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Psico Review

Psico é simplesmente um dos melhores filmes de terror de sempre. Agora quando se fala de um filme de terror tem-se uma perspectiva totalmente diferente daquela que se tinha em 1960 e teremos que avaliar este filme dessa mesma perspectiva. Para a época este foi um filme que quebrou várias barreiras – uma delas, curiosamente, foi o facto de ser o primeiro filme norte-americano que fazia soar o autoclismo – e que estabeleceu um género dentro do filme de suspense, o género dos filmes de psicopatas. Hoje em dia já todos sabemos o grande twist no enredo mas o facto do mesmo fazer parte da cultura popular só mostra a forma como faz parte da história da arte.
Colocando o filme na perspectiva temporal é impossível não ficarmos impressionados como consegue conciliar a noção de nudez (que nunca é propriamente explícita) com um assassinato brutal que para os parâmetros de hoje não resulta mas que não deixa de ser admirável – foi uma cena que teve setenta e sete ângulos diferentes de câmara. Anthony Perkins acaba por ter o papel da sua vida e ficado irremediavelmente ligado a ele, no entanto, apesar disso, nunca mostrou arrependimento. E é compreensível, é um dos papéis mais icónicos da história do cinema. E a música? O que dizer da música de Bernard Hermann? Uma das peças mais icónicas e reconhecíveis da história do cinema e que se mantém actual ainda hoje e reconhecível por pessoas que nunca viram o filme. A peça transpira suspense e ansiedade que culmina com o assassinato no chuveiro. 
Mesmo não tendo sobrevivido muito bem à passagem do tempo, como qualquer filme de terror – mas temos que admitir que apesar disso ainda sobreviveu melhor do que a grande parte dos filmes da década de oitenta ou até de noventa. Nem mesmo os grandes filmes de sucesso posteriormente conseguiram atingir o estatuto que Psico conseguiu, um filme que foi a materialização de uma visão de Hitchcock e que ninguém acreditava nela, nem o estúdio (Paramount) que deu um budget ínfimo e que permitiu que o realizador ficasse com grande parte dos lucros, algo que lhe trouxe uma considerável fortuna. Em suma, um clássico do cinema.
Nota 9/10
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