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Saor – “Guardians” Review

Somos grandes fãs do projecto Saor, a one-man-band levada a cabo por Andy Marshall, que é uma continuação lógica de Àrsaidh (o primeiro álbum com a designação Saor chegou a ser lançado como Àrsaidh), pelo que este terceiro álbum era aguardado com grande expectativa. Quando temos um álbum (ou banda/projecto) que nos causa este impacto, então é porque estamos perante algo especial. O que também eleva um pouco o risco da desilusão, no entanto, algo nos diz que isso não ia acontecer aqui. E não aconteceu, como já tínhamos previsto.
Cinco longos temas que são autênticas viagens a uma comunhão mais profunda com a natureza e que o primeiro impacto que teve em nós foi em termos emocionais, o que quer dizer que este “Guardians” demora algum tempo a ser absorvido e a ser entendido de forma mais… analítica. Isto porque as primeiras audições passam num instante e num estado tal de contemplação que é difícil ficar atento a detalhes ou pormenores – o facto de todas as músicas terem a duração superior a dez minutos também não ajuda neste ponto. O que, para nós, não é um problema nenhum, porque é apenas mais uma desculpa para ouvir outra vez – como se fosse necessária alguma.
Só depois conseguimos discernir sobre as melodias movidas a cordas e instrumentos tradicionais que associamos à cultura celta (a base do conceito Saor) e são essas melodias que acabam por ser o grande ponto vencedor, surgindo mais intensas e memoráveis e que fazem com que se fique logo viciado. No entanto, a apontar um defeito teríamos que apontar o facto das músicas serem um pouco semelhantes, em termos de estrutura. Compreendemos que para alguns esta pode ser uma barreira difícil de ultrapassar, no entanto, para nós que sempre vimos cada álbum dos Saor como um todo, esta é uma não questão.
Resumindo o que é difícil de resumir, este é sem dúvida um dos nossos candidatos a álbum do ano, misturando beleza folk e peso do black metal épico numa obra para ser ouvida vezes sem conta, apreciada e acima de tudo, sentida. Uma verdadeira obra de arte que sem dúvida eleva a fasquia quando julgávamos que ela já não poderia ser mais elevada. Ligação directa para tempos ancestrais e um álbum de qualidade excepcional.
1. Guardians
2. The Declaration
3. Autumn Rain
4. Hearth
5. Tears of a Nation
Duração 55:55
Nota 9.8/10

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