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WOM Reviews – Shadow Warrior / Persuader / Griffin / Phase Reverse / Prefix / Kiljin / Anthenora / Legendry

WOM Reviews – Shadow Warrior / Persuader / Griffin / Phase Reverse / Prefix / Kiljin / Anthenora / Legendry

Shadow Warrior – “Cyberblade”

2020 – Ossuary Records

Os polacos Shadow Warrior, fundados em 2019, formados por Anna Kłos, voz, Marcin Puszka e Krzysztof “Chris” Aftyka, guitarras e voz, Karol Zmaczyński no baixo e voz e Zdzisław Krzyżanowski na bateria, são uma das inúmeras bandas que homenageiam e refletem no seu som e no seu trabalho aquilo que é o heavy da NWOTHM e fez sua estreia com um EP de 5 músicas, intitulado “Return of the Shadow Warrior”, cujas letras foram baseadas diretamente na história e cultura do Japão. O álbum, inicialmente auto-lançado pela banda com 100 cópias limitadas, acabou sendo um sucesso e em 2 semanas esgotou!!!

Falando de “Cyberblade”, trata-se de um álbum que soa crú, despejado de truques sonoros, muito “in your face” e onde Anna, a vocalista, demonstra uma energia e talento muito acima da média.

Seria injusto da minha parte ficar por essa referência pois ao longo das 8 faixas que compõem este disco há um trabalho de guitarra impressionante, com solos e riffs bem loucos e de fácil assimilação em composições dinâmicas e cativantes, mesmo daquelas para cantar juntamente com a banda.

Uma grande estreia e é disto que todos precisamos! Heavy Metal!

10/10
Miguel Correia

Persuader – “Necromancy”

2020 – Frontiers Music

Liderados por Jens Carlsson nas vozes, Emil Norberg (ex-Dark Empire) e Fredrik Mannberg (Nocturnal Rites) nas guitarras, este trabalho marca o regresso de Efraim Juntunen à bateria. Assim, completo o line up, dos suecos Persuader, a banda lança o seu 5º álbum de estúdio. “Necromancy” para além de ser, nas palavras de Emil, um novo capítulo na vida da banda, é um pacote de 7 temas de puro power metal, agressivo, tocado com garra e com performances musicais impressionantes. Todas as músicas têm a sua dinâmica, fugindo aos estereótipos do género, com riffs muito conseguidos, melódicos, brutais e pesados. Tudo isto torna-o num forte lançamento e para ter em conta para os fans da banda e não só.

10/10
Miguel Correia

Griffin – “Flight Of The Griffin / Protectors Of The Lair”

1984-1986/2020 – Golden Core Records

A Golden Core Records sabe mesmo como manter os seus amigos satisfeitos. Continua apostada em trazer para a luz do dia da actualidade bandas e lançamentos que o tempo esqueceu. Aqui falamos dos Griffin e dos seus dois únicos álbuns editados, “Flight Of The Griffin” e “Protectors Of The Lair”, editados em 1984 e 1986 respectivamente. A banda não chegou a ser grande mas estes álbuns têm qualidade o suficiente para que pelo menos o seu legado seja devidamente respeitado. O primeiro álbum tem aquele travo do heavy metal norte-americano, musculado e raçudo. Vem remasterizado e com uma série de temas da demo de 1983 (não na totalidade porque a demo em questão tem doze temas, praticamente os mesmos que estão no álbum). O segundo CD traz o álbum “Protector Of The Lair” remisturado especialmente para esta edição, assim como também temas ao vivo dos quais não são especificados a data em que foram registados mas com uma qualidade bem aceitável. E no terceiro disco – sim, são três discos – temos este mesmo álbum mas desta feita com a mistura original mas remasterizado e é finalizado com faixas ao vivo registadas no mítico festival Keep It True em 2011. Poderá dizer-se, e até com alguma razão, de que este terceiro disco seria desnecessário, mas para os puristas e até para quem gosta de heavy metal, até é algo que se compreende, já que “Protects Of The Lair” é tão bom, que até nem nos importamos de ouvir duas vezes seguidas com equalização diferente. Sem dúvida que obrigatório!

