Review

WOM Reviews – Tocsin / HamaSaari / Sever / Witchfield

Tocsin – “The Calm, The Chaos”

2023 – Edição de Autor

Que classe. É o que os Tocsin revelam neste seu ambicioso álbum de estreia, “The Calm, The Chaos”. Quando se fala em rock/metal progressivo, ficamos com uma ideia muito definida daquilo que vamos ouvir – indo buscar algumas referências próprias que podem incidir maioritariamente em nomes como Pink Floyd ou Dream Theater. O que não é aquilo que depois vamos ter com o som dos Tocsin, principalmente porque a banda portuguesa apresenta uma sonoridade de cariz mais alternativa que os dota de um som não só personalizado como ainda mais interessante. Álbum denso e que será imediato para quem procura isso mesmo. Um álbum que exige ao ouvinte tempo e paciência para absorver aquele que um dos mais surpreendentes trabalhos do underground nacional até à data em 2023.

9/10
Fernando Ferreira


HamaSaari – “Ineffable”

2023 – Klonosphere

A dança dos nomes nos comunicados de imprensa são um mal necessário. Se ao público alguns dos nomes podem soar ridículos, do nosso lado serve para trazer uma cor em relação ao que vamos ouvir. Ainda que seja uma cor distante da tonalidade original. Neste caso em específico, as referências foram Pink Floyd, Porcupine Tree e Karnivool, o que faz todo o sentido, mas neste caso aquilo que nos faz lembrar mais é Riverside, não por ser semelhante, mas por evocar o mesmo espírito de ambiência e sensibilidade à flor da pele. É um álbum de estreia, portanto é de esperar que estas cores todas assumam tonalidades mais próprias e independentes no futuro, mas aqui em “Ineffable”, temos um álbum de rock/metal progressivo apaixonante e hipnótico.

8.5/10
Fernando Ferreira


Sever – “At Midnight, By Torch Light”

2023 – Iron Bonehead Productions

Depois da demo “Sadistic Sorcery” lançada no ano passado, aqui está o álbum de estreia da one-man band Sever. Apesar de compreensível o rótulo Black Metal Sinfónico, aquilo que encontramos aqui é substancialmente diferente. E se insistirmos nesse rótulo, é melhor ter em mente o primeiro álbum de Emperor, para nos situarmos no tipo de sinfónico a que nos referimos. Atmosfera negra e macabra, num disco que apesar da sua característica unidimensional, tem bastantes dinâmicas interessantes. Um assalto presente ao passado que vai agradar a muitos saudosistas do género, mas esta é muito mais do que uma simples viagem nostálgica ao passado.

7.5/10
Fernando Ferreira


Witchfield – “3”

2023 – Black Widow

Como o nome do álbum indica, temos aqui o terceiro por parte dos italianos Witchfield e com ele temos também mais uma dose de Heavy/Doom Metal com uma interessante qualidade que vai falar ao coração de todos aqueles que vêm bandas como Count Raven e Candlemass como o seguimento natural dos Black Sabbath. Ou seja, com aquele feeling mais épico dos primeiros e a ligação ao Heavy Metal dos segundos. A voz de Giovanni “John Goldfinch” Cardellino não é imediata, mas enquadra-se bem dentro do som da banda e acaba por ser uma mais valia depois de a interiorizarmos. Bons temas, bom trabalho.

7/10
Fernando Ferreira


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