WOM Reviews – Kill The Lights / Tarmak / Enemy Alliance / Facing The Enemy / The Acacia Strain / Five Minutes Hate / Vernon Of Persia / Sydney Fate
WOM Reviews – Kill The Lights / Tarmak / Enemy Alliance /
Facing The Enemy / The Acacia Strain / Five Minutes Hate / Vernon Of Persia / Sydney Fate
Kill The Lights – “The Sinner”
2020 – Fearless Records
Kill The Lights é uma nova banda que reúne Michael “Moose” Thomas (membro fundador dos Bullet For My Vallentine), o vocalista dos Throw The Fight, dos James Clark, Jordan Whelan dos Still Remains e Travis Montgomery dos Threat Signal. Ou seja nomes de peso para uma banda que logo à partida vai reunir as atenções dos fãs das bandas e sonoridades citadas, ou seja, do som moderno que anda pelo rock do novo milénio (aquele meio arraçado do alternativo e do nu metal) e o metalcore mais melódico. Se o stock que temos hoje em dia de propostas do género é bastante generoso, a verdade é que estamos sempre dispostos a ouvir boa música, e isso nunca farta. Várias nuances e um disco memorável. Não é o que mais queremos?
9/10
Fernando Ferreira
Enemy Alliance – “Damnation Drawing”
2020 – Black Star Foundation
Os suecos Enemy Alliance foram uma boa surpresa. Fui atraído pela menção dos No Fun At All no comunicado de imprensa como uma das influências e fiquei agradado pela forma como juntam o punk, um bocado de hardcore mas também muito da melodia do rock e o peso do crossover (não tanto quanto se insinua no comunicado de imprensa, todavia) que surje por aqui. Tudo junto dá resultado a uma sonoridade que nos anima (e hoje em dia bem precisamos disso) e que nos puxa para cima. Perfeita para esta altura de calor em que o que queremos é mesmo descomprimir. Não há trabalho melhor para o efeito. Bem recomendado.
9/10
Fernando Ferreira
Tarmak – “Plow”
2020 – Edição De Autor
Sonoridade bem peculiar dos Tarmak, banda que se apresentou perante a World Of Metal para que pudessemos apreciar o seu som. Um power trio de pós-rock (quase) instrumental e definitivamente progressivo que lança o seu EP de estreia “Plow”. EP que nos deixa hipnotizados, devo admitir. Uma sonoridade, onde a referência a nomes como Tool e Russian Circles faz todo o sentido, apoiada primordialmente em três elementos: o baixo pulsante, a bateria que assume a dinâmica ritmica e uma guitarra que nos traz as diferentes nuances melódicas. Em menos de meia hora, estas quatro faixas transportam-nos numa viagem onde nos podemos perder (há esse risco) mas seja onde for que despertemos a consciência, será sempre um bom sítio para tal.
9/10
Fernando Ferreira
Facing The Enemy – “Disbelief”
2019 – Edição de Autor
Pelo início, com a intro “Llorona”, não seria de supor que esta seria a jarda hardcore que depois se verifica. Aliás, uma jarda hardcore bem metalizada, com excelentes pormenores de guitarra que se misturam muito bem com aqueles cânticos de rua típicos do estilo. Dentro da vertente, é uma proposta que se revela refrescante e que até mesmo quem não é fã do estilo não se deixará de se contagiar. Ao vivo então deverá ser mesmo bombástico, pelas promessas que lança em disco.
9/10
Fernando Ferreira
The Acacia Strain – “Slow Decay”
2020 – Rise Records
Os The Acacia Strain não são nenhuns novatos, apesar do seu som ter sempre um apelo refrescante para quem gosta do metalcore mais bruto. “Slow Decay” apresenta, nesse aspecto, um misto. Se por um lado é exactamente aquilo que se espera – em termos de qualidade – por outro também consegue surpreender, sobretudo em momentos em que opta mais pelo beatdown. Além de que a forma como a banda também apresentou o álbum é tudo menos convencional, mas indo se calhar ao encontro dos tempos modernos (que acabam por ir buscar muito à década de sessenta e cinquenta, curiosamente), onde a maior parte dos temas já foram lançados em singles, sendo que em conjunto acabam por ter um impacto mais acentuado. O único problema, na minha visão, é a forma como o impacto de álbum se parece ter perdido um pouco, principalmente a nível de dinâmica. Uma questão assumidamente menor, já que este demonstra ser uma boa explicação para o sucesso da banda em quase vinte anos de carreira.
7.5/10
Fernando Ferreira
Five Minutes Hate – “A New Death”
2020 – Buil2Kill Records
“A New Death” é a nova proposta dos italianos Five Minutes Hate. Metalcore cheio de groove (que a banda classifica como death metal – nada de errado com isso) e intensidade que é, logo à partida, bem superior à estreia. Em termos das canções em si, como também pela forma como foram registadas, há sem dúvida um nível muito superior. Continuam a focar um conceito, que apesar de interessante, perde-se sem dúvida perante o poder da música – o que não é de todo um defeito. Álbum forte e interessante a mostrar uma evolução que acredito que não ficará por aqui.
8.5/10
Fernando Ferreira
Vernon Of Persia – “Ascend”
2020 – Edição de Autor
Moderno, djenty, tudo adjectivos fáceis que servem para ilustrar aquilo que podemos encontrar aqui. “Ascend” é um álbum com sabor a EP – por vezes acontece os comunicados de imprensa dar essa indicação, normalmente não contrariamos. Embora tenha vontade disso. São seis temas, em menos de meia hora que, inevitavelmente, tem um bocado de sabor a déjà vú. Resta-nos a consolação que o trabalho de guitarras é bem inventivo e que ritmicamente é bastante forte. Em termos de voz, temos a dicotomia habitual entre a voz gutural e a melódica, igualmente bem conseguida. Resumindo, reconhece-se a qualidade, mesmo não conseguindo impressionar. Quem procura por algo deste género, vai ficar satisfeito/a.
7/10
Fernando Ferreira
Sydney Fate – “Silicon Nitride”
2020 – Eclipse Records
Emoção e peso. Sempre visceral. Esta tem sido a fórmula de algum sucesso da maior parte das bandas de som moderno que se tem apresentado. Quer de metalcore, quer simplesmente de metal alternativo – muitas das vezes é difícil distinguir umas das outas, como é o caso dos Sydney Fate. “Silicon Nitride é uma banda britânica que chega ao primeiro disco mas já com a carga cheia no que diz respeito às suas influências. Talvez por isso nem sempre consiga nos entusiasmar. Mesmo que eles próprios se apresentem com entusiasmo. Os lugares comuns não têm de ser necessariamente maus mas aqui é aquilo que nos impede de ficar entusiasmados com temas que teriam todo o potencial para tal – como a “Falling Forward”. Mais andamento, mais estrada (agora é complicado, eu sei) e esperemos que eles larguem a pele da largata e se tornem numa bonita borboleta.
6/10
Fernando Ferreira