa estreia por parte dos austríacos Dragony na também austríaca Napalm Records, neste “Viribus Unitis que é já o seu quarto álbum. Temos power metal melódico e com o ouvido engatilhado para os refrões que obrigam à cantoria fácil. Isto num álbum conceptual que pega na história do seu país e a torna digna de um filme de Hollywood extravagante – de zombies ao oculto, parece valer tudo. O facto de começar com um excerto do mítico “Danúbio Azul” de Johann Strauss II, dá um colorido especial. Tirando a história e reduzindo este álbum à sua música, este é um trabalho sólido dentro daquilo que a banda já nos habituou. As melodias entrenham-se facilmente e o facto de serem bem alegres, poderá funcionar como uma barreira para quem procura algo mais sério, no entanto, para quem conhecer e gostar da banda, será mais um bom trabalho.
7/10
Fernando Ferreira
Eternal Winter – “Archaic Lore Enshrined: Songs of Savage Swords & Dark Mysticism”
2020 – Majestic Metal Records
Por muito mau que pareça dizer isto já, este é o álbum do “não havia necessidade”. Não havia necessidade de um título tão longo – há limites até mesmo para o factor épico; não havia necessidade de uma intro tão… azeiteira; não havia necessidade para uma bateria tão triggada ou com um som tão digital – parece que é programada o que desafia o propósito de ter um baterista, não é?; Não havia necessidade de ter um vocalista apostado em tentar ser mais David DeFeis que o David Defeis e que quando não tenta ser o David DeFeis, parece um Geoff Tate em versão power metal dos E.U.A.; e por último, não havia necessidade para um álbum tão longo. Bem, posto isto até parece que é o pior álbum do mundo. Não é, e há muitos pontos positivos que nos fazem ter uma apreciação positiva para além destes obstáculos, no entanto irrita sentir-se o potencial que está aqui e ver que a banda não o cumpre por completo. Os fãs do power metal norte-americano poderão não sentir isso, e temos realmente boas guitarradas e bons temas. Para quems e contentar com (apenas) isso, é uma boa escolha.
6/10
Fernando Ferreira
Kiljin – “Master Of Illusion”
2020 – Edição de Autor
Eu sempre fui fã de álbuns grandes. Sessenta, setenta minutos, álbuns duplos. Megalomania. No entanto esta minha tendência parece que sofreu um revés quando comecei a fazer reviews a tempo inteiro, principalmente quando se tem álbuns enormes que não o justificam. Este é definitivamente um deles. A estreia da banda norte-americana até tem uma capa atractiva mas o som é demasiado cru – com um som de bateria a sofrer de compreessão em demasia (aquela tarola) e com as guitarras a não terem o poder necessário. Mas o som por vezes até consegue ser que se consegue contornar. O pior é quandos as composições não colaboram. Temas enormes a rondar entre os sete e os nove minutos em quase oitenta minutos de música faz com que este “Master Of Illusion” seja um bocado doloroso de ouvir. E isto quando não é um álbum mau! Apenas não consegue viver de acordo com as ambições a que se propõe.
5/10
Fernando Ferreira
Ninth Circle – “Echo Black”
2020 – Pure Steel
Com “Echo Black” o trio californiano apresenta um lado mais melódico e catchy, com menos power com uma sonoridade global que apesar da sua diversidade é em momentos algo previsível. Há muito da influência das harmonias e linhas da NWOBHM, criando um disco sem grandes destaques e que certamente servirá para a banda rever as suas opções pois nestes tempos não se pode facilitar muito ou quase nada. Não me convenceu!
5/10
Miguel Correia