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WOM Reviews – Vintage Caravan / Lucer / Issa / Ronnie Atkins / Chris Manning / Plastic Barricades / Slow Burning Car / Lucid Dream

WOM Reviews – Vintage Caravan / Lucer / Issa / Ronnie Atkins / Chris Manning / Plastic Barricades / Slow Burning Car / Lucid Dream

Vintage Caravan – “Monuments”

2021 – Napalm

Os Vintage Caravan, quando surgiram, foram daqueles amores à primeira vista/audição fáceis de explicar em poucas palavras. Talento bruto, excelente gosto musical no que às inspirações e influências e, claro, grandes temas. Este é já o seu quinto álbum e o primeiro pela Napalm Records, o que nos leva a ter alguma curiosidade. Não seria expectável que a banda mudasse o seu som mas aquilo que se vê e ouve é que estão mais inspirados que nunca. “Monuments” soa fresco, tão fresco como a estreia auto-intitulada nos soou na década passada. É uma banda já experiente e que sabe muito bem o que quer. E sobretudo, como o atingir. A faceta progressiva e psicadélica está presente mas a base continua a ser o rock e hard rock da década de sessenta. E quando música inspirada pelo que foi feito décadas atrás nos continua a soar como fresca e excitante como se essa distância temportal não existisse é porque não é acaso, é mesmo talento!

9/10
Fernando Ferreira

Lucer – “L.A. Collection”

2021 – Mighty Music

Estes rapazes da Dinamarca começaram a fazer soar as primeiras notas, inspirados por uma onda criada por nomes como os AC/DC e os Rose Tattoo, entre outros de uma velha escola que nos fomos também habituando a ouvir ao longo da nossa vida, acrescentando sabores escandinavos de bandas como os D.A.D. e Backyard Babies, e o resultado é simplesmente um disco de puro rock’n’roll old-school tocado sem rodeios, muito direto. Os Lucer são uma das bandas de rock mais populares da cena da Dinamarca, e “L.A. Collection” apresenta nove canções cheias de estilo, daquelas que enchem um palco seja ele de que tamanho for! Soberbos!

10/10
Miguel Correia

Issa – “Queen Of Broken Hearts”

2021 – Frontiers Music

O sexto álbum de estúdio de Issa precede “Run With The Pack”, um disco que gostei tanto na época, que me deu vontade na altura de saber mais sobre a vocalista e até de a ter entrevistado. “Queen Of The Broken Hearts” continua a senda melódica da sua sonoridade, colocando a norueguesa num patamar de elevada qualidade.  Mais uma vez, Issa fez uma parceria com Alessandro Del Vecchio para trabalhar no seu novo álbum juntando a ele a participação de nomes como Simone Mularoni (DGM) na guitarra, Andrea ToWer Torricini (Vision Divine) no baixo, Marco Di Salvia (Hardline) na bateria e claro, Del Vecchio nas teclas.

Ao longo da audição senti uma maturidade sonora enorme, e se os vocais estão no ponto os arranjos esses são magistrais, com melodias fortes, muito Groove, com aquele selo AOR em todos os poros. Se “Run With The Pack” deixou marcas, este novo disco não fica em nada atrás, não sendo assim uma surpresa a consistência musical de Issa ao longo da sua carreira.

10/10
Miguel Correia

Ronnie Atkins – “One Shot”

2021 – Frontiers Music

Bem, tenho de dizer que este é daqueles discos que me custa fazer review! Adoro tudo o que tem a voz de Ronnie, sou um fã de sempre dos Pretty Maids e o ponto alto de sempre na minha ação pela cena foi quando tive o gosto de o poder entrevistar. Sim já entrevistei muitas estrelas do meu, mas tenho mesmo de confessar Ronnie Atkins é aquele…

Os últimos tempos têm sido tudo menos fáceis para ele e desejo desde já e como sempre que possa ouvir a sua voz a soar em novas músicas por muitos anos. Ok, “One Shot” é o primeiro álbum a solo do conhecido vocalista dinamarquês e com ele há tudo: amor, energia, vontade viver, entrega e musicalmente falando é tudo muito ao estilo do que Ronnie nos tem proporcionado na sua carreira e na também na sua banda de sempre, com um cunho forte de melodia em cada tema e acima de tudo sente-se que está a fazer aquilo que lhe dá prazer, com tudo o que tem, como sempre!

