WOM Report – Soen, Ghost Iris, Wheel @ RCA Club, Lisboa – 31.03.19
A noite começou com os Wheel, depois de terem lançado um punhado de EPs, a banda finlandesa, apresentava agora o primeiro álbum “Moving Backwards”. A prestação iniciou-se com “Vultures” tema que abre o álbum de estreia. Rapidamente se percebeu que o metal progressivo dos Wheel encaixou perfeitamente com o público que por esta altura já enchia grande parte da sala. Seguiu-se “Tyrant” um tema mais longo onde a banda apresentou um lado mais “Tooliano”, mas onde mostrou também uma personalidade própria. Destaque para o vocalista e guitarrista James Lascelles. Com cerca de 30 minutos de concerto a banda encerrou com “Where the Pieces Lie” e com “Wheel”. Uma óptima prestação para a banda de Helsínquia que com certeza ganhou alguns fãs com esta passagem pelo RCA.
Num tom bem mais diferente chegaram os Ghost Iris, uma banda de metalcore dinamarquesa que veio trazer alguma agressividade à noite do RCA. Na bagagem traziam o terceiro álbum “Apple Of Discord” que preencheu quase na totalidade a setlist da noite. A set iniciou-se com um riff quase à Meshuggah com “The Rat & The Snake”, onde o gutural de Jesper Gün ficou em contraste com as outras duas bandas da noite, mas a dose extra de agressividade foi bem-vinda. Seguiram-se “Final Tale” e “The Devil’s Plaything” que continuaram com a mesma energia, e onde os guitarristas apesar do pouco espaço em palco iam saltando e andando as voltas, tendo existindo mesmo crowdsurf. “Parallel Passage” foi a passagem pelo primeiro trabalho da banda com “Heaven Was Pure Hell”, “Beauty in Expiration” e “Virus” a encerrar o concerto.
Por volta das 11 da noite, com a sala esgotada foi a vez de os Soen entrarem em palco ao som de “Covenant” do novo álbum “Lotus”. O mais recente trabalho da banda sueca tem vindo a merecer muitos elogios, e ficou logo claro neste primeiro tema o quão bem foram recebidas as novas músicas, quando a maioria do público era capaz de as cantar em conjunto com a banda. Numa set equilibrada o novo álbum contribuiu com temas como “Rival”, “Lascivious”, “Opponent” e “Martyrs” (além da mencionada “Covenant”), sendo que “Lykaia” acabou também merecer algum destaque com “Opal”, e as belíssimas “Jinn” e “Lucidity” naquele que foi o momento mais introspectivo da noite.
Ainda houve espaço na set principal para a excelente “Tabula Rasa” do álbum “Tellurian” e “Slithering” do primeiro trabalho dos Soen, “Cognitive”. O som foi bom ao longo de todo o concerto, com o vocalista Joel Ekelöf a ouvir-se bastante bem no RCA. Apesar de serem muito bons em estúdio, os Soen são também uma banda que consegue soar ainda melhor ao vivo. Existe uma enorme qualidade no conjunto que transparece neste momento. Destaques para o monstro que é Martin Lopez na bateria, a excelente voz de Ekelöf, e para os solos muito blues do guitarrista Cody Ford. O público esse, esteve lá para eles a noite toda criando um excelente ambiente na sala lisboeta. Para encore ficaram a “tooliana” “Savia”, “Sectarian”, e para fechar a noite uma música mais calma, o tema título do novo álbum “Lotus” que contou com mais um belo solo de Ford. Excelente regresso dos Soen a Portugal.
Texto por Filipe Ferreira
Fotos por Filipa Nunes
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