Em pouco tempo, os finlandeses Wolfheart tornaram-se um centro de atenções no mundo do death metal melódico. Melódicos como só os finlandeses sabem ser, poderíamos apontar para esse ponto como uma das causas prováveis para esse efeito. Nós próprios, que temos acompanhado a sua carreira desde o início, ficámos rendidos assim que ouvimos o álbum “Winterborn”, quando ainda era uma one-man-band de Tuomas Saukkonen (dos Before The Dawn, Black Sun Aeon e mais umas quantas bandas e projectos). Reza a lenda que o amigo Tuomas decidiu mandar todas as suas bandas às urtigas e concentrar-se unicamente neste seu projecto Wolfheart.

De projecto a banda foi um repente. O sucesso da estreia assim obrigou e “Shadow World”, que chegou a ser apontado por nós, nos tempos da Blasting News, como um dos candidatos a álbum do mês, provou que esse passo foi o mais correcto. Ao terceiro álbum costuma-se dizer que é de vez, isto é, que é aqui que fica tudo definido, mas “Tyhjyys” não clarifica nada que não soubessemos já. A banda tem um dom para o death metal melódico e consegue expressá-lo sem grande recurso aos lugares comuns que estamos habituados.

Há um feeling mais épico que acaba por assentar muito bem e o trabalho, apesar do seu título difícil de pronunciar, é fácil de assimilar – presumindo que há amor por este tipo de coisa, claro – extremamente dinâmico (se quiserem saber como se faz uma power ballad balada de death metal melódico, ouvir, por favor a “The Flood”), e sempre poderoso. É uma fórmula que sempre apreciámos e que os Wolfheart souberam explorar desde o primeiro dia. Esse sentimento não mudou. Reforço-se assim como a nossa certeza que a banda é capaz de trazer excelente álbuns sem esquecer que é preciso evoluir e não estar a fazer constantemente a mesma coisa. “Tyhjyys” é excelente álbum, como esperávamos que fosse.

Nota 9/10

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