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WOM Reviews – Blutbad / Nada / Suicide Silence / Oceans / The World Alive / Nukore / Space Of Variations / Novelists Fr

WOM Reviews – M.I.L.F. / Throne Of Iron / Märvell / Secret Alliance /Slowburn / Rainbow Bridge / Pleonexia / Badd Kharma

Blutbad – “Alcohodyssey“

2020 – Argonauta Records

Os rockeiros italianos Blutbad propõe-nos uma odisseia daquelas de fazer lembrar a nossa juventude, onde tudo se fazia e no dia seguinte nada se lembrava. Bem, esta jornada marca a estreia da banda e este álbum com onze faixas preenche o caminho repleto de riffs punk e mais punk até nunca cansar, sim não podemos mesmo cansar! É um disco do tipo “do or die” onde parar é morrer e a energia que nos deixa depois de o ouvir dá vontade de tudo menos de…parar! Façam o seguinte, coloquem as colunas fora da vossa sala e deem gaz no som, depressa vão ter a polícia e toda a vizinhança à vossa porta!

10/10
Miguel Correia

Nada – “Red Sky”

2020 – Edição de Autor

Os Nada foram a grande surpresa deste início de 2020. “Red Sky” é a estreia discográfica (isto não contando com o single “Doomed”, lançado em Dezembro passado, tema que surge também aqui) e a sua sonoridade surge-nos como uma lufada de ar fresco, ainda que não tenham propriamente reinventado a roda. Temos uma sonoridade forte e pesada mas também, ao mesmo tempo, a dar toques de ambient e até progressivo. Destaque para a bonita instrumental “Desassossego” que aponta ainda novos caminhos e novas possibilidades para este duo que têm tudo à sua frente. É um EP que evidencia uma série de promessas que nos parecem bem interessantes. Nunca o Nada nos soou tão atractivo.

9/10
Fernando Ferreira

Suicide Silence – “Become The Hunter”

2020 – Nuclear Blast

Suicide Silence estão de volta e após a polémica com o último álbum de originais – devido a ter vocalizações limpas – tínhamos alguma curiosidade para ver a orientação deste trabalho. Sem grandes surpresas, o que temos é um álbum bem mais violento, mais técnico e talvez um pouco mais death metal, mas ainda assim sem desvirtuar a identidade que a banda criou até agora. Olhando para trás (e até mesmo na altura) uma petição para impedir um álbum que seja lançado ou até que a banda mude de nome devido a mudanças no som é algo bastante parvo, mas isso mostra também os fãs acérrimos que a banda tem. Pois bem, na nossa maneira de ver, eles ficaram bastante satisfeitos aqui. Groove (sim, breakdowns) e brutalidade, num bom equilíbrio entre os dois.

8.5/10
Fernando Ferreira

Oceans – “The Sun And The Cold”

2020 – Nuclear Blast

Álbum de estreia dos Oceans que surgem de nenhures directamente para a Nuclear Blast. Sonoridade moderna, uma espécie de pós-metal modernaço que não chega a ser metalcore e que se apresenta com bastante versatilidade. Cada tema parece ir numa direcção díspare e essa é a rota certa para se ter uma manta de retalhos mas no final o que se tem é algo bastante sólido. Intrigante é certo, pelo menos às primeiras audições mas que depois se torna um puzzle que vamos querer desvendar aos poucos.  Início com o tema título aponta realmente numa direcção mais metal mas depressa essa poeira assenta e outras cores começam a surgir. No final temos uma paleta de cores bem interessante. Estreia recomendada.

8.5/10
Fernando Ferreira

The World Alive – “Monomania”

2020 – Fearless Reccords

A mistura de música pesada, com elementos electrónicos e melodias mais pop não é de agora mas continua a ser apresentada como o caminho para a futuro da música pesada. Sem querer ser um velho do restelo duvido. Aliás, duvido de tudo o que é insistentemente apontado como o futuro por muito tempo seguido – tanto tempo que começa a soar mais a passado e a presente do que propriamnte a futuro. Isto independentemente dos méritos dos The World Alive que são óbvios. A sua música é poderosa, quer quando coloca o peso da distorção das guitarras como quando se foca nas melodias vocais ou nos arranjos electrónicos. E resulta, dentro do seu segmento. Não soa é a futuro do quer que seja. É boa música mas que nos parece que ficará datada quando a moda soar outra coisa diferente. Ficam as boas melodias.

6/10
Fernando Ferreira

Nukore – “One Minute Silence”

2020 – Blood Fire Death

Rap metal, algo que depois ficou mais vulgarmente como nu metal. Eu sei, eu sei, são tudo coisas que fazem mal para a saúde daqueles que gostam de sonoridades mais tradicionais e que têm como o final da década de noventa e início da seguinte como um período tenebroso (em termos de mainstream), no entanto o que levou a isso foram bandas e trabalhos que apreciámos bastante. Pelo menos alguns de nós. Bandas como Body Count, Biohazard, e até Clawfinger. São essas as referências referidas no comunicado de imprensa e que nos fazem todo o sentido quando nos surgem. Algo hardcore bruto pelo caminho e é precisamento o que “One Minute Silence” nos traz. Aliás, na medida daquilo que temos agora, podemos mais considerar este trabalho como próximo do hardcore do que aquilo que a banda apresentou nos trabalhos anteriores. E isso faz diferença, pela positiva.

8/10 
Fernando Ferreira

Space Of Variations – “XXXXX”

2020 – Napalm Records

These are some bad mothers… Space Of Variations atinge-nos com a delicadeza de um coice de uma mula. Mas nem por isso ficamos chateados com eles, até porque se ficarmos estamos certos que ainda levamos mais. Esta banda ucraniana apresenta-nos um metalcore bruto, sim, mas que traz também muita melodia – “Slowmo” demonstra isso muito bem, ainda que não seja durante muito tempo. Curto – apenas seis temas – mas que também evidencia que a Napalm Records anda atenta ao que anda por aí. Não impressionou ao ponto de marcar, mas essa hipótese nao está arredada num futuro próximo.

7/10
Fernando Ferreira

Novelists Fr – “C’est La vie”

2020 – Nuclear Blast

Já viram que de vez em quando ficamos fartos do chamado som moderno. Tudo o que seja metalcore bonitinho com melodias amigas do ouvido. E depois aparecem bandas como os Novelists Fr que nos fazem morder e engolir as palavras que cuspimos anteriormente. Tudo isto porque fazem precisamente o que condenámos no passado mas fazem-no de uma forma contra qual não temos argumentos. Contra a qual nem queremos ter. É a vida, como diz o título do álbum. Ambientes que não estariam longe do pop actual ou do prog mais art, assim como peso que aponta numa direcção totalmente oposta. Não se prendam nos detalhes, nem com os géneros, subgéneros ditos atrás, vejam, sintam, ouçam o quadro tudo. Está aqui um grande álbum.

8/10
Fernando Ferreira

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