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Seven Impale – “Contrapasso” Review

O início deste “Contrapasso” com “Lemma” dá logo conta de uma grande extravagância prog, daquelas que até gosto, parecendo que estamos de novo na década de setenta, mas a passear pela mente de Frank Zappa, caso ele estivesse a tocar com os King Crimson. Conseguiram imaginar? Pode não ser fácil, mas para isso mesmo basta ouvir este álbum que é o segundo por parte da banda norueguesa Seven Impale. O que temos já a dizer é que, e se a descrição atrás enunciada não foi suficiente para perceber, este trabalho não é de nada fácil audição.
É complexo, desconcertante e até, em certa medida, caótico, na forma como conjuga as suas diversas influências que em alguns momentos entram mesmo pelo jazz adentro (um pouco à semalhança aos já citados King Crimson) e como tal poderá irritar um bocado aqueles que gostam de coisas mais imediatas, mesmo entre os amantes da música progressiva. Portanto, nem é necessário dizer que são necessárias bastantes audições para que a coisa entre, mas existem uma série de músicas que facilitam imenso a tarefa como a “Heresy”, que em todo o esplendor da sua esquisitice, consegue tornar-se viciante – mesmo que não consigamos explicar bem o porquê deste facto.
É por ser tão intrigante que se torna viciante (principalmente o raio do saxofone), é por ser tão caótico que temos a vontade de verificar melhor o que raio se passa aqui. Claro que tudo este processo é proporcional à paciência que se tem e que este trabalho não é para ouvir todos os dias (com a sua duração a ultrapassar uma hora, só para tornar as coisas ainda mais interessantes), pelo menos para o comum dos mortais. Ainda assim, cativou-nos o suficiente para nos ficar na memória como o trabalho mais desafiante que ouvimos neste ano de 2016. Dúvidas? Basta ouvir “Languor”, “Serpentsone” e “Phoenix” para que fique tudo devidamente esclarecido.
01. Lemma
02. Heresy
03. Inertia
04. Languor
05. Ascension
06. Helix
07. Serpentstone
08. Phoenix
Duração 67:40
Nota 8.1/10

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