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WOM Reviews – Pino Scotto / Great Electric Quest / Blister Brigade / Alfred Rock Hernandez / Division Of Madness / Malamorte / Nameless Theory / White Crone

WOM Reviews – Pino Scotto / Great Electric Quest / Blister Brigade / Alfred Rock Hernandez / Division Of Madness / Malamorte / Nameless Theory / White Crone

Pino Scotto – “Dog Eat Dog”

2020 – Nadir Music

Não conhecia o músico mas o hard rock fala uma linguagem universal e também é uma boa forma de voltarmos aos tempos em que começámos a ouvir música, em que a única informação era aquela que nos chegava pelos nossos amigos, nem sempre fiável, ou a de alguma revista ou inlay do lançamento. Por isso decidi não procurar saber nada de Pino (é estranho chamar alguém assim, mas partimos do princípio que será italiano, sendo até lançado pela Nadir Music) e deixar a música. E que bem, ela fala. Hard rock ou mesmo hard’n’heavy  (em temas como “Ghost Of Death”) com o melhor que a década de setenta e oitenta nos deixou na criação, desenvolvimento e fusão destes dois géneros. Ficámos fãs e recomendamos!

8.5/10
Fernando Ferreira

Great Electric Quest – “Live At Freak Valley”

2020 – Ripple Music

Adoro conhecer bandas em álbuns ao vivo. Esse é o seu habitat natural. Pelo menos no caso de bandas que dêem concertos, claro. E os Great Electric Quest são uma espécie de hard’n’heavy à antiga, onde as músicas ganham uma vida própria em cima do palco. Solos de bateria, solos de guitarra, jams, covers de Pink Floyd, Judas Priest e Deep Purple e grande feeling como há muito tempo não ouvíamos. Não sabemos muito mais sobre a banda mas esta pequena apresentação é suficiente para ficarmos com vontade de irmos à procura de mais. Tal como nos velhos tempos.

9/10
Fernando Ferreira

Blister Brigade – “Slugfest Supreme”

2020 – Inverse Records

O terceiro disco dos Blister é um passo à frente relativamente aquilo que é o passado da banda no que a lançamentos diz respeito. Estes finlandeses, sabem como fazer bom heavy metal, bem doseado em todos os sentidos. Aqui conseguimos sentir a força daqueles riffs rasgados misturados pontualmente com algumas malhas acústicas, cheias de melodia e com a intenção bem sentida de atingir e captar novos fãs. “Slugfest Supreme” é um disco mais pesado, cheio de energia e sem dúvida um passo à frente que a banda dá. Recomendo.

8/10
Miguel Correia

Alfred Rock Hernandez – “Evolution”

2020 – Edição de Autor

Trabalho de estreia dos Krypto, um nome que prevemos que se torne relevante na cena rock mais noise nacional. Temas que revelam inconformidade mas também uma clarividência em relação ao que urge mostrar no rock. Mais que termos uma sonoridade bonitinha e pronta a vender, temos a visceralidade de como o rock era noutros tempos. Não sendo fácil, não sendo bonito, é orgânico, é energético e hipnótico. É pena ser também bastante curtinho mas lá diz o povo, os homens não se medem aos minutos.

8/10
Miguel Correia

Division Of Madness – “Enter The Wonderland”

2020 – Calygram Records

Este é um trabalho que soa muito bem. Comecemos por aí. Apesar de ser uma banda norte-americana (ou pelo menos assim parece), o material de apoio que nos chegou estava todo em alemão pelo que não conseguimos ter uma percepção muito clara sequer se estamos perante uma banda ou perante um projecto que tem como centro Francis Soto, o vocalista. De qualquer forma os músicos parecem-nos ser alemães, por isso… é se calhar um pouco da duas. Hard’n’heavy moderno, onde as melodias são privilegiadas mas sem grandes explosões. Aliás, é bem mais hard rock do que propriamente heavy metal, mas a produção é forte e faz com que este conjunto de temas (ainda são catorze, algo talvez excessivo, mas é a qualidade que ajuda a que não seja um factor determinante) seja bem atractivo. Boa estreia.

8/10
Fernando Ferreira

Malamorte – “God Needs Evil”

2020 – Revolve Records

Os Malamarte têm a viragem estilística mais abrupta de que tenho memória. De um black metal levemento melódico fizeram uma inversão para heavy metal levemente thrashado. E um heavy metal bom apesar de algumas temáticas caricatas – exemplo do tema-título, cujo refrão ainda soa pior do que se pensaria a principio. No entanto, este é um trabalho bem sólido. Aliás, é um excelente álbum de heavy metal, com bons solos, produção poderosa e bons temas. Surpreendente mas eficaz. Se todas as mudanças fossem como estas, estaríamos nós bem.

8/10 
Fernando Ferreira

Nameless Theory – “Into The Void”

2020 – Edição de Autor

Os Nameless Theory foram uma agradável surpresa. Banda portuguesa, que já têm dois Eps lançados (“2013” e “Ghosts”) e que agora chegam ao álbum, com nove temas, sendo que alguns são recuperados dos já citados lançamentos. A primeira impressão é sempre valorosa e no caso dos Nameless Theory, isso acaba por os prejudicar, principalmente a um som algo baço e com um volume sem brilho e com pouco poder. Pelo menos para aquilo que o temas exigiam. Temos uma saudável mistura de heavy metal com um carácter alternativo vincado. Temas raçudos onde a voz de Pedro Piedade é um destaque positivo. Muitas boas indicações que só não têm um impacto mais duradouro por todas as condicionantes referidas, que contornadas de certeza que os farão voar mais longe. Potencial considerável.

6.5/10
Fernando Ferreira

White Crone – “The Poisoner”

2020 – Edição de Autor

Lisa Mann, compositora, vocalista, guitarrista e baixista. One woman music machine. É uma boa premissa para “The Posoner” o álbum de estreia desta (espécie de) one-woman band, onde o hard’n’heavy com timbre sulista (ou proto doom) acaba por ser o fio condutor que nos guia ao longo destas doze faixas. A eficácia é alta mas sobretudo pela voz de Lisa que é, de longe, o elemento aqui que verdadeiramente apaixona. Em termos instrumentais, cativa de forma competente sem deslumbrar – tirando talvez o trabalho da bateria – com a excessão a ser a instrumental “Interment”. No entanto é a voz que faz com que as atenções estejam concentradas ao longo desta quase hora de duração. E por falar nisso, uma hora talvez seja algo excessivo mas no geral este é uma boa estreia e um projecto que poderá crescer bem para além do que ouvimos aqui.

7/10
Fernando Ferreira

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