Review

WOM Reviews – Blood Red Throne / Fake Muslims / Massacre / Djinn-Ghül

WOM Reviews – Blood Red Throne / Fake Muslims / Massacre / Djinn-Ghül

Blood Red Throne – “Imperial Congregation”

2021 – Nuclear Blast

A implacável e incansável máquina trituradora Norueguesa está de volta, falo dos perseverantes Blood Red Throne a propósito do seu novo álbum ‘Imperial Congregation’. Com uma sólida carreira já a bater nos vinte anos e provenientes do maior bastião do Black Metal, os Blood Red Throne tem feito o seu caminho de forma bastante consistente apostando num cru, brutal e dilacerante Death Metal onde ‘Imperial Congregation’ assinala o décimo capítulo. Eternamente famintos de destruição, os Blood Red Throne expõem novamente em ‘Imperial Congregation’ todo o poderio do seu rolo compressor sem qualquer tipo de piedade ou de arrependimento, uma contínua, vigorosa e maciça onda de Death Metal intenso e indiferente a qualquer obstáculo. Destaque para a formidáveis ‘Inferior Elegance’, ‘6:7’ e ‘Consumed Illusion’ que além de marcarem na perfeição toda a toada de ‘Imperial Congregation’, mostram em particular toda a mestria e exactidão técnica da banda. No subgénero mais superlotado do Metal e em paralelo de bandas com os Nile ou Bloodbath os Blood Red Throne tem a meu ver o mérito de se continuarem a destacar entre os demais.

8/10
Jorge Pereira

Fake Muslims – “Delusions Of Grandeur”

2021 – Morbid And Miserable

Confesso que não conheço muito sobre esta banda. O seu nome é provocador mas para quem se propõe a tocar grindcore, esse será certamente um requisito. Dentro do género do grindcore/powerviolence, estamos perante uma proposta bastante dinâmica e pura. Castanhada a toda a hora e o tal cheirinho unidimensional mas também uma dinâmica que até é inesperada, dinâmica essa que apenas não abrange a voz que assume sempre o mesmo registado gritado – confesso que ainda esperava ter aqui uns urros ocasionais, só para arreliar. De qualquer forma “Delusions Of Grandeur” é totalmente recomendado a todos os amantes do bom grind, cumpre os requisitos necessários e ainda faz um brilharete no tema-título que fecha o álbum, um apontamente noise/drone muito interessante.

8/10
Fernando Ferreira

Massacre – “Resurgence”

2021 – Abstrakted

Podemos equiparar o regresso de algumas bandas com o regresso de algumas franchises de terror. Ou sequelas. O primeiro é uma ideia fantástica que dá vontade de ser explorada, o segundo por vezes dá-nos vontade de mandar com uma pá à tromba que é para aprendermos a pensar em merda. Depois de um seminal “From Beyond” – álbum que é confuso de perceber quem é que tocou exactamente nele ou até se havia uma banda na altura em que foi lançado – veio um “Promise” que deve ser uma das maiores poias de 1996. Aliás, é mesmo a excepção que comprova a regra de que este foi um dos melhores anos para o metal. Outro regresso deu-se em 2014 e não foi mau de todo. Em comparação, nada poderia ser tão mau mas ainda assim, longe de “From Beyond”. Agora, sete anos depois, “Resurgence”, mais um regresso, este provavelmente o melhor de todos mas ainda assim pálido. Falta inspiração e falta o toque de génio da estreia mas vamos ser sincero, essa estreia fico tão miticamente marcada nos anais do death metal que quanto mais tempo passa, mais difícil se torna superá-lo. Hoje em dia será praticamente impossível, mas “Resurgence” quase que chega lá. Sem o elemento da surpresa e com uma concorrência de trinta anos em cima, não se lhe poderia pedir mais.

7/10
Fernando Ferreira

Djinn-Ghül – “Mechalith”

2021 – Vicious Instinct

Gosto do conceito de quase one-man band. Não conhecem? É simples, o centro está num músico que faz tudo e que depois arranja alguém para (normalmente) berrar. É o caso deste projecto que une o norte-americano Grant Nachbur (o músico) ao venezuelano Junior Patiño (o vocalista). Já lançaram dois álbuns e agora é a vez de deitar cá para fora mais quatro temas do seu death metal brutal e meio industrial. A sonoridade apesar de (obviamente) unidimensional, é bastante interessante e é uma autêntica sova sonora que levamos em menos de quinze minutos, mas o que faz mais mossa é mesmo o ambiente opressivo.

7/10
Fernando Ferreira

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