Álbum do Mês – Janeiro 2022
Álbum do Mês – Janeiro 2022
E aqui estamos nós, já num novo mês e num novo ano. Antes de passarmos a mais vinte propostas, que representam as vinte primeiras propostas de peso de 2022, queremos desejar a todos vós um grande ano e a todos que vivem e trabalham na área da música e dos espectáculos em geral possam finalmente fazê-lo sem restrições. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer mas todavia estes são os nossos (e os vossos, certamente) desejos, além de que venha acompanhado de muitas mais coisas boas.
20 – Verbum – “Exhortation To The Impure”
Iron Bonhead Productions
Temos recebido em catadupa um impressionante número de bandas vindas do Chile, projectos recentes e outros não tão recentes como estes Verbum que apesar de terem iniciado funções em 2014 e editado um EP em 2014, apenas agora chegam à estreia. Estreia essas que logo na intro revela (mais ou menos) aquilo que podemos esperar. Para já surpresa, uma intro que não consiste em teclados ou uma qualquer passagem atmosférica. Começa logo a grande gás, antevendo uma mistura primitiva entre o black e o death metal. Esse foi mesmo um aquecimento porque depois “Abrahamic Sedition” apresenta um novo elemento, o doom metal. E é aqui que as coisas se tornam mais interessantes. Ou desagradáveis. No bom sentido. O ambiente criado é mesmo claustrofóbico, mas os momentos compassados acrescentam uma dinâmica assinalável. Por muito incrível que isso possa parecer. O doom poderá bem dominar os destinos mas os dois outros elementos intervêm sempre nos momentos chave para garantir essa tal dinâmica. Os interlúdios talvez fossem desnecessários, já que apesar de criarem um ambiente propício ao álbum, não deixam de cortar o ímpeto estabelecido. No geral é um trabalho de estreia que os fãs da música extrema (com especial apreço pelo doom) vão querer conferir.
8/10
Fernando Ferreira
19 – Crawl Below – “Its Ministers On Earth”
Lawnmowerjetpack
Nem só de black metal vive o formato one-man band. E por norma são sempre coisas boas. Como Crawl Below que chega já ao quarto álbum e nos traz um death doom enegrecido e de enorme poder. Consta que este projecto idealizado por Charlie Sad Eyes (nome perfeito para um músico de doom metal) já passou por diversas fases, algo díspares entre si mas que é o doom onde encontra as suas raízes. Aqui também temos essa multiplicidade de géneros, com o black metal a dar uma perninha mas vigorosa em temas como “Red Fell The Vapours”. Poderá parecer à partida deslocado mas no final acaba por fazer um certo sentido. É no entasnto nos temas doom onde a coisa pega mesmo da melhor forma. Negro e pesadão mas longe de ser unidimensional. Uma boa impressão deixada por este projecto que no ano passado lançou dois álbuns. Gostei tanto deste que até tenho receio de ouvir o que está para trás…
8/10
Fernando Ferreira
18 – Tristan Harder’s Twilight Theatre – “Drifting Into Insanity”
Pride & Joy Music
Estreia muito bem conseguida por parte dos alemães Tristan Harder’s Twilight Theatre, que como devem ter reparado é o trabalho a solo do vocalista/guitarrista dos Terra Atlantica que traz aquele power metal cheio de melodias euro e que relembra os tempos áureos. Aliás, temos muitas ligações aqui com bandas como Freedom Call e até Rhapsody (na “The End” à uma piscadela de olho à “Emerald Sword”). Azeiteiro para alguns? Sim, definitivamente, mas o bom gosto e a qualidade geral deste conjunto de temas faz com que seja muito fácil ficarmos fascinados com o trabalho solitário do senhor Tristan Harder, que é um músico completo para além de ser um excelente vocalista.
