Sepultura – “Roorback” Review

Setembro 28, 2016Setembro 30, 2017

Apesar de ter sido Max Cavalera a deixar os Sepultura e começar tudo de novo, foram estes Sepultura que acabaram por ter a vida mais difícil, tendo que encarar uma crescente perda de popularidade álbum após álbum. Para se ser sincero e apesar da qualidade de “Against”, o passado seria sempre um ponto de comparação e a velha questão da perda de uma guitarra embora não se notasse em estúdio iria marcar sempre as actuações da banda (até hoje em dia, inclusivamente). Era uma luta desigual que estava destinada ao fracasso mas a banda não desistiu, mesmo quando após lançar um fraquíssimo “Nation” e de verem o seu contrato com Roadrunner chegar ao fim.

Gravando um EP de covers como forma de angariar interesse por parte das editoras, encontraram casa na SPV Records e lançaram um dos seus álbuns mais fortes desde “Roots” mas que inevitavelmente não chega para assombrar o trabalho criativo com Max Cavalera na banda. Mas é com “Roorback” que se fica com a ideia de que esses dias não vão voltar e que a música que temos agora, mesmo que incomparável com a do passado, também não é má de todo e é basicamente este o sentimento deste álbum: a música não é má. Tem raça, tem poder e potência.

Falta alguma coisa? Aquele sentimento que se tem na segunda era dos Sepultura? Talvez, principalmente pelas influências hardcore continuarem a estar no topo das preferências da banda o que faz com que este álbum se ouça bem mas acabe por não ter um impacto duradouro. Esta edição especial de dois discos, além de trazer uma faixa extra quase toda de silêncio, para ter uma jam no final que não é nada de especial, ainda traz como brinde no segundo CD o EP “Revolusongs” com covers de Massive Attack, U2, Jane’s Addiction, Exodus, Public Enemy, Hellhammer e Devo, tornando este pacote bem mais atractivo.

CD 1

1. Come Back Alive

2. Godless

3. Apes of God

4. More of the Same

5. Urge

6. Corrupted

7. As It Is

8. Mind War

9. Leech

10. The Rift

11. Bottomed Out