Review

WOM Reviews – Veonity / Sabaton / Martyr / Manilla Road

Veonity – “Elements Of Power”

2022 – Scarlet

Os Veonity são o significado de ultra-power metal clássico: guitarras arrojadas, bombos duplos e uma abundância de coros épicos e solos poderosos estão no centro de cada faixa formando uma base sólida sobre a qual o som da banda é construído (reminiscente do estilo alemão/sueco do final dos anos 90). Com “Elements of Power”, os Veonity oferecem uma verdadeira história conceitual sobre um rapaz que se torna o herói após derrotar e exterminar em definitivo o mal do cimo do planeta, que falta ele faz na prática! Num todo e olhando para aquilo que se diz sobre o significado de ultra power metal, para mim trata-se de um género, fortemente enérgico, com grandes melodias e com refrões que nos fazem querer acompanhar como se já os dominássemos na primeira passagem… onde é que já ouvi isto? Acima de tudo estamos perante um enorme disco, que aconselho para fãs power metal.

9/10
Miguel Correia


Sabaton – “War To End All Wars”

2022 – Nuclear Blast

Regresso dos Sabaton que começa com um déjà vú – algo que para os detratores da banda até será bastante natural. Isto porque a banda volta a focar a sua atenção na Primeira Guerra Mundial, ou conhecida como a Primeira Grande Guerra depois do anterior “The Great War”. Para quem é fã, já sabe que seja qual for o álbum, seja conceptual ou não, terá um álbum de conceito bélico, de power metal épico, ainda que algo formatado para os refrões grandiosos. Falta de originalidade, outra vez arroz para alguns, mas para outros é precisamente o que se esperava e desejava. E não podemos ficar desiludidos tendo isto em mente. Comparando com o anterior, atrevo-me a dizer que este é mais sólido e também mais aventureiro, com o arriscar de melodias como na “Soldier Of Heaven” que ampliam ligeiramente o espectro do seu alcance. No final, sabemos que vamos ficar com estes temas na cabeça inevitavelmente e que os vamos querer cantar, de preferência ao vivo em frente a um palco.

8/10
Fernando Ferreira


Martyr – “Planet Metalhead”

2022 – Edição de Autor

Regresso aos discos por parte de uma das mais históricas bandas de heavy metal holandesas: Martyr. O anterior trabalho era já de 2016 (e parece que não, já passaram assim seis anos num repente) mas as expectativas são sempre altas. Com uma garra que nem parece de uma banda que está a comemorar os quarenta anos de carreira, temos aqui muitos momentos de alta cilindrada como os primeiros temas, “Raise You Horns, Unite!” e “Demon Hammer” apenas para citar os mais imediatos. Apesar disto, não se deixa de citar que na segunda metade do álbum o gás desaparece um pouco e até o último tema, a balada “Wings In A Darkened Soul” que até dá ideia de ser uma cover de Iron Maiden inciialmente torna-se de longe um dos piores temas e totalmente dispensável. Encarando o álbum com nove temas em vez de dez, ainda é um excelente álbum de heavy metal.

8/10
Fernando Ferreira


Manilla Road – “The Circus Maximus”

1992/2021 – Golden Core

Depois de um fim de uma banda e/ou da morte de um músico, é natural que toda essa obra que ficou orfã ganhe um aumento de valor e procura. No entanto, nem sempre isso significa que estamos perante obras maiores. Dentro da obra dos lendários Manilla Road, podemos destacar este “The Circus Maximus” como um desses exemplos. Para já o facto de não ter sido feito como um álbum de Manilla Road e sim como um álbum a solo de Mark Shelton e que a editora lançou como um álbum da banda porque assim venderia potencialmente mais – “Seventh Star” anyone? – é logo indicador que vem caca a caminho. É incrível o poder que as editoras, mesmo underground tinham na altura para conseguirem fazer coisas destas. Depois Shelton só canta em três música (o álbum tem três vocalistas distintos e todos bastante diferentes) e curiosamente nem são as suas músicas as melhores ainda que nunca tenhamos material de reverência. Um disco confuso para os fãs da banda que deverão ter-se sentido enganados ao comprar algo que prometia uma coisa e depois entregava outra – se bem que a capa manhosa original já adivinhava o calibre da coisa. Não sendo propriamente mau, este não é dos melhores trabalhos para perpetuar o nome da banda. Esta reedição traz ainda um DVD pelo que para quem queira ter a colecção completa dos Manilla Road, sempre traz algum valor acrescentado.

6/10
Fernando Ferreira


 

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