9.5/10
Fernando Ferreira

Phase Reverse – “Phase IV Genocide”

2020 – Rock Of Angels Records

Esta foi uma boa surpresa, o quarto álbum dos Phase Reverse. Surpresa por que também foi a minha apresentação oficial do seu som. A banda voltou a terrenos mais familiares, pelo menos no alinhamento com o regresso do vocalista e baixista original Tas Ionnidis, que se junta a Takis Mark nos coros, Takis que tem um. Este regresso levou a que houvesse uma reorganização interna, onde o antigo baixista Kostas Kotsikas tornou-se no segundo guitarrista. A isto junta-se um feeling moderno que aliado ao espírito do southern rock/metal, faz com que tenhamos algo especial, um álbum bastante forte a mostrar que 2020 não foi de todo uma perda total de tempo.

8.5/10
Fernando Ferreira

Prefix – “Oriund”

2020 – Fontastix

Os suiços Prefix já não davam nas vistas há quase dez anos mas voltaram em grande – embora seja sempre discutível se este terá sido o melhor ano para voltar mas antes em 2020 do que nunca. Produzido pela banda nos seus próprios estúdios caseiros, este é um álbum que traz hard rock cheio de garra que é surpreendentemente eficaz – surpreendentemente por ser cantado na língua materna da banda e que não é de todo amiga do ouvido – o que fica muito mais evidente nos temas mais melódicos como “Do’m Tieu Maun” . Algo que não deixamos de pensar se fosse cantado em inglês se não teria um impacto ainda maior. Seja como for, “Oriund” é um bom regresso.

7/10
Fernando Ferreira

Kiljin – “Master Of Illusion”

2020 – Edição de Autor

A capa aponta na direcção de um thrash ou até mesmo metalcore, mas não se iludam com este mestre da ilusão, o que temos é mesmo heavy metal. Vindos dos Estados Unidos, os Kiljin infelizmente estreiam-se com um álbum que não é particularmente atractivo. Ajuda a este estado a produção demasiado moderna. Sim, é parvo queixar-me de uma produção demasiado moderna quando eu gosto do som cheio e com poder. Algo que temos aqui, mas depois junta-se uma bateria com um som que não é orgânico e destaca-se pelos piores motivos. A contrabalançar a balança temos um heavy metal que faz lembrar Metal Church e é empolgante conforme é consumido de forma incrementada – algo que até faz passar por cima pelo referido som de bateria. Espera-se pelo próximo passo, tenho a impressão de que será melhor.

7/10 
Fernando Ferrreira

Anthenora – “Mirrors And Screens”

2020 – Pure Steel Records

Dez anos para lançar um álbum parece ser muito tempo porque… efectivamente é. No entanto tenho uma regra. Se o álbum de regresso for bom, não há qualquer rancor que resista. Heavy metal tradicional de excelente qualidade com alguns elementos de power metal. Por esta altura já não esperamos revoluções porque não seriam dez anos que fariam a banda fazer algo completamente diferente. E não fazem. Este álbum reduz a distância temporal e torna-a insignificante com um conjunto de canções que não sendo perfeitas – há por aqui alguns temas dispensáveis, como “Bully Lover”, conseguem entusiasmar quem gosta do género e da sua mistura com hard rock. Para um regresso, chega.

7/10
Fernando Ferreira

Legendry – “Heavy Metal Adventure”

2020 – Golden Core Records

Começar a ouvir um EP onde a melodia começa a ser reconhecível mas a produção não ajuda nada é um desafio mais complicado do que parece à partida. A música é a “Anvil Of Crom” da épica banda sonora do clássico “Conan, O Bárbaro”. Sem dúvida apontada (tal como o filme) como uma das grandes influências do heavy metal tradicional. Ter uma cover deste tema é sem dúvida o desejo de muitos fãs e já houve algumas tentativas mas ainda não foi desta que teve uma produção poderosa como merece. Temos também cover da “Metal” dos Manilla Road, “Broadsword” dos Jethro Tull. Apesar das escolhas invulgares as mesmas revelam-se em cheio, é pena que tenha tudo um som demasiado precário, onde o tema-título, original da banda, também não escapa. A edição em CD traz mais seis temas-demo inéditos e que acabam por ter uma justificação para soarem podres. Soam podres mas de uma boa maneira. Com uma equalização diferente ambas as partes soariam muito melhor. Para os fãs die-hard de heavy metal, aqueles que conseguem ir para além das produções podres. Eu tentei mas não consegui.

5/10
Fernando Ferreira

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