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WOM Reviews – Silent / Snatch Back / Riot In The Attic / Rebel Feat. John Lawton / Boogie Bombers / Black Paisley / Jack Slamer / Avi Rosenfeld & Valentina Ielà

WOM Reviews – Silent / Snatch Back / Riot In The Attic / Rebel Feat. John Lawton / Boogie Bombers / Black Paisley / Jack Slamer / Avi Rosenfeld & Valentina Ielà

Silent – “Fragments”

2020 – Edição de Autor

Curti imenso a curta intro deste disco, que leva a “The Tinted Glass”, um tema muito envolvente, com que os brasileiros Silent fazem a sua abertura para aquele que é o seu terceiro disco, cheio do esplendor do power rock, AOR e rock melódico.

As honras estão feitas e a coisa vai desfilar ao longo de mais dez temas que nos preenchem quase uma hora de música com qualidade e genialidade.

“Fragments” é um trabalho com muita ambição, e para mim que já tinha ouvido falar neles sem os ter ouvido, foi uma sensacional surpresa, pois ouvi um conjunto de temas dinâmicos e de excelência dentro da linha sonora já referida.

Como já referi, era uma banda que já me tinham aconselhado, mas para a qual só agora as portas se abriram…tudo a seu tempo e agora é tempo de Silent!

10/10
Miguel Correia

Kult Of The Skull God – “The Great Magini”

2020 – Edição de Qutor

O primeiro álbum completo da banda de rock britânica Snatch-Back desde a formação em 2016, deixa muitas indicações positivas. A experiência e pedigree de rock clássico brilham ao longo deste novo álbum, apesar de sentir que com outra produção o resultado seria melhor, mas no fundo entendo, pois aqui soa a essência do rock crú e sujo, muito direto com toda a adrenalina que o heavy rock nos faz sentir.

Recomendo!

10/10
Miguel Correia

Riot In The Attic – “Dawn”

2020 – Monkey Road Records

Esta estreia dos alemães Riot In The Attic é, para todos os efeitos, rock. Mais clássico menos clássico, mais indie ou menos alternativo ou mais stoner menos stoner. Esses são todos detalhes, o rock é mesmo o centro de tudo. E é rock bom, descomprometido mas longe de ser simples e básico. As melodias são daquelas que entram directamente e o feeling clássico – sem apontar directamente a momentos específicos da história do rock – está omnipresente. Um daqueles álbuns que consegue chamar por nós graças única e exclusivamente à música e ainda apresentar algumas surpresas como a excelente – “Thalassa”. Recomendo a conhecerem os Riot In The Attic.

8.5/10
Fernando Ferreira

Rebel Feat. John Lawton – “Stargazer”

1982/2020 – Metalopolis Records

Adoro estes regressos ao passado, principalmente regressos a um passado esquecido e/ou ignorado. Os Rebel eram uma banda alemã (ou melhor da RFA) que tinham em Tommy Clauss o seu grande impulsionador. Tommy era um jovem guitarrista fã de Blackmore em particular e do hard rock da década de setenta no geral que sabia bem o que queria. John Lawton era o ex-vocalista dos Uriah Heep e quando esteve no país em digressão, foi contacto por Tommy para produzir o álbum de estreia, ao que ele aceitou, mas o vocalista da banda tinha um problema com a dicção pelo que foi o próprio Lawton que se chegou à frente e o resultado ficou gravado na história, um álbum que embora seja datado – aliás, a capa diz tudo, certo? – consegue capturar o entusiasmo e talento cru da banda e principalmente de Clauss que é uma pena que não se tenha tornado mais relevante. O álbum foi ignorado embora se tenha tornado um trabalho de culto que agora é reeditado pela primeira vez em CD, algo que é totalmente merecido. Um daqueles pedaços de história que vale a pena recordar. O que será feito do amigo Tommy?

9/10
Fernando Ferreira

Boogie Bombers – “Boogie Bonanza”

2020 – Volcano Records

As bases do rock, embebidas em blues, foram um dos meus primeiro contactos com a música mais pesada, ainda numa fase muito embrionária. Esses contactos e também com a música clássica, estão na base de tudo o que veio depois. E se eu poderia olhar para esses momentos como algo que já não surte efeito, a verdade é que a paixão por essas sonoridades continua lá, como se estivesse de volta à magia primordial daquelas melodias. É essa magia primordial que este “Boogie Bonanza” me transporta. Então quando temos a harmónic a soar ainda por cima de forma tão inspirada – a rivalizar com as própprias guitarras – então está-se mesmo no sítio correcto. Um álbum simples, totalmente inspirado na tradição norte-americana, o que poderá soar estranho já que a banda é grega – quanto a mim até poderiam ser de Urano, que iria ser o mesmo. O blues não é do outro lado do oceano. É do mundo, é nosso!

9/10
Fernando Ferreira

Black Paisley – “Rambler”

2020 – Edição de Autor

Boa onda. É a proposta que os Black Paisley trazem ao seu terceiro álbum. Um som que anda entre o rock e o hard rock, mas que não soa datado. As melodias vocais relembram os idos de oitenta mas há algo intemporal nestes temas que fazem que saibam tão bem agora como na altura em que este tipo de coisa era mais popular. Os coros fundem-se bem com as guitarradas que são inspiradas – aliás, tal como os coros. O resultado é mesmo um álbum que nos apetece ouvir do início ao fim. E sendo o terceiro álbum (peço desculpa por insistir isto) temos aqui a certeza de que esta é mesmo uma banda à qual queremos prestar atenção.

8/10 
Fernando Ferreira

Jack Slamer – “Keep Your Love Loud”

2020 – Nuclear Blast

Para acabar o ano em beleza, nada como estar a ouvir o bom e velho rock, cortesia dos suiços Jack Slammer. Este é o terceiro álbum da banda e como os deuses do rock ‘n’ roll ditaram mutias décadas atrás, o terceiro álbum é aquele que mostra o que a banda realmente vale. Bem, posso dizer que não demorei muito tempo a ficar completamente rendido. Não quero enganar ninguém, por isso tenho que dizer desde já que, sim, este é um álbum que nos soa à década de setenta. Clara e inequivocamente. Mas, apesar disso, conseguem apresentar um espectro largo que mantém o seu interessante e simultaneamente moderno já que se vai transformando e passando por diversas disposições. O terceiro álbum mostra aquilo que uma banda promete, se muito ou pouco, e embora tenho os olhos no passado para se inspirar, é claramente uma banda com futuro risonho.

7.5/10
Fernando Ferreira

Avi Rosenfeld & Valentina Ielà – “One To One”

2020 – Edição de Autor

Avi Rosenfeld está de volta – já é redundante dizer isto três ou quatro vezes por ano, não é? – e regressa da forma que acho que é melhor para ele, bem acompanhado. Não é que ele esteja mal acompanhado por norma, até porque rodeia-se sempre de excelentes músicos. Não, apenas porque prefiro quando ele tem a mesma voz a acompanhar durante o álbum todo (normalmente vai tendo vários vocalistas convidados) e neste caso, Valentina Ielà tem um timbre perfeito para estas músicas a puxar mais ao blues e ao rock ligeiro. Bastante variado, como sempre, chegando a ir a reggae ligeiro, sempre com muito soul, este é um álbum boa onda e que sabe bem ouvir no Verão. O Verão está longe, e o de 2020 também não foi memorável, por isso só nos resta fechar os olhos e imaginar que estamos num outro sítio. Num outro ano.

7/10
Fernando Ferreira

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