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WOM Reviews – This Calling / Dr. Elephant’s Revolution / Fangs Volume 2 / Mudrive / The Sunrise / Saprophyte In Bloom / A Shape / Sno Babies

WOM Reviews – This Calling / Dr. Elephant’s Revolution / Fangs Volume 2 / Mudrive / The Sunrise / Saprophyte In Bloom / A Shape / Sno Babies

This Calling – “Methods Of Protest”

2020 – Black Star Production

Hungria, um belo país que se destaca por muitos motivos mas que, pelo menos para mim, não é o que em surge em mente quando penso em hardcore. Até ouvir este “Methods Of Protest” que além do peso, de uma produção poderosíssima, traz também muita melodia e entusiasmo consigo em formato punk/hardcore. Quando temos um disco que nos atinge como uma pedra nas fuças logo desde o início e nos faz querer mexer freneticamente. Talvez seja melódico demais para quem gosta de hardcore, talvez seja pesado demais para quem gosta de punk, mas tirando essas picuinhices, haverá alguém com bom gosto que não goste disto?! Uma fantástica estreia discográfica!

9/10
Fernando Ferreira

Dr. Elephant’s Revolution – “On Our Own”

2020 – Edição De Autor

O terceiro álbum dos suiços Dr. Elephant’s Revolution, “On Our Own”, é um poço de surpresas dinâmico. O rock alternativo é muito bem tratado aqui dando-nos repentes ao mesmo tempo tanto de uns Queens Of The Stone Age e de uns White Stripes, sem desfazendo a sua identidade, claro. De vez em quando surgem uns guturais inesperados e uns riffs mais metálicos mas nada que descaracterize a coesão do álbum. “Shadow” é um exemplo deste lado mais pesado enquanto “La Petite Fleur Range” é pura diversão alternativa que convive muito bem com o peso. Talvez se sinta em alguns momentos que é um trabalho longo demais que se poderia tirar aqui algumas gorduras, mas a verdade é que também não tem muitas. Recomendado.

8/10
Fernando Ferreira

V/A – “Fangs Volume 2”

2020 – Mongrel Records

Segundo volume da compilação Fangs que divulga o som pesado que se faz pelo continente africano com um foco grande na África do Sul. Vários estilos musicais, sendo que os mais modernos acabam por ser os mais escolhidos. Géneros como o metalcore e até o nu metal surgem sem surpresas ao lado de propostas stoner e death metal. Nomes a reter quanto a mim são State Dependency (groove), Albinobeach (mistura entre pós-rock e stoner), Vielikan (que excelente surpresa, uma espécie de pós-metal progressivo), Lelahell (death metal ligeiramente técnico) e Vulvodynia (dispensam apresentações para os fãs de slam/brutal death metal técnico). É uma boa forma de ficar a conhecer um pouco mais de uma cena que apesar de subvalorizada, está em continuo crescimento.

8/10
Fernando Ferreira

Mudrive – “Emerge”

2020 – Edição de Autor

É bom dizermos que temos metal alternativo e que não é nada arraçado de nu-metal ou coisas assim. Não que tenha especial ódio (também não tenho especial amor) pelo género mas apenas porque é muito previsível. É bom encontrar um metal alternativo que vá buscar inspiração aquele rock raçudo da década de noventa. Felizmente é mesmo por aí que os Mudrive vão neste EP de estreia. Seis temas muito fortes por parte da banda italiana e com a voz cativante Sofia May a guiar riffs que remetem tanto para Soundgarden como para Alice In Chains. Início de carreira promissor.

7.5/10
Fernando Ferreira

The Sunrise – “Brand New Disorder”

2020 – Wormholedeath

Rock com raça e com alma. A banda italiana The Sunrise inicia a sua discografia com este álbum que apela a todos os que gostam do rock mais tradicional e clássico. Apesar de haver esta identificação imediata, conseguimos notar que a banda apresenta desde cedo uma identidade algo definida e não soa propriamente a ninguém que identifiquemos facilmente. “Brand New Disorder” apresenta sobretudo melodia, também graças à voz de Chiereghin Giorgia, suave mas que encaixa neste registo muito bem. Para quem tinha saudades do rock, ele está aqui.

7/10
Fernando Ferreira

Saprophyte In Bloom – “When Roots Are Rotten”

2020 – Edição de Autor

Intrigado projecto de metal alternativo. “When Roots Are Rotten” são três temas que os Saprophyte In Bloom (nome peculiar) apresentam ao público que conseguem englobar várias influências. Se em termos vocais nomes como Otep e Kittie surgem em mente, em termos instrumentais somos surpreendidos por riffs e harmonias quase de metal tradicional. A mistura resulta e traz bons momentos mas fica a sensação de que é necessário assentar arraiais de forma a que haja uma maior definição de identidade. Ou então é apenas necessidade que temos de ouvir mais temas para chegar a uma conclusão.

7/10 
Fernando Ferreira

A Shape – “Iron Pourpre“

2020 – Atypeek Music / Araki Records / Jelodanti Records

Noise rock foi um esilo musical que aprendi a apreciar. Com a insistência. Algo que será fundamental para que “Iron Pourpre” “entre”. O próprio comunicado de imprensa fala sobre o estilo, a dificuldade em defini-lo e sobretudo a dificuldade em explicar a razão de gostar dele. Seja como for, seja qual for a razão e a definição, os A Shape têm um certo elemento desconhecido e em abundância, um certo caos que nos convida a mergulhar no seu abismo. Não será uma experiência sonora para reproduzir diariamente, mas quando precisamos de uma certa dose de loucura e dissonâncias, podemos começar por aqui.

6.5/10
Fernando Ferreira

O.S.T. – “Sno Babies Motion Picture Soundtrack”

2020 – Better Noise Music

Não é costume analisarmos aqui bandas-sonoras, muito menos quando os lucros que arrecadam são para ser doados a uma instituição – neste caso a GRI (Global Recovery Initiatives Foundation que tem como missão lutar contra o estigma da desordem pelo uso de substâncias. Não conhecendo bem a missão da instituição (que à partida parece digna de apoio) nem o filme, vamos focar-nos na música em si. Temos Hellyeah com “Moth” de “Undeniable” de 2016, temos Cory Marks com “Outlaws/Outsiders”, os Sixx A.M com três temas, sendo que o destaque vai para “Maybe It’s Time” que conta com nomes como Joe Elliott dos Def Leppard e Corey Taylor dos Slipknot entre muitos outros. No geral é uma compilação interessante dentro do rock moderno. stando nós bastante longe dos tempos em que as bandas sonoras em formato compilação eram relevantes, o balanço é positivo.

6/10
Fernando Ferreira

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