Review

WOM Reviews – Sylvan Awe / Vargaskri / Lunar Spells / Vulture Lord

Sylvan Awe – “Transcend”

2021 – Northern Silence Productions

Que fantástico trabalho. Em todos os sentidos. Primeiro da banda, deste duo australiano que tem neste segundo álbum o seu ponto alto da existência artística, desde da música até à arte da capa. E depois, claro, da editora Northern Silence, que continua a ter um ouvido muito apurado no que diz respeito a capturar excelentes talentos. Podemos encaixar os Sylvan Awe no black metal mais melódico e contemplativo mas isso não quer dizer que seja mais imediato ou acessível. Apenas faz um uso, muito inteligente diga-se em abono da verdade, das melodias à sua disposição. Os temas aqui contidos não só têm essa dose de melodia própria, como a mesma acaba por torná-los épicos. Excelente surpresa e uma banda recomenda para quem gosta do seu black metal grandioso, mas sem cair em exageros.

8.5/10
Fernando Ferreira


Vargaskri – “Hyllningskväden”

2021 – Northern Silence Productions

Estreia bastante impressionante por parte dos Vargaskri. Com um black metal épico e pagão de cariz clássico mas que não é andar sempre a mexer nas mesmas referências, embora assim possa parecer à primeira. É o apurado sentido de melodia que impressiona e que por vezes até vai para além do que seria expectável. É como se fosse um trabalho clássico que tivesse ficado na gaveta algures entre 1996 e 1999. Violento como se espera mas sem nunca perder o norte das melodias épicas e marcantes. O poder da simplicidade da reverência à mitologia nórdiga através do black metal é assim mesmo. Conseguir impactar sem inventar muito, por vezes parece mais simples do que é realmente.

8.5/10
Fernando Ferreira


Lunar Spells – “Where Silence Whispers”

2021 – Northern Silence Productions

Nenhuma dúvida ao que se vem aqui, pois não? Capa desenhada a carvão, logo mais ou menos imperceptível, título do lançamento com um lettering a relembrar caligrafia mais arcaica, tudo aponta para black metal e efectivamente, e sem grande surpresas, é no black metal que os Lunar Spells se inserem. Com seis temas apenas de duração média, produção crua mas que dá para perceber muito bem o que se está a passar – principalmente na bateria que está clara o suficiente para impressionar com a sua diversificidade. Apesar da índole mais agreste e raw, a melodia é uma componente muito forte e até essencial neste som, mesmo quando surge através dos teclados que podem obrigar a habituação (forçada). Mais tradicional do que o esperado no black metal grego mas sem dúvida que para aprecia a vertente mais épica e simples, consegue satisfazer sem reclamações.

8/10
Fernando Ferreira


Vulture Lord – “Desecration Rites”

2021 – Odium

Desta feita rumamos a Honefoss, Viken, Noruega, para analisarmos o mais recente desta máquina de Black / Thrash, de nome Vulture Lord. 18 anos passaram desde a edição do último – e primeiro – álbum da banda, “Profane Prayer”. Desde então, o sobejamente conhecido músico, Trondr Nefas (Beastcraft, Urgehal, entre outras), morreu, e a banda levou a cabo algumas mudanças de line-up, mas nada que retire poder e agressividade a este tanque de guerra norueguês, calma! O trabalho deste quarteto facilmente agradará a fãs de Aura Noir e Witchery, por exemplo. Temos um Thrash possante e assente em riffs dilacerante, ao qual se adicionaram vocalizações características de Black Metal, compondo um trabalho fortíssimo! Um pouco como o Thrash Metal em geral (opinião pessoal ahah), também este híbrido corre o risco de se arrastar para um marasmo, independentemente da sua qualidade, atenção! “Beneficial Martyrdoom” é um bom exemplo de uma banda a apresentar algo diferente do que o género em que se insere, “oferece”. Depois, e saídos desse marasmo, temos estes momentos energéticos e distintos! É Thrash, é Black Metal, mas esta malha é de imensa qualidade, onde os momentos mais lentos e complexos aportam um brilho especial à malha. Gostei bastante. Ouço que esta base isntrumental segue para a malha seguinte, “Burining the Kingdom of God”… sim senhor. Atenção! Estas duas malhas não divergem do todo do trabalho, mas destaco-as face à maioria. São cerca de 38 minutos de um Black Thrash que segue as linhas distintivas do género, mas que apresenta apontamentos distintos. Fãs de Thrash Metal, e de Black Metal, isto é para vós!

7/10
Daniel Pinheiro


 

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