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Road To Vagos – Alestorm

Os piratas escoceses chegam a Vagos. Não será a primeira vez e de certeza que não será a última mas estes piratas são sempre garantia de festa tal como o foram no passado. Deixando sempre um rasto de diversão e metal a puxar ao folk, a banda começou a sua viagem em 2004, ainda com o nome Battleheart, um projecto de estúdio iniciado por Christopher Bowes e Gavin Harper. O plano era apenas de fazerem mais uma banda de power metal mas com a forma como a canção “Heavy Metal Pirates” foi recebida, a dupla pensou se não seria boa ideia focarem-se nesse tema e incorporando sonoridades mais folk. Sem grandes pressões ou estabilidade no alinhamento, os Battleheart lançaram dois EPs antes de assinarem pela Napalm Records e mudarem de nome para Alestorm. E aí começa o nosso conto.

“Captain Morgan’s Revenge” foi lançado em 2008 e foi uma estreia que revolucionou o underground. O som dos piratas sempre esteve exclusivamente ligado aos Running Wild que por esta altura andavam desaparecidos. Este trabalho era refrescante pela forma como juntava a sonoridade folk à tradição power metal, nunca esquecendo a boa disposição que se tornaria uma marca registada da banda sobretudo em cima dos palcos. A formação, composta pelos membros fundadores Chris Bowes (voz e teclas) e Gavin Harper (guitarras) onde se juntavam Dani Evans (baixo) e Ian Wilson (percussão) não iria perdurar, com o abandono, praticamente a seguir ao lançamento do álbum, de Gavin Harper – em abono da verdade, a banda também usava bastantes músicos de sessão, algo que não mudaria nos próximos álbuns. Isso não impediu que lançassem poucos meses depois um EP “Leviathan”, onde contaram com os préstimos de Lasse Lambert para duas faixas (as outras duas ainda contavam com Harper).

A dança das cadeiras continuou com a passagem de Dani Evans do baixo para guitarra e com a entrada de Gareth Murdock dos Waylander como baixista. Isto depois das coisas não terem dado certo com o guitarrista Tim Shaw. “Black Sails At Midnight” no entanto apresenta apenas Evans, Bowes e Wilson como o trio fixo da banda, recorrendo depois novamente a uma parafernália de músicos de sessão, onde se inclui novamente nas guitarras Lasse Lammert, ele que também fez a produção e mistura do álbum. Este trabalho não foi tão bem recebido como o primeiro, sendo encarado com muito cepticismo em relação à limitação que a temática poderia provocar em termos de criatividade. Algo que a banda viria a provar como errado.

“Back Through Time” foi o terceiro álbum e calou todos aqueles que tinham duvidado do seu potencial. Aliás, a própria banda levou todas as críticas em consideração e elaborou uma resposta com o seu humor já característico na forma de “Scrapping The Barrel”. A banda também evidencia mais uma mudança na formação, tendo saido Wilson e entrado para o seu lugar Peter Alcorn. Sólido e forte, este é um trabalho que mostra a banda revitalizada e pronta para superar a sua ainda incontestada estreia como melhor trabalho.

O sucesso foi bem significativo e isso levou que houvesse um período de espera mais alargado para que houvesse novidades editoriais. O primeiro cheirinho surgiria com a (não tão) inesperada cover dos Village People, “In The Navy”, single que marcaria também a estreia de Elliot Vernon nas teclas e nas vozes de apoio. Seria essa formação que também registaria o álbum ao vivo “Live At The End Of The World”, lançado no final de 2013. O novo álbum viria novamente em meados de 2014, com “Sunset On The Golden Age” e os piratas estavam mais fortes e letais que nunca.

Juntando o melhor de todos os álbuns mas sobretudo trazendo de volta aquele espírito do “Captain Morgan’s Revenge”, os Alestorm provavam que não havia hype injustificado à sua volta. Algum tempo depois, em 2015, Dani Evans decidiu sair da banda e Máté Bodor foi o escolhido para pegar nas guitarras. O primeiro teste para esta nova formação foi o split com os Skálmöld onde cada banda pegou numa música da outra e transformou-a à sua maneira.

Em 2017, “No Grave But The Sea”, os piratas estavam de volta para a quinta incursão aos mares por vezes revoltos do heavy metal. As críticas foram favoráveis e os resultados de vendas os melhores de sempre da banda. O saque foi merecido e a banda multiplicou-se e desdobrou-se em aparições por todos os sete mares, colhendo os frutos do seu trabalho.

A banda passou pelo nosso país antes e depois de “No Grave But The Sea” e ainda reeditaram a estreia por alturas do seu décimo aniversário, remasterizado e com uma nova embalagem. Esta é definitivamente uma das festas que não quererás perder. Arrr!

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