WOM Reviews – Sonic Haven / Dragon’s Kiss / Jaeder Menossi / The Spectre Beneath / Scavenger / Stratofortress / Illusory / Metal Massacre XV
WOM Reviews – Sonic Haven / Dragon’s Kiss / Jaeder Menossi / The Spectre Beneath / Scavenger / Stratofortress / Illusory / Metal Massacre XV
Sonic Haven – “Vagabond”
2021 – Frontiers Music
“Vagabond” faixa de abertura foi das malhas que mais toquei na minha playlist. Ela é impetuosa, veloz, poderosa…sei lá…adorei e fiz com muitos a ouvissem para saber a qualidade deste novo trabalho dos germânicos Sonic Heaven, novo projeto de Herbie Langhans, vocalista amplamente ativo no cenário.
Neste novo passo Herbie surge acompanhado de André Hilgers (Bonfire, Rage, Silent Force) na bateria, Carsten Stepanowicz (Radiant) nas guitarras e Dominik Stotzem (Beyond The Bridge) no baixo.
Assim, temos uma proposta musical de power metal melódico, muito “in your face”, dominada por ritmos cheios de energia, com um power contagiante, composto por riffs e solos muito fortes, debitados com toda a fúria e capazes de nos rebentar a audição!
10/10
Miguel Correia
Dragon’s Kiss – “Barbarians Of The Wasteland”
2014/2021 – Firecum Records
Um dos muitos projectos Hugo Conim, nome grande do nosso underground nacional. Dragon’s Kiss juntou o guitarrista a Adam Neal dos Savage Master (e ex-Nashville Pussy) numa banda que transpira puro heavy metal, raçudo e memorável. Sendo o primeiro e único álbum até ao momento, esta reedição em vinil é mais que merecida, não só para perpetuar a memória deste grande álbum como até como que poderá, esperemos, motivar e entusiasmar os músicos a trabalharem no segundo. “Barbarians Of The Wasteland” mantém-se actual e relevante tal como no dia em que foi lançado senão mais ainda!
9/10
Fernando Ferreira
Jaeder Menossi – “Interestellar Experience”
2021 – Heavy Metal Rock
Jaeder Menossi, dos Pop Javali inicia assim o seu percurso a solo com um título que mistura português com inglês e com um som ambicioso que vai do shredd ao hard’n’heavy. Menossi é um músico fantástico, já sabíamos disso mas caso houvesse dúvidas elas ficam todas desfeitas, principalmente a cada lead e a cada solo inspirado que ouvimos. Apesar de ser uma hora de música, este está longe de ser um álbum aborrecido, já que as canções, cada uma delas, são favorecidas e este está longe de ser mais um álbum de um guitarrista talentoso a quer evidenciar esse talento – embora não faltem aqui temas instrumentais onde isso aconteça. No final ficamos fãs do guitarrista e do músico que nos faz lembrar os momentos mais clássicos de Vai e Satriani. Para quem gosta do som da guitarra, obrigatório.
8.5/10
Fernando Ferreira
Deadspawn – “Pestilence Reborn”
2021 – WormHoleDeath
Apoiado numa vozl limpa de excelência, o álbum The “New Identity of Sidney Stone” surge pelo nevoeiro com a sua luz arrocalhada e metalizada a iluminar um panorama musical demasiado uniforme. Este trabalho, da autoria do trio “The Spectre Beneath”, inicia-se em grandeza e tende a perdurar nesse trono bem elevado durante toda a sua duração de uma hora. Apesar de na minha opinião a excelência do álbum residir na voz feminina bastante característica, a verdade é que todo o trabalho não vocal consegue igualar a aposta do anterior através de riffs encorajadores e de um exercício de bateria bastante fluído. É um álbum ideal para aqueles que não se importam de misturar a sua música em tonalidades mais pesadas e outras mais leves que se oriente por caminhos mais melódicos sem que se chegue a tornar num estilo verdadeiro melódico.