8/10
Fernando Ferreira
17 – Burned In Effigy – “Rex Mortem”
Edição de Autor
Não conheço o primeiro álbum dos norte-americanos Burned In Effigy mas Metal Archives sugere de que se trata de uma banda de thrash/groove metal. Felizmente aquilo que “Rex Mortem” mostra é algo completamente diferente – e felizmente porque thrash/groove como estilo oferece muita pouca margem para nos conseguir entusiasmar actualmente (e até ver). Já “Rex Mortem” é um bicho completamente diferente. Death metal melódico, muito bem construído, onde o destaque vai para o fantástico trabalho de guitarras que consegue sacar melodias memoráveis e daquelas que parece que fazem do léxico comum, principalmente para quem aprecia a vertente neo-clássica. Juntem-lhe peso cáustico que estamos habituados nuns Black Dahlia Murder e estamos lançados para um excelente início de 2022.
8.5/10
Fernando Ferreira
16 – Autumn’s Child – “Zenith”
Pride & Joy Music
Sou fã assumido dos Autumn’s Child. Em pouco tempo a banda tem conseguido apresentar álbuns sólidos e canções marcantes. Não é de estranhar tendo em conta de que tem como força impulsionadora o veterano Mikael Erlandsson conhecido por bandas como Secret Service ou Last Autumn’s Dream. Temos mais onze temas onde o rock mais melódico e A.O.R. é muito bem tratado. Na verdade, somos nós, os ouvintes e apreciadores do bom rock que somos os beneficiados. Músicas e melodias fáceis de interiorizar e que se assumem como intemporais. Poderá ter aquele gostinho à década de oitenta que poderá soar datado mas na minha opinião é algo que nunca envelhece mals e soa sempre bem. Para os fãs de rock, uma boa forma de começar o novo ano.
8.5/10
Fernando Ferreira
15 – Voodoma – “Hellbound”
Pride & Joy Music
Não sendo veteranos, já temos que reconhecer experiência aos alemães Voodoma. E se há coisa que os alemães fazem particularmente bem é música gótica. “Hellbound” é um manual de como tratar bem o estilo, de forma clássica mas também se parecer que está a chover no molhado. Aliás a experiência da banda nota-se bem na forma como eles conseguem construir músicas equilibradas sem cair no exagero de apelar demasiadamente à melancolia e ao sentimento – muitas vezes esse é um tiro que sai pela culatra. “Hellbound” é um álbum ao qual ficamos refém e ao qual voltaremos a recorrer muitas vezes. A prova de que a simplicidade é sempre a melhor ferramenta quando se tem talento. A conferir.
8.5/10
Fernando Ferreira
14 – Deadscape – “Of The Deepest Shade”
Edição de Autor
Ainda há pouco tempo passou pela nossa mesa de trabalho a demo desta banda búlgara (e não húngara como referi erradamente na mesma review) e já temos aqui o álbum de estreia. E a evolução de um lançamento para o outro é gritante. Old school, é certo mas com uma capacidade de cativação impressionante. Imaginem os Rotting Christ na sua fase mais gótica mas com muito mais poder metálico nas guitarras e com capacidade de trazer mais e melhores riffs para cima do ouvinte. “Of The Deepest Shade” tem um som fantástico – não é para menos, a mistura foi feita por um tal de Dan Swanö – e as músicas vão ao encontro daquilo que se pretende encontrar no death metal melódico. Mais que recomendado.
8.5/10
Fernando Ferreira
13 – Seven Nines and Tens – “Over Opiated In A Forest Of Whispering Speakers”
Willowtip
Qual seria o resultado de juntar drogas mais psicadélicas na alimentação dos Alice In Chains, caso eles andassem a fazer jams progressivas? Provavelmente algo muito perto ou parecido ao que podemos encontrar aqui. Claro que esta descrição é simplista demais para descrever com exactidão o som e identidade musical dos canadianos Seven Nines And Tens. Há um sentido de atmosfera muito próprio, um uso fantástico das vozes e coros e um gosto por melodias pouco usuais mas que ainda assim são bastante marcantes. Obviamente que o público mais progressivo é indicado mas também os que gostam tanto de música psicadélica como de metal – ouçam bem o pedal duplo no final da “Popular Delusions”. A sobridade para muitos poderá ser uma vantagem mas aqui até parece desvantagem já que por vezes dá vontade que a banda simplesmente largue as amarras e parta em direcção ao desconhecido. Mesmo nesta forma contida, não deixa de ser uma viagem fantástica para quem gosta da sua música plástica e camaleónica.
