Review

WOM Reviews – Pleurisy / Exomnia / Necropsy / Arallu / Manipulation / Hüsmänsköst / Dead End Finland / Bloody Sadism

Pleurisy – “Onwards To The Sacrilege – The DEMO-NIC Years”


2019 – Sleaszy Records

Documento interessante que reúne as primeiras três demos dos holandeses Pleurisy, banda de death metal que findou a carreira alguns anos atrás. Normalmente estes exercícios de nostalgia são um bocado escusados especialmente quando não apresentam nada de realmente relevante. Não é o caso aqui, já que além de apreciarmos a evolução da banda, cada um dos capítulos tem uma qualidade que sobrevive facilmente ao teste do tempo, mesmo os temas mais antigos e que têm uma sonoridade mais precária. Uma compilação bastante interessante. E até recomendada.

9/10
Review por Fernando Ferreira


Exomnia – “Aftermath”

2019 – Alcyone Records

Esta estreia foi uma excelente surpresa. Com a capa fica-se logo com uma boa impressão, mas a música cai-nos mesmo bem. Death metal melódico a puxar ao tradicional, com cinco temas cheios de ganchos para nos agarrar pelos ouvidos. Não se reinventa a roda nemme parece que era essa a intenção. Seja como for, o resultado é bem atractivo aos nossos ouvidos. Os gregos sempre tiveram queda para nos trazerem melodias vencedoras e os Exomnia continuam a tradição. Neste caso temos essa tradição, mas não há propriamente nenhuma abordagem a seguir propriamente, nem a sueca, nem a grega, o que de certa forma já traz muitos pontos a seu favor. Merecidos.

9/10
Review por Fernando Ferreira


Necropsy – “Exitus”

2020 – Xtreem Music

Consta que os Necropsy iniciou actividades ainda na década de oitenta e como muitas bandas dessa altura, lutaram para se manter à tona mas acabaram por não resistir na década de noventa, não chegando a sair do circuito das demos, exceptuando por um split e EP lançados em 1992. Voltaram já no presente milénio e desde então já nos presentearam com dois álbuns, sendo que este EP “Exitus” é o primeiro lançamento desde “Buried In The Woods” de 2015. O seu death metal continua intacto e continua cheio de poder, ainda que o seu poder se manifeste mais no midtempo do que propriamente em explosões de blast beats. Poderá não ser o mais indicado para os fãs de coisas mais brutas, mas temos que dizer que a sua eficácia é quase total. Se pegarmos num tema como “Fucking Dead” isso fica completamente ao descoberto onde um andamento doom (digno de Sabbath) se torna tão viciante que temos que voltar a ouvir, Excelente regresso, só falta mesmo o álbum.

8.5/10
Review por Daniel Pinheiro


Arallu – “En Olam”

2019 – Satanath Records

Lembram-se daquele primeiro impacto que os Melechesh tiveram a uma certa altura no início milénio? Pois bem, os não só são contemporâneos como também partilham o mesmo tipo de sonoridade e até a nacionalidade. No entanto os Arallu têm estado algo confinados a um estado menos popular embora nos últimos anos se prove que em termos qualitativos evoluíram bastante. Aliás, como prova este álbum que não sendo perfeito consegue facilmente agarrar-nos a atenção, principalmente os primeiros temas. Uma mistura bem conseguida entre o death e o black, sempre com as sonoridades do médio oriente a ilustrar esse mesmo equilibrio. Por outro lado, talvez seja um bocado desequilibrado entre o início e a forma como acaba, faltando talvez no final um épico para finalizar. Seja como for, tal como nos chega, “En Olam” é um álbum fantástico.

8.5/10
Review por Fernando Ferreira


Manipulation – “Mind Control Ultra”

2019 – Symbol Of Domination Productions

Quatro anos de ausência dos Manipulation não lhes tiraram pujança nenhuma. Nem pujança nem o jeito para nos dar uma autêntica sova sonora como o que Mind Control Ultra faz. Este toque polaco de nos espancar o cabedal com groove, pormenores técnicos (principalmente nas guitarras) e melodias que não sendo in your face, acabam por cumprir a sua função de tornar as músicas mais catchy. Podemos sentir de vez em quando que seria um álbum mais forte com menos uma ou duas faixas já que a chega a perder algum do gás a mei do álbum, e mesmo consiga recuperar essa mesma força no final, fica a sensaçãod e que não é um álbum tão sólido quanto poderia ser. Ainda assim, grande regresso.

7.5/10
Review por Fernando Ferreira


Hüsmänsköst – “Solstice II”

2019 – Edição de Autor

Os noruegueses Hüsmänsköst estão de regresso com mais uma curta descarga de grindcore furioso e cheio de charme crust, como tão bem sabem fazer os escandinavos. “Solstice II” são seis temas que vão para além do despejar raiva conseguem fornecer algumas malhas que mostram que a banda está disposta a ir mais além do que lhes é esperado. E exigido, com algumas melodias a serem bem aplicadas. Lançado no final de 2019, esta foi uma boa forma de acabar o ano, com violência inesperadamente melódica.

8/10
Review por Fernando Ferreira


Dead End Finland – “Inter Vivos”

2020 – Inverse Records

Dead End Finland é uma banda Finlandesa de Death Metal melódico, Realizaram a sua formação em 2007, ao que no presente ano 2020 lançam o seu novo álbum “Inter Vivos”. Sendo difícil classificar o seu som, onde misturam o Death metal melódico com algumas tonalidades do clássico e um tracinho de Metalcore. Um som bastante harmonioso, um perfeito trabalho de teclas, riffs um pouco industriais, solos não muito longos mas bem elaborados. Vocalmente alternam a voz limpa com o gutural, voz limpa aparece mais no refrão, misturam uma atmosférica melancólica com alguns instrumentais mais alegres. Gostei especialmente dos temas “Dark Horizon e “ Closer to Extinction ” onde falam de um canário pós-apocalíptico. Um som bastante inovador, recomendado para fãs de In Flames, Soilwork e porque não dos conterrâneos Children of Bodom.

9/10
Review por Nídia Almeida


Bloody Sadism – “Eloquent Atrocity”

2019 – Base Record Production

Afinações graves, voz gutural para lá de grave e uma sonoridade própria do slam/goregrind com alguns pormenores interessantes. Pormenores esses que quase fazem com se destaquem da concorrência. No entanto, o detalhe que mais diferença faz é mesmo o tratar-se de uma one-man band iraniana, um destino para lá de invulgar para o metal em geral e esta sonoridade em particular. Perante os lugares comuns que este género tem tendência a abraçar, é possível verificar um esforço do amigo Pooyan Ahmadi em escapar ao mesmo. Nem sempre consegue mas dá-se nota positiva pelo esforço. Percorrendo esse caminho, acreditamos que podemos ter muitas boas surpresas num futuro próximo. Estreia interessante.

7/10
Review por Fernando Ferreira


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