Review

WOM Reviews – Horizonte Cinza / 5MDR / Loscos Brigade / Shameless / Zona Dombra / Fucked & Bound / Haunted Horses / Yonder / Suspyria / Inherit The Stars / Continoom / Prong

Horizonte Cinza – “O Caos, O Som E A Brisa”

2019 – Edição de Autor 

Confesso que não tinha grandes expectativas em relaçãoa  este EP dos brasileiros Horizonte Cinza. Afinal quando temos algo que se insere dentro da vertente que mistura metal e rap (há quem lhe chame nu metal, mas esse rótulo poderá não encaixar por completo) o metaleito que há em nós retrai-se um pouco. No entanto, mantendo o espírito aberto, é bom verificar que este trabalho surpreende pela sua qualidade. Para já temos a assinalar a profundidade das letras que vão para além do estereótipo do rap/hip hop e lida com assuntos de consciência social e depois em termos sonoros, temos uma produção crua e uma real aposta nos elementos rock – podemos dizer que o rap/hip hop está limitado às linhas vocais. EP que nos apresenta 7 temas e que nos lembram como as barreiras estão todas na nossa cabeça.

Nota 8/10
Review por Fernando Ferreira


V/A – “4 Fulmini”

2019 – Barrio 315 / Burning Bungalow / Black Fire Records / Distrozione / Flamingo Records / Impeto Records  / Lanterna Pirata  / M.A.D. Productions / Minoranza Autoproduzioni / L’Oltraggio Autoproduzioni / Out Of Control / Peretta-Core / Rockout Fascism / Sirboni Records / SFA Records / Tifone Crew / Tuscia Clan

Quatro bandas distintas, quatro retratos do punk/hardcore italiano que se complementam. Normalmente considero este tipo de lançamentos bastante frustrantes porque raramente chega para que se chegue a uma conclusão sobre as bandas. Mas neste caso tems quatro bandas em quatro temas que nos deixam agarrados e fãs em apenas dez minutos. Os 5MDR são os nossos favoritos mas tanto os Loscos Brigade, como os Shaeless e Zona D’Ombra demonstram ter bastante valor. EP equilibrado e com a fasquia bem elevada.

Nota 9/10
Review por Fernando Ferreira


Fucked & Bound / Haunted Horses – “Split EP”

2019 – Void Assault Records

Split que junta os Fucked & Bound e os Haunted Horses e que nos dá quase dez minutos de gritos, sujidade, barulho e um enorme sentimento de gratificação. Poderá saber a pouco – e sabe – mas esta adorável chinfrineira consegue causar um bom impacto, principalmente os Fucked & Bound que são menos experimentais e mais directos ao assunto do que os Haunted Horses.

Nota 7/10
Review por Fernando Ferreira


Yonder – “Temple Of Eyes

2019 – Wooaaargh

Imaginemos a abrasividade do pós-hardcore, misturada com crust (daquele fodido) com o black metal por vezes dissonante e o resultado é algo próximo dos Yonder. Três temas longos, bem dinâmicos (onde o doom acaba por ser uma forte ferramenta) e uma vontade forte de querer partir coisas. Ou queimar. É uma boa forma de descarregar raiva através destes quase vinte minutos.

Nota 8/10
Review por Fernando Ferreira


Suspyria – “Regression”

2019 – Edição de Autor

Os Suspyria apresentaram-se perante a World Of Metal e em boa hora o fizeram. Apresentando um trabalho que anda algures entre o metalcore e algo alternativo, estes sete temas acabam até por soar curtos perante o seu poder. Lugares comuns até há mas não é por isso que “Regression” perde o poder. Com capacidade para conseguir ir um pouco mais além do óbvio com alguns twists na composição, os Suspyria foram uma excelente surpresa, que recomendamos. Dentro das novas bandas a surgir da Austrália, sem dúvida que esta estreia coloca-os nos lugares de cima.

Nota 3.5/10
Review por Matias Melim


Inherit The Stars – “Two One Three”

2019 – Edição de Autor

Seja de que estilo for, gostamos quando as bandas arriscam e lançam-se à vida. Gostamos por admiração, por sabermos que não é fácil, cada vez menos, vingar no impiedoso mundo da música, ainda mais da música pesada. A coragem é apoiada pelo som que apresentam. Tudo bem, é metalcore. Tudo bem, não há segredos por revelar neste género. É verdade, no entanto, os britânicos conseguem cativar-nos com boas melodias, com bastante peso e até com alguns momentos que saem fora da caixa – o mais bem conseguido na nossa opinião é “The King And Queen”. Um primeiro passo sólido.

Nota 7.5/10
Review por Fernando Ferreira


Continoom – “Not My War”

2019 – Dark Essence Records

Vários sentimentos contraditórios neste álbum de estreia do projecto Continoom. Melodias de euro metal (que não são muito distantes da europop) com algumas guitarras por trás, ora nas melodias ora nos ritmos, e com vários elementos electrónicos, tudo junto que dá algo que, curiosamente, é bem mais familiar do que devia. Não só tem uma enorme semelhança com o que o metalcore anda por aí a fazer (em termos melódicos) como também não estaria desfasado de um álbum do Toy, caso ele tomasso gosto das coisas com o Trivium. E o pior é que é bom. É azeiteiro, mas não deixa de estar bem construído, boas melodias vocais, boas músicas. É pena é o déjà vú. E o azeite.

Nota 6.5/10
Review por Fernando Ferreira


Prong – “Age Of Defiance”

2019 – Steamhammer / SPV

Os Prong são uma daquelas bandas que são grandes por um ou dois trabalhos que fizeram mas que também têm uma história tão conturbada e tão cheia de irregularidades e de altos e baixo que acabam por não ser um dos nomes da linha da frente no que diz respeito à relevância. Ainda assim, quer na sua fase crossover, quer na mistura com o industrial, a banda já deixou que não tem nada a provar, tendo uma média positiva. E é algo que se sente aqui com dois temas novos – o tema título e e ”The End Of Sanity” – e com três ao vivo: “Rude Awakening” da fase industrial retirado do álbum do mesmo nome e de “Another Wordly Device” e “Cut Rate” de “Cleansing”, do álbum anterior a esse. Não sendo um EP essencial não deixa de ser apetecível para os fãs.

Nota 7/10
Review por Fernando Ferreira


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