WOM Reviews – Marene / Walk The Walk / Glasgow / Mother Road / Autumn’s Child / Vandenberg / Ocean Gates / Dirty Rats
WOM Reviews – Marene / Walk The Walk / Glasgow / Mother Road / Autumn’s Child / Vandenberg / Ocean Gates / Dirty Rats
Marene – “Something’s Out There”
2021 – Edição de Autor
Boa surpresa os sul-africanos Marene. Rock simples, mas altamente eficaz. O que mais me surpreendeu foi a forma como consegue soar modern sem segur nenhuma tendência actual assim como também consegue soar clássico sem ser forçosamente retro – talvez possamos apontar uma certa estética da década de oitenta mas nada de muito descarado. Quatro temas com boas melodias vocais, bons solos e um excelente feeling. Gostei e será fácil para qualquer amante de bom rock também gostar. Recomendado.
8.5/10
Fernando Ferreira
Walk The Walk – “Walk The Walk”
2021 – AOR Heaven
Adler e Paul Alfery são dois músicos com muitas coisas em comum sendo que entre elas está o gosto pelo rock melódico e o um legado de trabalho no meio musical digno de respeito. Juntos formaram os Walk The Walk e para breve está o lançamento daquele que será o primeiro trabalho oficial deste projeto.
“Walk The Walk” é um monstro e na minha humilde opinião um sério candidato a álbum do ano dentro de estilo. Sim, sei que já fiz esta referência a outros trabalhos e que a procissão ainda agora está a sair, mas acreditem que este disco é do princípio ao fim composto por faixas fabulosas e que me deixaram preso a ele por muito tempo. Há por aqui de tudo dentro do género e sente-se o cunho de experiência dos seus mentores em cada riff em cada melodia.
Ouvir este tipo de disco, que é daqueles que faz o pessoal cantar com eles do princípio ao fim, com todas aquelas malhas catchy a que nos fomos habituando vindos da Sunset Strip de Hollywood nos anos oitenta e início dos anos noventa deixa uma nostalgia imensa e aquela sensação de que infelizmente no nosso país não há espaço para este som surgir nos nossos palcos. Recomendo muito!
10/10
Miguel Correia
Glasgow – “Zero Four One
1987/2020 – AOR Heaven
“Zero Four One” é uma reedição de 1987 dos Glasgow, banda escocesa de Heavy/Hard Rock, que por alturas deste único lançamento de longa duração, já tinha um estatuto de referência na cena local. Em junho de 2020, a gravadora brasileira Classic Metal Records relança o álbum em edição especial no formato digibook. A edição ainda conta com sete músicas bónus, todas elas escritas entre 1983 e 1984.
Um trabalho muito interessante, com toda aquela sonoridade ainda muito crua e de certa forma com temas que hoje ainda se sentem e soam muito actuais.
10/10
Miguel Correia
Mother Road – “II”
2021 – Metalopolis Records
Quando o telefone toca! Yeah é assim que se abre a porta para este “II”, o toque do telefone desperta-nos para uma aventura musical proporcionada pela banda que tem o nome inspirado na lendária Route 66 nos EUA e logo “Fools Gold” surge como um inesperado soco no estômago tal o impacto que tem.
Os Mother Road estão de volta, após um hiato que durava desde 2016, e vêm com tudo, pois esta super formação conta com Chris Lyne, guitarrista dos Soul Doctor, o vocalista Keith Slack, ex-membro dos Steelhouse, Lane e MSG e puxaram para a estrada com eles, Zacky Tsoukas (ex-Soul Doctor) na bateria e Barry Sparks, (ex-Dokken,Ted Nugent e MSG) no baixo. Para quem gosta de blues, rock pesado este é sem dúvida um disco que aconselho.
9/10
Miguel Correia
Autumn’s Child – “Angels Gate”
2021 – AOR Heaven
No espaço de apenas um ano, a banda proporciona o segundo lançamento. Não tendo ouvido o primeiro trabalho, o que posso dizer após a minha primeira audição de “Angels Gate” é que este disco é de uma sonoridade AOR sublime. A banda liderada pelo vocalista Mikael Erlandsson dos Last Autumn Dream, tem aqui um disco do qual deve ter orgulho. Acompanhado de Pontus Akesson dos Moon Safari nas guitarras, o conhecido Jona Tee, teclas dos H.E.A.T. e Robban Bäck na bateria, ex-Eclipse, W.E.T. e agora nos Mustach e finalmente Claes Andreasson baixista, os Autumn’s Child revelam toda a sua qualidade técnica na composição e criação de riffs e solos únicos, cheios de melodia e nitidamente bem pensados onde a voz de Mikael faz também um trabalho muito, muito competente abordando vários timbres de forma simples e tudo soa de forma genial. Não percam!
9/10
Miguel Correia
Vandenberg – “2020”
2020 – Mascot Records
Vandenberg está de volta, trinta e cinco anos depois e voltam em grande estilo. Aquilo que mais chama a atenção é mesmo a voz de Ronnie Romero que tem aquele travo muito especial sendo uma mistura de Dio com Jorn e Coverdale. Tanto tempo depois, é natural que nos interroguemos em relação ao que poderíamos encontrar aqui. A resposta não demora muito para se formar dentro de nós, é hard rock clássico na melhor tradição de Deep Purple, Rainbow e afins, sempre à espreita no heavy metal. Este é um daqueles álbuns que apesar de ser lançado agora, parece que já o conhecemos desde sempre. Para ajudar, também temos uma regravação para o clássico “Burning Heart”, lançado originalmente no primeiro álbum. Excelente regresso.
9/10
Fernando Ferreira
Ocean Gates – “Ocean Gates”
2020 – Boomland
De Espanha chega-nos esta maravilhosa estranha dos Ocean Gates que trazem um hard’n’heavy delicioso, cheio de raça e cheio de bons motivos para nos fazer ficar felizes. Um proto-hard’n’heavy que também deve muito ao doom metal. Seja como for é algo que soa bem aos nossos ouvidos, basta sintonizar na frequência vintage para que nos sintamos perfeitamente em casa com músicas como “Stormchild” e “Beyond The Veil”. O problema das coisas vintage é soar a algo que já tenhamos ouvido antes. O bom das coisas vintage é quando soam a coisas que já ouvimos antes e que gostamos muito. É o caso.
8/10
Fernando Ferreira
Dirty Rats – “Rock N Roll”
2018 – Sliptrick Records
“Rock N Roll” é um título perfeito, por muito que seja um lugar comum. É particularmente perfeito quando se trata de uma banda de hard rock sem grandes tretas como é o caso destes Dirty Rats. O aspecto de motoqueiros dos músicos indica mesmo onde é que este som soa melhor. Ou na estrada ou mesmo num bar qualquer que cheire mais a gasolina e cerveja do que a outra coisa qualquer. Australianos que têm uma longa carreira de andar por pela estrada australiana, só em 2018 chegaram a este álbum de estreia, a provar que nunca é tarde demais quando se quer rock’n’rollar. A voz de Wayne Rich está longe de convencer, mas é de imperfeições que este “Rock N Roll” soa bem.
7/10
Fernando Ferreira