Review

WOM Reviews – Skeletoon / Armored Saint / Kryptos / Rhapsody Of Fire

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Skeletoon – “The 1.21 Gigawatts Club”

2021 – Scarlet

A saga “Back To The Future”, apesar de ter quase 35 anos, ainda permanece relevante e presente em muitos de nós. O quinto álbum de estúdio dos italianos SkeleToon traz-nos um trabalho concetual, baseado na trilogia e fazendo jus às tribuladas viagens no tempo de Marty McFly.

Musicalmente, este disco é um álbum de power metal, com guitarras velozes e vocais suaves, sendo o desempenho de Tomi Fooler digno de registo. Sente-se também que para a banda italiana as suas influências são por demais importantes, pois coros catchy não faltam por aqui, alimentados por alguns convidados muito especiais como Simone Bertozzi (Anciente Bards), Simone Mularoni (DGM) e Alessio Lucatti (Vision Divine, Deathless Legacy).

9/10
Miguel Correia

Armored Saint – “Symbol Of Salvation Live”

2021 – Metal Blade

Quantas vezes já disse que esta história de tocar álbuns inteiros ao vivo não é mais do que uma forma fácil de ganhar uma nota? Quer nos espectáculos em si, quer nas gravações ao vivo que resultam desses espectáculos que permite a posterior edição. Bastantes, eu sei, no entanto, tal como também já disse muitas vezes, a pandemia obrigou as bandas a reinventarem-se e a encontrarem novas formas para sobreviverem. Mesmo que essas novas formas não sejam assim tão novas. Depois de um sólido “Punching The Sky” lançado em 2020, a banda de heavy metal norte-americana volta com este álbum ao vivo registado em 2018. Um álbum onde “Symbol Of Salvation” é tocado na íntegra, um dos seus álbuns mais emblemáticos e símbolo também da sua sorte (ou azar), visto que pouco tempo depois a banda viria acabar. Nada a apontar em relação ao álbum em si, que é intocável mas continuo a ter muitas dúvidas em relação a esta táctica. Dirigida aos velhos fãs que provavelmente compraram o álbum original em 1991? Dirigida aos novos, que assim são introduzidos a um dos seus trabalhos mais fortes? É difícil de ter uma opinião sólida quando qualquer hipótese faz sentido. Quanto a nós, aplaudimos a inclusão das demos de 1989, que trazem um bom som e a energia que a banda transmitia/transmite com a sua música. Só por esse pormenor, conseguem tornar este um produto mais interessante.

8/10
Fernando Ferreira

Kryptos – “Force Of Danger”

2021 – AFM

A banda com origem na Índia, está de forma tranquila a ganhar o seu espaço dentro da cena. Com uma sonoridade heavy metal fielmente old school, mas com vocais um pouco mais extremos, os Kryptos estão de volta, depois do muito bem-sucedido “Afterburner” de 2019, com mais um disco, o sexto se não estou em erro, e que no geral tem boas ideias, sólido, mas aqui ou ali com alguns clichés que o deixam colado às influências da banda.

Não quero ser mal interpretado, mas “Force Of Danger” é uma boa proposta, mas que podia ser ainda melhor se tivesse mais personalidade e digo isto sem qualquer influência comparativa daquilo que é o seu antecessor, na minha opinião.

8/10
Miguel Correia

Rhapsody Of Fire – “Glory For Salvation”

2021 – AFM

Para os velhos fãs de Rhapsody, aposto que tem sido desconfortável assistir à evolução da banda e à forma como a mística se foi adulterando e perdendo. Algo que se acentuou consideravelmente com a saída de Luca Turilli e Fabio Lione em períodos diferentes da sua história. Este é já o segundo álbum com Giacomo Voli à frente do microfone da banda italiana e apesar da sua excelente voz, não tem um timbre que se destaque perante tudo o que já ouvimos dentro do género musical. Quanto à música em si, não comprometem. Confesso que tinha ficado preocupado o EP “I’ll Be Your Hero”, mas não há razões para preocupações. Esse tema específico é realmente fraquinho assim como “Un’Ode Per l’Eroe” e “La Esencia De Un Rey”, dois temas que também já tinham aparecido no dito EP e que cuja única diferença é mesmo a língua (italiano e espanhol, respectivamente). Completamente dispensáveis. “Glory For Salvation” acaba por ter algumas questões arrastadas e por mostrar que falta aqui ainda uma maior solidez em relação ao legado Rhapsody. Solidez para soar convincente. Ainda está aquém do que se desejava e em relação ao último álbum, não tem, de todo, o mesmo impacto.

7/10
Fernando Ferreira

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