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WOM Reviews – Pretty Reckless / Scarved / Tokyo Blade / Sator / Lucifer / A Perfect Day / Red Roll / Angelshade

WOM Reviews – Pretty Reckless / Scarved / Tokyo Blade / Sator / Lucifer / A Perfect Day / Red Roll / Angelshade

Pretty Reckless – “Death By Rock’N’Roll”

2020 – Werewolf Records

Depois de três demos na primeira década do milénio, os Fastian Pact apresentam um álbum que parece que até é mais antigo, vindo da década de noventa. Aquele black metal ligeiramente melódico ainda que algo cru. Tem um encanto muito próprio. Encanto do passado mas que é válido tanto agora como o seria na altura. Talvez este seja um trabalho que está voltado para o passado, não existem dúvidas em relação a isso… no entanto, não deixa de ser inegavelmente cativante e eficaz. Uma boa surpresa a provar que por vezes as expectativas crescem e são correspondidas.

8.5/10
Fernando Ferreira

Scarved – “Flashback”

2021 – Sleaszy Rider

Poderá ser o tradicional pesado? Pode e deve, respondem os Scarved com o terceiro álbum que vê a banda com um alinhamento diferente mas com a voz carismática de Caro Scarved a continuar a comandar os seus destinos. A base hard rock e blues liga bem com a voz feminina, cheia de força e raça, assim como também dá as boas vindas ao peso bruto da guitarra. Um álbum perfeito para apresentar a banda a novos fãs. O clássico e o tradicional podem muito bem ser actualizados que não se prde absolutamente nada.

9/10
Fernando Ferreira

Tokyo Blade – “Night Of The Blade”

1984 / 2021 – High Roller Records

Ainda há pouco tempo falámos aqui deste álbum, a propósito da reedição de “Night Of The Blade… The Night Before”, onde o álbum é apresentado na sua versão original, com a voz de Alan Marsh, que foi substituído por Vicki Wright que tinha um timbre bem mais melódico. Isso sente-se logo à partida no tema de abertura, “Someone To Love”, que tem uma toda mais hard rock do que heavy metal esperado. Algo que se sente também noutros temas ao longo disco e uma divisão da banda em dois feelings distintos, um mais metálico e outro mais roqueiro. É difícil para mim dizer um favorito, afinal este foi o álbum que mais tempo tivemos a ouvir e que conhecemos melhor, mas a versão original tem uma agressividade que este não tem. Seja como for, o meu conselho é mesmo aproveitar que ambas estão a ser reeditadas pela High Roller Records e arrebanhar ambas.

8.5/10
Fernando Ferreira

Sator – “Basement Noise”

2006 / 2021 – Wild Kingdom

Não conhecia este nome do rock sueco mas esta apresentação através da reedição do sétimo álbum de originais é perfeita. Uma junção perfeita entre o rock e aquele espírito rebelde que fez parte do proto-rock. Sem ser propriamente retro atenção. É um álbum que a quem passou despercebido na altura, quinze anos atrás, hoje em dia continua a fazer todo o sentido e a ter tanto impacto como na altura. Excelente surpresa e uma banda a conhecer – pelos vistos não lançam nada de 2011 mas ainda se mantém activos.

8.5/10
Fernando Ferreira

Lucifer – “Gone With The Wind Is My Love”

2021 – Century Media

“Lucifer gone disco”, é algo que podemos usar para definir o que é este novo single ou EP dos Lucifer. A cover da “Gone With The Wind Is My Love” dos Rita & The Tiaras está muito bem conseguida mas poderá soar algo estranha para quem não seja familiar com o rock retro da banda. A particularidade desta versão é que conta com a participação de Elin Larsson, dos Blues Pills. No lado B temos a versão “confinamento” da “Cemetary Eyes”. Serve para aperitivo do próximo álbume para matar saudades daquele rock clássico da década de setenta. Rock e disco, claro.

8/10
Fernando Ferreira

A Perfect Day – “With Eyes Wide Open”

2020 – Rock Of Angels Records

Riffs Fortes, voz melódica. Sem ser propriamente semelhante nos pormenores (como os citados atrás e todos os outros) são bandas como Alterbridge que me vêm à mente ao ouvir este álbum dos A Perfect Day. A banda surge com uma roupagem profissional, não sendo surpresa que este seja o seu terceiro disco. Pessoalmente gosto destas bandas que têm um pé no comercial e outro no peso. Não foram bandas assim que nos fizeram gostar de música pesada inicialmente? Claro que momentos como “Whatever You Want Me (To Do)“ e “The Love We’ve Waited” são algo embaraçosos de tão pop que são – apesar de ser um tema bem construído, apenas acho que é um contraste muito grande passar de peso para algo que poderia estar num álbum dos Take That da década de noventa. Quando o peso surge, a coisa funciona melhor e é por aqui que julgo que deverão ir, se quiserem optar por uma direcção. Ou talvez queiram continuar a dar uma no cravo e outra na ferradura mas talvez o potencial fique sempre a meio. Fica a mais de meio porque os temas mais fortes são mesmo fortes.

7/10 
Fernando Ferreira

Red Roll – “At The End The Beginning”

2020 – Edição de Autor

A capa poderá assustar, já que até parece coisa do demo (ou seja nu-metal e afilhados – não que não tenham direito à vida mas certas ondas ficam bem onde passaram, no passado), mas felizmente o som é um rock cheio de garra e dinâmico. Com algumas pitadas alternativas, não muito fortes, há um talento inato da banda em conseguir criar melodias que se pegam ao nosso cérebro e até soam minimamente originais. “At the End The Beginning” é um tipo de rock que se calhar já não se usa hoje em dia, infelizmente. Aquele rock que passava bem nas rádios, à semelhança de uns Lit e os seus amigos. Ouve-se bem, descontraídamente. EP de estreia boa, pessoal do rock vai gostar.

6.5/10
Fernando Ferreira

Angelshade – “Conspiracy”

2020 – Rock Avenue Records USA

Muitas vezes digo aqui para não se julgar os livros pelas suas capas e que não devemos ceder ao preconceito das primeiras impressões, mas esta capa indica claramente que estamos perante um trabalho mais amador – não que as bandas que são profissionais não tenham más capas e má concretização. E quando digo amador, não digo de forma a rebaixar, apenas a indicar que há opções que beneficiariam de mais algum pensamento crítico antes de serem validadas. Afinal não se trata apenas fazer música de forma a exorcisar as suas influências. Comecemos por aí. Claramente temos um álbum onde as influências do grunge e daquele rock/metalmais cerebral da década de noventa falam mais alto. A produção não é má, mas também denota um pouco o tratamento mais caseiro. E perante isto tudo estamos com uma banda que tem talento – os solos de guitarra são muito bons – embora desfasado temporalmente. A sua estreia discográfica indica que estão agora a começar o seu caminho com entusiasmo, algo que se pode perder rapidamente perante todas as portas fechadas no mundo da música. Indica também uma maior necessidade de maturidade musical. O que está aqui está em cru e tem potencial.

6/10
Fernando Ferreira

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