Review

WOM Reviews – Ashen Tomb / Kommandant / Ominous Scriptures / Cursed Excruciation

Ashen Tomb – “Ashen Tomb”

2023 – Personal / Godz Ov War Productions

Podridão finlandesa tem sempre um gostinho pessoal, algo que uma capa apropriada como a deste EP auto-intitulado não consegue capturar por completo. É juntar uma clareza nas melodias metálicas com uma produção que cai mesmo bem naquele ponto nem sempre fácil de atingir, onde temos tudo a perceber-se com clareza mas depois temos também uma punjança metálica podre que parece que nos faz recuar até à primeira metade da década de noventa. São apenas três temas que passam num instante mas não há margem para dúvidas em relação à sua qualidade. Algo que “They Live Beneath”, o primeiro tema, trata logo. Para quem gosta de Therion e Amorphis antigo (na sua fase de death metal podre, este é um EP obrigatório.

8.5/10
Fernando Ferreira


Kommandant – “Titan Hammer”

2023 – Aeternitas Tenebrarum Musicae Fundamentum

Regresso em grande dos Kommandant com o seu quinto álbum numa carreira que é marcada por uma regularidade qualitativa assinalável. “Titan Hammer” traz-nos aquele feeling bélico ao qual o black metal facilmente se associa com sucesso – contribuição para isso muito importante por parte dos Marduk. Unidimensional, sem pausas para respirar (exceptuando pela instrumental “Spannungsfelder” que serve como lufada de ar fresco mas também acrescentando ainda mais achas à atmosfera sufocante do disco) mas ainda assim com algumas dinâmicas de tempos que são sempre importantes para manter o interesse, ainda que seja o uptempo que sobressaia mais. Este é o tipo de disco de black metal que mesmo sem ser vistoso ou conseguir ganhar hype por qualquer motivo, vai sempre agradar a quem gosta da ambiência fria e com um poderio metálico imparável a acompanhar.

8/10
Fernando Ferreira


Ominous Scriptures – “Rituals Of Mass Self-Ignition”

2023 – Willowtip

Confesso que este disco conseguiu dar-me uma volta inesperada. Inicialmente a produção não me impressionou. Pelo contrário. Um som baço sem grande clareza – e eu gostando de produções mais cristalinas que salientem os aspectos técnicos acabei por não ficar impressionado. Mal comparado foi o mesmo impacto que alguns dos primeiros álbuns de Deicide teve em mim ou de uma forma diferente, a frustração de ouvir o “…An Justice For All”. Eu sei, blasfémia. Entretanto, após mais algumas tentativas fui ficando cada vez mais preso a esta dose maciça de brutal death metal que consegue instalar-se apesar do sentimento de faltar algo. A brutalidade entra muitas vezes nos domínios da técnica e este álbum, para quem lhe consegue dar a hipótese, consegue ser o primeiro álbum de sonoridaes mais extremas a impressionar. Apesar dos seus defeitos.

8/10
Fernando Ferreira 


Cursed Excruciation – “Arcane Diabolism”

2023 – Iron Bonehead Productions

One-man band brasileira que chega ao álbum de estreia com um feeling nostálgico assinalável. Não ficando refém da mesma. Metal primitivo e cru como a América do Sul sabe produzir como ninguém, reduzindo tudo à sua essência e criando no seu processo um ambiente que é complicado de conseguir reproduzir. As raízes da música extrema bem preservadas mas ainda assim com uma boa apetência para a melodia – ainda que sejam melodias macabras. A aura está cá e é a mesma a grande responsável pela forma como estes temas soam bem apesar das suas (muitas e óbvias) limitações.

6.5/10
Fernando Ferreira


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