Para o álbum o vocalista conta com um elenco impressionante de músicos, incluindo o ex-baterista do Pretty Maids, Allan Sørensen, e o teclista Morten Sandager, o atual baixista de King Diamond, Pontus Egberg, e um conjunto de guitarristas convidados, como Kee Marcello (ex-Europe), Oliver Hartmann (Avantasia, ex-At Vance) e Pontus Norgren (Hammerfall).

10/10
Miguel Correia

Chris Manning – “Destination”

2020 – No Life Til Metal Records

Chris Manning, vindo to Texas, é um músico versátil com uma carreira solidificada como músico de sessão assim como trabalho a solo, tendo já editado quatro álbuns de rock instrumental. Este é o primeiro que conta com voz. E que voz! Chris Hodges, um vocalista também bastante requisitado traz um tom quente que poderá ter algumas tonalidades alternativas mas que fica bem com qualquer estilo. A sonoridade aqui anda pelo hard rock cheio de feeling e com alma. A produção cheia e com os graves no sítio certo fazem com que este trabalho consiga ser tradicional e ao mesmo tempo moderno. Um dos destaques é a “Start Over Now” que conta com a participação de Bruce Kullick. Um álbum sólido e recomendado para quem ainda acredita que o rock está longe de morrer nos dias de hoje. Esta é mais uma prova a favor.

8/10
Fernando Ferreira

Plastic Barricades – “Self-Theories”

2020 – Edição de Autor

Os Plastic Barricades são um duo londrino de indie rock alternativo muito boa onda e “Self-Theories” é o seu mais recente trabalho. Temos necessidade de música assim – e não falo do meu caso pessoal, por andar por aqui nas trincheiras do metal mais negro e obscuro – numa altura em que as coisas estão cada vez mais negras no horizonte. Não é um álbum que nos diz que vai ficar tudo bem, mas é um álbum que procura constantemente pela luz, pela positividade, mesmo quando a consegue encontrar. Temos um bocado da leveza da década de oitenta aliado ao espírito alternativo da década de noventa mas não deixa de er um trabalho que está bem actual. Recomendado sobretudo para quem precisa de parar um pouco para respirar.

7/10 
Fernando Ferreira

Slow Burning Car – “Projection”

2021 – Edição de Autor

Inicialmente este foi um trabalho que não despertou grandes atenções da minha parte. A descrição de que se tratava de rock alternativo com space core (?), também não ajudou a que se estivesse predisposto a passar um bom momento. Esses bons momentos estão realmente ao alcance de quem gosta de bom rock, nem sempre vistoso, mas com o coração no sítio certo. Sóbrio q.b., boas melodias vocais e bons temas… se baixarmos as expectativas, não há como soar bem. E até seremos surpreendidos por alguns temas que roçam o psicadelismo.

7/10
Fernando Ferreira

Lucid Dream – “The Great Dance Of The Spirit”

2020 – Sliptrick Records

É ao quarto álbum que se dá o meu primeiro contacto com os italianos Lucid Dream. Banda portadora de uma sonoridade clássica dentro do hard’n’heavy com toques progressivos a lembrar Queensrÿche – neste momento será provavelmente mais one-man band levada a cabo por Simone Terigi, o guitarrista. Por falar nele, é o trabalho de guitarra, mesmo sem ser exibicionista, que se destaca desta quase hora de música, sendo que a voz de Karl Faraci, apesar de não comprometer, também não é forte o suficiente para trazer a emoção necessária às músicas. E isso é o que acaba por se ressentir ao longo destes temas, que também acabam por ser um pouco mais longos do que aquilo que seria benéfico.

6/10
Fernando Ferreira

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