Report

WOM Report – Corrosion Of Conformity, Mr. Mojo @ Hard Club, Porto – 24.06.19

A escassos minutos das nove da noite ainda ouvíamos o soundcheck dos Mr. Mojo por trás das portas fechadas da sala 2 do Hard Club. Já não me lembro da última vez que um concerto atrasou neste espaço e pensei que esta noite ia estragar a estatística, mas enganei-me! O quarteto bracarense acabou o que tinha a acabar mesmo a tempo da bilheteira e das portas abrirem às 21h, conforme previsto.

O seu álbum de estreia “The Dealer” viu a luz do dia em Janeiro e tocaram-no na íntegra, mais três temas que presumo serem mais antigas (“Dope” é de certeza, incluído no auto-intitulado primeiro EP – “666 Calma” e “Undercover” não encontro registo, mas parece-me cedo demais para estarem a apresentar músicas novas). “Ver a luz do dia” não foi uma expressão escolhida à toa; ver luz – do dia ou de qualquer outra natureza – foi coisa que NÃO aconteceu neste concerto. Uma pena, porque pelo movimento das silhuetas, as expressões dos músicos deviam ser igualmente dignas de se ver. Por outro lado, é a música que interessa e nesse aspecto a actuação dos Mr. Mojo foi irrepreensível.

25 anos de “Deliverance”. Não vou dizer que parece que foi ontem que a Vanessa Warwick estava a apresentar “Albatross” ou “Clean My Wounds” no Headbangers’ Ball, mas mais de duas décadas… Também não vou dizer “estou velha!” porque o que sinto mesmo é uma satisfação enorme por ter estado ali, a presenciar tão significativo aniversário e com a mesma energia com que ouvi essas músicas pela primeira vez. Claro que a garra dos próprios americanos ajudou – todos na casa dos 50 e a atitude rocker dos adolescentes que eram quando formaram a banda em 1982.

No ano passado lançaram “No Cross No Crown” mas apenas um tema – “Wolf Named Crow” – foi tocado; a noite era para celebrar “Deliverance”, embora temas como “13 Angels” ou “Vote With A Bullet” não pudessem faltar. No resto das datas, tratando-se de festivais e consequentemente menos “tempo de antena”, Pepper Keenan dá à votação algumas músicas. No Porto fomos bem mais felizes e tivemos a oportunidade de ouvir o alinhamento completo, sem ter de fazer escolhas difíceis. Também ficámos a saber que são fãs da banda portuguesa “Super Bock Ritual” (ha ha ha) e ainda a propósito de cerveja foi o que chamaram ao encore, “just a quick beer break”. “Who’s Got The Fire” e uma “extended version” de “Clean My Wounds” constituíram esse mesmo encore, encerrando uma noite simplesmente inesquecível.

Texto e fotos Renato Lino
Agradecimentos Garboyl Lives


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