9/10
Matias Melim
Scavenger – “Battlefields”
1985/2021 – Golden Core Records
Uma das grandes vantagens de vivermos no tempo em que vivemos é a de podermos olhar para trás para muitas das coisas que nos passaram ao lado na altura e que ficaram enterradas em pilhas de outras que se tornaram mais populares. Assim é com o álbum de estreia dos belgas Scavenger. “Battlefields” foi a estreia do seu álbum e também o último que viriam a lançar. A banda acabou pouco tempo depois e voltaria, poucos anos atrás, à actividade sem grande coisa a mostrar a não ser um single. Já ouvimos muitas histórias assim e nalgumas delas a música em questão até nem é memorável que mereça a “repescagem” a não ser pela tendência nostálgica. Não é o caso aqui já que o álbum apresenta um heavy metal de qualidade elevada e que é um clássico escondido que vale a pena recuperar. Também foi recuperada nesta edição a demo de 1982, “Deep Throat” e quatro temas ao vivo registados em 1984. Estes últimos são portadores de um som manhoso mas fazendo parte do pacote servem pelo valor histórico. Uma recuperação que recomendamos para todos os amantes de heavy metal e um tributo ao vocalista Jan Boeken, falecido em 2019.
8/10
Fernando Ferreira
V/A – “Stratofortress – Anthems Of The World”
2021 – Infinite / Elevate
O chamariz para este álbum tributo aos Stratovarius, a forma que tem de distinguir de todos os outros é inteligente. Mais do que juntar uma série de bandas com cada uma a escolher uma faixa (ou por vezes até mais do que uma a tocar a mesma faixa) temos uma selecção cuidada que, muitas das vezes, conta com membros (actuais ou antigos) da própria banda homenageada. No final é apenas um álbum de tributo, sim, mas feito com cuidado e atenção para que não seja apenas mais um. Assim sendo temos alguns dos maiores clássicos da banda a passarem pelas mãos de bandas como Beto Vazquez Infinity e Dark Horizon e ainda a participação de Timo Tolkki e Jari Behm (ex-membros da banda). Para os fãs dos Stratovarius principalmente da sua fase de ouro, este é um tributo apetecível, porque algumas destas músicas não há meio de perderem efeito.
8/10
Fernando Ferreira
Illusory – “Crimson Wreath”
2021 – Rockshots Records
Neste trabalho torna-se impossível, desde os primeiros segundos de som, não falar do seu género a que pertence. “Crimson Wreath” é um álbum dos “Illusory” que brande o seu duplo estandarte de heavy e power metal com orgulho e fazendo-o com qualidade. No geral, trata-se de um trabalho de flashback, isto porque tecnicamente não traz nada de novo para a mesa. Contudo, ao se inspirar nos estilos mais clássicos consegue demonstrar a sua alta qualidade. Seguindo essa mesma onda do passado, o álbum é facilmente divisível entre a faixas fortes e as baladas mais sentimentais, com umas faixas de narração incomuns pelo meio. No que diz respeito ao ambiente geral, o álbum tem uma sonoridade extremamente limpa e tem uma variedade de tons bastante saudável. Numa frase: é um álbum para aquela malta mais clássica do metal que experienciou aquela onda do metal épico e heroico simbolizada por bandas como Manowar (sendo que apenas uso esta banda como exemplo, apesar de “Crimson Wreath” estar mais próximo do estilo musical de Iron Maiden).
7.5/10
Matias Melim
V/A – “Metal Massacre XV”
2021 – Metal Blade
Já muitas vezes falei aqui de como o formato compilação está completamente obsoleto e, raras excepções, é obsoleto. No entanto, apesar disto, vamos encontrando aqui e ali algumas apostas no formato, sendo que a que nos traz aqui agora é a mítica “Metal Massacre” da Metal Blade, que por esta altura (e devido ao carácter lendário que tem) acaba por ser mais uma questão de orgulho e de tradição do que propriamente forma de divulgação e apresentação de novas bandas. Tirando isto da frente, temos aqui uma representação do catálogo da mítica indepentente alemã com alguns temas exclusivos (apenas três, de Midnight, Many Suffer e Ripped To Shreds), que poderão constituir a principal fonte de interesse. Longe de ser um objecto imperdível, obviamente que se ouve bem e que será recomendado para quem lhe apetece ficar a conhecer melhor algumas das bandas/apostas da Metal Blade.
6.5/10
Fernando Ferreira