8.5/10
Fernando Ferreira
12 – Abraham – “Débris De Mondes”
Pelagic
Já sabemos que vamos ficar agarrados com um novo disco dos Abraham, a dúvida é como. E quanto. Uma dúvida que nos deixa ainda com mais expectativas. “Débris De Mondes” é precisamente aquilo que esperamos, o oposto de um passeio no parque. O mergulho no lado mais negro da nossa realidade. Interior e exterior. É desconfortável, deixa um ambiente desconfortável – sinistro até – e o ouvinte sente-se lentamente a escorregar até uma realidade alternativa que se assemalha a um pesadelo. Já sabemos que os Abraham gostam de realidades distópicas ou de salientar as realidades distópicas daquilo que nos rodeia a todos mas aqui fazem-no com especial intensidade, o que não é surpreendente tendo em conta as mudanças de formação que sofreram – saíram o segundo guitarrista e vocalista – o que fez com as guitarras não estejam tão proimininente mas mesmo assim a atmosfera sinistra compensa e não se sente uma real falta de peso. Não é imediato e é desconfortável. É Abraham. Como não gostar?
8.5/10
Fernando Ferreira
11 – Nihility – “Beyond Human Concept
Vicious Instinct
Já se sabia que 2022 ia começar bem, com o segundo álbum dos lusitanos Nihility a surgir nos escaparates para partir tudo. E efectivamente parte. Unidimensional como um “Reign In Blood” mas também como pormenores de guitarra que surgem com uma melodia inesperada. Inesperada se já não os conhecemos. Apesar de não se distanciar muito da estreia, é um álbum que soa como um verdadeiro passo em frente e que servirá para cimentar ainda mais a carreira da banda. As canções não têm gorduras e o álbum, como um todo, apesar de curto, tem a duração ideal para ter o maior impacto. Podemos já garantir que o death metal em 2022 ficará muito bem servido e essa garantia chega-nos por mãos portuguesas.
8.5/10
Fernando Ferreira
10 – Nocturnal Prayer – “Mutilation On The Bed Of Winter”
Inferna Profundus
Poderão apelar ao sentimento nostálgico onde havia uma maior dificuldade para as bandas conseguirem gravar um álbum. Hoje graças à tecnologia disponível, as coisas são bastante diferentes. E se por um lado facilita o registo de coisas que não mereciam ser registadas, por outro temos a possibilidade de manter viva a tradição e com uma qualidade bem acima da média. Este é o álbum de estreia desta entidade canadiana e é uma estreia (nos álbuns, porque já tem na carreira outros tipos de formatos de lançamentos) que assenta nos pressupostos escandinavos da década de noventa. É essa a base, mas não se trata algo plástico e produzido numa linha de montagem. Os ambientes aqui conseguidos são memoráveis e apelativos a qualquer fã de black metal que se preze. Musicalmente é variado o bastante para conseguir levar-nos numa viagem e onde os momentos mais downtempo cativam igualmente como os mais uptempo. No final, uma estreia valorosa do underground canadiano.
9/10
Fernando Ferreira
9 – Killthelogo – “Reset”
[PIAS] Recordings
Álbum de estreia que promete é porque há historial por trás. Neste caso é por contar com membros e ex-membros de bandas como Of Facedown, Cyclus e .Calibre. Killthelogo é, contudo, uma banda que é tudo menos previsível. Até se poderá sentir alguma proximidade a bandas como Rage Against The Machine e previsivelmente a muita coisa que surgiu no auge do boom do nu-metal. A diferença é que a surgir agora, esta banda surge com uma capacidade única para causar impacto. Junta uma mensagem extremamente forte – ouçam com atenção as letras de qualquer um destes temas – a uma diversividade musical que podemos encaixar no espectro mais alargado do alternativo mas que sabemos que tem muito mais por trás de si. Peso, corrosão mas acima de tudo, sentido. Tudo aqui tem sentido. Todas as nuances, todas as melodias, até os maneirismos mais modernos. Não é moda, é como as coisas. Excelente estreia desta banda belga.
