Reportagem Riding Pânico, Cicatriz @ Marginália, Portimão – 26/01/18
O Algarve teve a honra da visita dos lisboetas Riding Pânico no último fim de semana de Janeiro. A World of Metal foi espreitar a sua prestação em Portimão, no bar Marginália, com o suporte dos farenses Cicatriz. Ao início, parecia que a casa ia estar a meio gás, mas afinal o bar encheu, o que só veio a comprovar que há espaço para bandas originais neste já reconhecido spot de actuações musicais.
Os Cicatriz têm um groove muito catchy e, embalados pelo facto de estarem no sitio onde deram o seu primeiro gig, não desapontaram. O carismático Rafael Rodrigues, por desta vez se dedicar apenas às vocalizações, tornou-se ainda mais um animal de palco do que é costume. Andam a tocar o seu álbum “Diálogo” um pouco por todo o lado e sendo bastante interventivos, é impossível o nome Rage Against the Machine não vir à baila. Com espirito DIY (do it yourself) e muita alma punk rock, nada os parou, e pequenas peripécias técnicas foram resolvidas com a boa e velha fita adesiva de electricista. “Existir” e “Tradição” na abertura, para culminar num final apoteótico com “Telhados de Vidro”. Não percam uma futura oportunidade de os ver ao vivo.
A mudança de toda a parafernália em cima do palco mostrou-nos quão minusculo qualquer palco fica para os Riding Pânico perante tanta pedaleira. As três guitarras deliciaram todos os presentes, sempre com excelente entrosamento, com os nossos ouvidos sempre à procura de onde vinha cada novo som que brotava das colunas. Pontos também muito positivos para o ritmo imposto pela forte bateria e por aquele synth diabólico. Quem não conhece a banda, que fique a saber que é apenas instrumental, provocando um transe ainda maior.
Depois da entrada com “Zulu”, os agradecimentos à inspiração que o medronho algarvio lhes deu e a arrancada com “Mats Magnusson”. Foram estes os primeiros quilómetros para uma longa e sublime viagem de toda a assistência, rendida em êxtase. Paragens em trabalhos mais antigos como “Lady Cobra” e “Homem Elefante”, mas foi “Rabo de Cavalo”, o seu mais recente trabalho, que esteve mais em destaque. A viagem terminou com “Blueberry Surprise”, mas podia ter continuado indefinidamente. No final ficou o meu desejo pessoal de ver uma partilha de palco entre Riding Pânico e Löbo a abrirem para My Bloody Valentine… Ora isso é que seria um verdadeiro terramoto sónico…
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Texto e fotos por Nuno Bacharel
Agradecimentos a Bar Marginália
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