Report

WOM Report – Secret Chord, Needle @ Metalpoint, Porto – 18.09.21

“Aurora” é o primeiro longa-duração dos Secret Chord, editado em Março através da Sleazy Rider Records, mas devido – argh, como começo a ficar cansada de escrever isto! – à pandemia do COVID-19, a festa de lançamento ficou suspensa. Raquel Subtil confessou temer que aquele dia, de tocar as novas músicas ao vivo, nunca chegasse, mas ali estávamos nós – ainda que sentadinhos e de máscara – a dar as boas-vindas a este trabalho.

Os Needle foram convidados a abrir a noite (sim, noite – desta vez o concerto não foi à hora do lanche!), regressando ao Metalpoint após dois anos. Aliás, até cerca de duas semanas antes tinham estado afastados de qualquer palco por mais de ano e meio, mas dado o à-vontade com que interpretaram todos os temas – novos e menos novos (chamar antigos a temas publicados em 2019 não me soa bem…) -, ninguém diria. E a naturalidade nos movimentos de Soraia Silva, a pontuar a firmeza melódica da sua voz, dá toda uma outra vida ao metal progressivo que nos trazem estes vimaranenses.

Pelo que li, “Fall” será editado ainda este ano, e embora não tenham tocado o single mais recente, “Warden” (aconselho vivamente que ouçam e vejam o vídeo), dentro das novidades foi “Castles” que me prendeu mais a atenção. Para o fim ficou “Freedom”, que Soraia apresentou como “toda a gente conhece, certo?”. Alguém no fundo da sala confessou que não e a vocalista decidiu dedicá-la ao senhor. No fim, fez questão de perguntar-lhe se tinha gostado e quantificar entre 1 a 5. A resposta obtida foi um coração.

O instrumental “Dawn”, que abre “Aurora”, foi igualmente a introdução deste concerto da sua apresentação. Os três temas seguintes cumpriram a mesma ordem do ábum e convenci-me que assim seria até ao fim, mas eis que em vez de “Empowerment”, Raquel anuncia a música que “sempre fez parte da história dos Secret Chord – a cover dos Madredeus “O Pastor” (que alguém no público gritou ser melhor que o original). Seguiu-se o single de 2018 “Wraith Of Oblivion” e só então veio “Empowerment”, com a participação especial de “alguém que dispensa apresentações” – Miguel Inglês, dos Equaleft. Os pedidos de húngaros foram quase tão sonoros quanto os aplausos mas Miguel respondeu que estávamos todos de dieta.

Mencionei o à-vontade dos Needle e volto a fazê-lo relativamente aos cabeças de cartaz – por mais que Raquel tenha afirmado que “estavam todos enferrujados” e que “parecia uma tosca”, não sabendo o que dizer. A prova de que ninguém acreditava nisso viu-se na reacção a cada música e, no final, quando foi exigido que tocassem mais uma. Não sendo “daquelas bandas grandes, que saem do palco e depois voltam”, escolheram e tocaram novamente “Everything Repeats” sem grandes demoras.

 

Texto e fotos por Renata Lino
Agradecimentos Secret Chord


 

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