9/10
Fernando Ferreira
8 – Nullification – “Kingdoms To Hovel”
Personal
O que se espera hoje de um álbum de estreia é totalmente diferente do que se esperava vinte ou trinta anos atrás. A pressão é muito maior assim como a concorrência. Mesmo num nicho como o do death metal. E por isso à primeira até podemos não ficar muito impressionados com “Kingdoms To Hovel”, o primeiro álbum dos Nullification, uma banda formada há pouco menos de um ano. Parecem ser as condições reunidas para que passemos ao lado certo? Confesso, a primeira audição não me causou particular impacto mas depressa percebi porquê. Porque não encontrei aquela banda nova que estava à espera. Encontrei uma banda de death metal clássico como se tivesse saído do final da década de oitenta. Retendo, claro, uma identidade que poderá beber aos mestres mas que não deixa de ser única e própria. E a cada audição, esse impacto foi-se tornando ainda maior. Para quem gosta de death metal, é fácil perceber as razões dessa paixão. Razões que estão aqui todas ao alcance de todos. Um álbum sem gorduras e bem forte. Apenas para amantes de death metal, claro.
9/10
Fernando Ferreira
7 – Grieve – “Funeral”
Werewolf
Se há uma banda que possa descrever muito resumidamente essa banda é Grieve. Os finlandeses seguem à risca as regras da vaga escandinava (porque não dizer norueguesa) da década de noventa. O seu som é exactamente o que se imagina quando se fala nessa época. Nada mais para além disso. E este é o seu álbum de estreia mas também o último, como o próprio título poderia deixar algumas pistas a esse respeito. E acaba por ser apropriado. A banda veio, chegou, disse o que tinha a dizer e depois foi à sua vida. Mas não vai sem nos deixar completamente satisfeitos com a sua proposta de black metal cru mas bem nostálgico. Para quem quer perceber o fascínio daquela era e da cena do black metal, é obrigatório passar por aqui. Tudo é feito na medida certa e o resultado é um álbum incontornável para o género.
9/10
Fernando Ferreira
6 – Power Paladin – “With The Magic Of Windfyre Steel”
Atomic Fire
Power. Power metal, Power Paladin. Daquele com melodias vencedoras e canções a condizer. O comunicado de imprensa fala de bandas como Edguy, como forma a situar na segunda vaga de power metal europeu e é algo que faz sentido. No entanto, “With The Magic Of Windfyre Steel” destaca-se mesmo por si só, sem qualquer tipo de nostalgia forçada ou bafienta. Desde o primeiro momento – “Kraven The Hunter” – até ao último – “There Can Be Only One” – não existem momentos mortos ou sequer enchidos. É um álbum que abusa dos lugares comuns do estilo, é certo. E não vai conseguir converter quem nunca foi à bola com o estilo. Agora para os fãs, este é um passeio num parque memorável. Vocalizações clássicas, solos de guitarra cheios de raça e harmonias e melodias que se colam logo ao cérebro. Não há mesmo volta a dar. É surpreendente até, tendo em conta de que se trata de um álbum de estreia de uma banda islandesa. No final, uma excelente forma de começar 2022.
9/10
Fernando Ferreira
5 – Descent – “Order Of Chaos”
Redefining Darkness / Brilliant Emperor / Caligari
Death metal sufocante. O melhor death metal sufocante é sempre aquele que tem pedigree sueco. Mesmo que nos chegue da Austrália. A gravilha, por defeito, é sempre sueca. Ou pelo menos deixa sempre aquele sabor sueco no ar. Quatro anos depois, a banda surge com um segundo álbum unidimensional que transmite precisamente aquilo que demonstra a sua capa. Ou seja, a destruição divina e sem nada que possamos fazer contra. Temas curtos, uma capa de verniz black metal por cima e o resultado é um álbum que garante o interesse do ouvinte para música extrema em 2022. Não é que tivessemos dúvidas mas é sempre bom ver a confirmação dos nossos desejos.
