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WOM Reviews – Vital Spirit / Shallow Waters / Ildskær / Sunnudagr / Behemoth / Black Hate / Mortis Mutilati / Unholy Vampyric Slaughter Sect

WOM Reviews – Vital Spirit / Shallow Waters / Ildskær / Sunnudagr / Behemoth / Black Hate / Mortis Mutilati / Unholy Vampyric Slaughter Sect

Vital Spirit – “In The Faith That Looks Through Death”

2020 – Hidden Tribe

Estreia deste novo projecto que junta Kyle Tavares (dos Seer e Wormwitch) com Israel Langlais (igualmente dos Wormwitch) e resulta num EP de estreia onde o black metal melódico é muitíssimo bem tratado. Quatro temas que passam num repente – os temas também são curtos o que torna tudo ainda mais interessante também, pela forma como são imediatos mas também não cansam. Fica-se com as expectativas bem altas para o que possa vir de seguida, porque o que temos aqui é mesmo fantástico!

9/10
Fernando Ferreira

Shallow Waters – “Bed Of Snakes”

2020 – Blood Fire Death

Mais uma nova banda que chega até nós. Os espanhóis Shallow Waters trazem uma mistura de black metal com death/doom melódico. Aliás, o que temos é mesmo uma mistura destes três géneros, com a vertente melódica bem acentuada e com o black metal a comandar as operações. Poderíamos estar perante uma proposta que tem uma fórmula muito comum, mas o álbum é único o suficiente para nos ficar marcado e registado na memória. Sem dúvida que se trata de uma excelente surpresa e um novo valor a ter em conta no underground do nossos vizinhos.

9/10
Fernando Ferreira

Ildskær – “Den Rædsomste Nat”

2020 – Edição de Autor

Cada vez é mais comum termos bandas de black metal a focarem-se conceptualmente em conceitos que não seriam aqueles que mais comumente associaríamos ao estilo. No caso da estreia dos dinamarqueses Ildskær, “Den Rædsomste Nat”, temos um álbum conceptual que foca o bombardeamento de Copenhaga por parte dos ingleses e do roubo da frota que o país tinha em conjunto com a Noruega. Ou seja, algo bastante específico. Não é a primeira vez que vemos bandas de black metal a focarem-se em eventos históricos como inspiração e perante isso a nossa questão é sempre a mesma – a música é boa? É, muito boa. Sem invenções, sem grandes desvios, temas uptempo e tremolo picking para a frente. E resulta. Até parece simples. A produção mais rústica também ajuda a estabelecer o mood. Boa estreia. Curiosidade, este álbum será lançado no 213 aniversário do dito bombardeamento, 2 de Setembro.

8.5/10
Fernando Ferreira

Sunnudagr – “Le Silence”

2020 – Edição de Autor

Este é o primeiro álbum dos Sunndagr, banda de black metal francesa que lançou dois Eps (em 2013 e 2015) e agora chega ao álbum. Com um som cru e o as composições bem inseridas na segunda vaga do estilo (com outras referências a surgir mas de forma bastante discreta), este trabalho conseguiu-nos agarrar desde o início até ao fim. Confesso que os grandes responsáveis foram mesmo os riffs em tremolo picking que tão bem gravados ficam na nossa mente. Uma estreia simples mas nem por isso menos poderosa ou marcante. A simplicidade, principalmente num género como no black metal, está cada vez mais valorizada aqui para os nosso lados. As letras em francês também dão um colorido muito interessante e invulgar – e sim, consegue-se perceber muito bem que se está a ser cantado em francês. Resumindo, boa estreia, banda para acompanhar.

8.5/10
Fernando Ferreira

Behemoth – “And The Forests Dream Eternally”

2020 – Metal Blade

Como prometido por Nergal meses atrás, aqui está a reedição em vinil do EP de 1995, “And The Forests Dream Eternally” que nos evidencia uma banda totalmente diferente daquilo que depois se viriam a tornar mas que não é motivo de vergonha e algum tipo de renegação por parte do artista. Trata-se de um duplo vinil onde para além dos temas do dito EP temos ainda umas gravações ao vivo, retiradas de vários períodos de tempo. Interessante é comprar a versão original da “Transylvania” e aquela registada em 2017 na Polónia. Aliás, deste tema temos até três versões ao vivo. Ainda temos também temas em versão ensaio e pré-produção. É um pequeno tesouro que servirá principalmente para os fãs da primeira fase da banda.

7/10
Fernando Ferreira

Black Hate – “Altalith”

2020 – Dusktone

Proposta intricada e complexa de black/death metal, é como “Altalith” se revela logo desde o início. A banda mexicana já tem uma carreira algo longa com este álbum a ser o seu quinto. Não conhecendo o que está para trás, a apresentação que fica é de que estamos perante uma banda que sabe muito bem o que quer e que se orgulha de ter um som pouco usual, som esse que, quanto a mim, é o seu ponto mais forte. Algumas dissonâncias, midtempo mas uma capacidade para deixar gravada na memória os temas. Para quem não os conhece, esta será uma excelente porta de entrada.

8/10 
Fernando Ferreira

Mortis Mutilati – “The Fate Of Flight 800”

2020 – Edição de Autor

Podemos dizer que estamos divididos entre dar na cabeça ou elogiar o black metal, porque apesar do quão cansativo se tornaram certas fórmulas, existem músicos e bandas com capacidade para nos surpreenderem. Os Mortis Mutilati são uma dessas bandas. O seu black metal surge-nos com a melodia na capacidade e na medida certa para nos envolver. Quinto álbum numa carreira que já se evidencia com uma qualidade bem acima da média e que não diminui o nível em nada. Aliás, muito pelo contrário, exceptuando pelo conceito estranho e capa pouco apelativa. Nem tudo poderia ser bom não é verdade? Bom gosto metálico em temas bem construídos e que em conjunto resultam num bom álbum.

8/10
Fernando Ferreira

Unholy Vampyric Slaughter Sect – “The World Trapped In Vampyric Sway (Darker And Darker)”

2020 –  Crown and Throne Ltd. 

Tenho que confessar a minha ignorância. Não conhecia esta banda. Ou melhor, esta one-man band. Quando fui ver o seu historial assustei-me porque pela quantidade de lançamentos pensei que se tratasse de algo já com bastantes anos. Afinal começou apenas em 2015 mas nestes cinco anos lançou muitas demos, singles, splits, compilações e três álbuns, a contar com este. Ora O nome do projecto remeteu-me para as bandas de black metal melódico que metiam medo ao susto – e não de uma forma positiva, mas fiquei agradado pela forma crua e violenta que este pequeno álbum que nem 25 minutos tem soa. Ainda para mais com apontamentos electrónicos que ainda tornam a coisa mais interessante. Não é o suficiente para ficarmos competamente rendidos mas pelo menos para despertar a curiosidade porque estes temas são mesmo muito bons.

8/10
Fernando Ferreira

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