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Malevolentia – “République” Review

Quando se fala em black metal sinfónico tem-se ideia em algo adocicado, algo a atirar para o gótico… nada de errado com isso. No entanto, se forem com essa ideia pré-concebida para a apreciação deste álbum, definitivamente vão ser surpreendidos – depois é com cada um se a surpresa é agradável ou não. Com um percurso apenas preenchido com os álbuns de estúdio (o primeiro tendo sido lançado em 2005 e o segundo em 2011) e com um ritmo bem relaxado, a banda chega ao terceiro com este “République” que impressiona pela forma como usa da violência mantendo os seus elementos sinfónicos bem intactos.
Não é por serem franceses mas o facto é que estes Malevolentia lembram-nos os Anorexia Nervosa, mais sóbrios e muito mais eficazes. Mesmo assim essa eficácia não se sente como total principalmente por dois aspectos, um geral e outro particular. O particular é devido à voz de Spleen, que não tendo o registo habitual do black metal e por sendo algo peculiar, acaba por limitar o impacto que as músicas teriam caso tivessemos mais variações nas linhas vocais. Por outro lado o álbum parece-nos algo… enorme, começando a cansar na segunda metade.
O principal problema que estas duas características provocam é que as duas acabam por fazer com que se sinta que todas as músicas são iguais, perdendo-se assim o impacto individual das mesmas. Por outro lado, se analisarmos as mesmas, individualmente, a qualidade é óbvia. É o típico caso de que menos seria mais e neste caso menos uma música ou duas poderia ter todo um impacto positivo. Que fique bem claro, todavia, de que este é um bom álbum de black metal sinfónico e que os apreciadores do género não terão dificuldades em apreciá-lo.
1. Protogonos
2. Annuit Cœptis
3. Völuspá
4. Etemenanki
5. Virtù & Fortuna
6. Magnus Frater Spectat Te
7. Requiem Aeternam Deo
8. Alma Mater
9. Qohelet
10. Doxa
11. Ordo ab Chao
12. Para Doxa
13. Nocte & Nebula
14. Eschatos
Duração 59:57
Nota 7/10


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