9.2/10
Fernando Ferreira
4 – Gloson – “The Rift”
Indie Recordings
Se calhar este álbum até é bom para resumir a desilusão que em parte 2021 foi. Quando a expectativa era a normalidade, veio-nos algo bastante diferente. Assim está este “The Rift” que, como a capa bem ilustra, contraria aquela ilusão que temos da esperança dos primeiros dias Janeiro de que o ano seguinte vai ser tudo aquilo que todos os outros para trás não foram. Mas há algo bem mais pronfundo neste álbum do que apenas expectativas goradas. Há uma agressão apocalíptica mas uma mensagem que se centra mais no interior do que no exterior. O maior abismo a conquistar é mesmo o interno assim como o risco da separação do indivídulo com o resto do mundo. Mas divago, porque o que interessa dizer é mesmo a forma como este álbum é uma bomba sludge/pós-metal de todo o tamanho e a indicação de que mesmo com o mundo nas couves, não há boa música que falte. Ainda que seja música que ilustra de forma dolorosa como o mundo (nem que seja individual) está ou poderá estar nas couves.
9/10
Fernando Ferreira
3 – Ashes Of Ares – “Emperors And Fools”
ROAR! – Rock Of Angels Records
Existem bandas e músicos que tendo notariedade conseguem aparecer e desaparecer com o avançar dos tempos. Matt Barlow é um desses casos assim com estes seus Ashes Of Ares. Barlow tem uma das vozes mais poderosas do heavy/power metal, sendo associada a ele os melhores momentos da carreira dos Iced Earth (aliás, para mim é a voz definitiva e perfeita para aquela banda), e os Ashes Of Ares foram recebidos com grande expectativa que nunca se materializou para além da simples curiosidade. Este é o terceiro álbum e provavelmente as coisas não vão mudar ao nível da opinião pública – prejudica também ser um projeto de estúdio e não haver seguimento pelos palcos. Se isso acontecer, não será certamente pela qualidade do álbum em si, um power metal poderoso e musculado que não havendo ligação directa com Iced Earth, faz lembrar os momentos mais inspirados de Barlow na banda norte-americana. “Emperors And Folls” é um regresso em grande e um terceiro álbum que merecia chamar muitos mais fãs de heavy metal à banda.
9/10
Fernando Ferreira
2 – SOM – “The Shape Of Everything”
Pelagic
Muitas vezes tenho falado da dificuldade do pós-rock sair daquele buraco criativo que tem desde que surgiu – um buraco encantador o qual eu percebo perfeitamente que não se queira sair nunca. “The Shape Of Everything” é a resposta a todos esses comentários e bem mais que isso. Uma fusão entre pós-rock, pós metal e aquele toquezinho de shoegaze mas sem ser demasiado aborrecido. As vocalizações são atmosféricas o que lhe dá um toque ainda mais forte na ambiência e enquadra-se perfeitamente neste quadro musical. Um álbum ao qual nos deixamos ir, à deriva, mas vamos sempre dar a algo interessante, quer exteriormente (na música que se está a ouvir) como interiormente (no efeito que a música tem no ouvinte). Recomendado!
9/10
Fernando Ferreira
1 – Ereb Altor – “Vargtimman”
Hammerheart
2022 começa logo de forma melhor. Os Ereb Altor têm tido uma regularidade impressionante, quer em qualidade como em quantidade, sendo até este o álbum que demorou mais tempo a lançar (três anos). Nada que nos chateie principalmente tendo em conta a sua qualidade. A riqueza da sua música é o segredo do seu sucesso. Indo tanto pelas melodias mais folk, ou pela abordagem da voz limpa que contrasta mas completa a abordagem mais ríspida (e típica neste tipo de som). Podemos pensar em nomes incontornáveis como Bathory (uma assumida influência) e outros menos imediatos como Tyr (principalmente na já referida voz limpa), no entanto é inegável que a banda tem a sua própria identidade muito bem estabelecida e que este álbum se sente como um passeio no parque. Parece fácil conseguir estas melodias e estas grandes músicas. Sendo do mais cedo possível para poder fazer este tipo de informação mas parece que um dos álbuns do estilo folk/viking está encontrado.
9/10
Fernando Ferreira