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WOM Reviews – Tommy’s Rocktrip / Crowne / Social Disorder / Wonderroof / Tragedy / Kilfeather / Velvet Insane / Psychotic Apes

WOM Reviews – Tommy’s Rocktrip / Crowne / Social Disorder / Wonderroof / Tragedy / Kilfeather / Velvet Insane / Psychotic Apes

Tommy’s Rocktrip – “Beat Up By Rock’n’Roll”

2021 – Frontiers Music

Com toda a certeza que nesta altura não há headbanger que não conheça Tommy Clufetos, mas penso, eu principalmente, que estaríamos longe de ter a agradável surpresa de ver TC a montar a sua banda e a lançar um disco. Mas, na realidade é disso que se trata, é disso que falamos. “Beat Up By Rock’n’Roll” é a estreia a solo e é um disco que soa a algo muito autobiográfico e fora das cogitações sonoras por onde Clufetos passou ao longo da sua carreira. É de forma simples um peso pesado de puro rock e um desfilar de 11 temas debitados com muita garra e toda a aquela crueza, groove e sujeira habitual. E quando ouvimos dizer “rock’n’roll is a way of life”, então é verdade, tudo pode acontecer! Num todo a proposta é muito interessante e o trabalho de Tommy não é de espantar ninguém, bem pelo contrário, na minha opinião trata-se de a afirmação definitiva se é que ele precisa disso nesta altura.

10/10
Miguel Correia

Crowne – “Kings In The North”

2021 – Frontiers Music

Em tempos escrevi por aqui a importância do meio musical sueco na música que se ouve mundo fora e mais uma vez a underground ganha um nome de peso a juntar no metal melódico. Bem, vamos então falar dos Crowne e de quem eles são. Assim, temos Alexander Strandell (Art Nation) na voz, Jona Tee, guitarra e teclas que colabora com vários grupos, Christian Lundqvist na bateria (The Poodles), John Leven, baixo (Europe) e finalmente Love Magnusson, guitarra (Dynazty). Feitas as devidas apresentações vamos falar de forma rápida de “Kings In The North” um título que deixa no ar a vontade de afirmação deste projeto e se a intenção pode estar aí implícita num todo o disco soa como um exército que está fielmente atrás dos seus reis e pronto para a conquista na esperança de encontrar um amanhã onde o brilho da glória ilumine cada um dos ouvintes. Por aqui há ganchos, melodias, refrões, solos tudo elaborado de forma brilhante que torna este disco algo imperdível para os fans do género.

10/10
Miguel Correia

Social Disorder – “Love 2 Be Hated”

2021 – AFM

O guitarrista sueco Anders Rönnblom, mais conhecido como fundador/compositor dos Killer Bee e X-Romance e membro dos Wolfpakk, lançou um novo projeto chamado Social Disorder. O álbum de estreia, “Love 2 Be Hated”, conta-nos histórias da sua vida incluindo a sua luta contra os demónios que dele tomaram conta em determinados momentos da mesma. A sonoridade AOR é naturalmente predominante e este disco é de muita, mas muita qualidade. Rönnblom tem um imenso número de convidados, muitos deles músicos já consagrados dentro do Rock e Metal, e muitos dos quais ele tem uma conexão pessoal incluindo o guitarrista Tracii Guns (LA Guns), o baixista Rudy Sarzo (Quiet Riot, Ozzy Osbourne, Whitesnake), o guitarrista Jeff Duncan (Armored Saint), o teclista Dave Stone (Rainbow), o baterista Snowy Shaw (King Diamond, Dream Evil, Mercyful Fate), o baterista Shawn Duncan (DC4) e também teclista Leif Ehlin (Perfect Plan). A voz do projeto está a cargo do desconhecido Thomas Nordin, mas cujo desempenho facilmente captura e transmite a essência da sonoridade.

9/10
Fernando Ferreira

Wonderroof – “Six Complaints (From Disgruntled Kids)”

2021 – Edição de Autor

Sem expectativas. Poderá parecer um contrasenso mas nos dias de hoje é esta a receita para me fisgar a atenção – compreendo que possa não ser a receita para a grande maioria dos melómanos. Sem conhecer a banda de lado nenhum, sem saber bem o que fazem, apenas colocar no play e curtir. E este EP demonstra que há muito a curtir. Uma certa multiplicidade de géneros que andam à volta (na generalidade) do rock alternativo e que mostra uma banda que embora seja difícil de definir é muito fácil de cativar para quem faz questão de não estar a ouvir sempre a mesma música (ainda que tocada por bandas diferentes).

8/10
Fernando Ferreira

Tragedy – “Disco Balls To The Wall”

2021 – Napalm

Eu adoro covers mas não deixo de sentir alguma estupefacção por ver uma editora como a Napalm Records a apostar numa banda de covers. Não se preocupem, é coisa para durar apenas alguns minutos. Assim que a música começa a soar, depressa passa. Não sendo especial fã da música disco (embora tenhamos aqui mais do que isso nesta colecção de músicas), estas recriações estão completamente no ponto, seja em destruir os temas por completo como a torná-los um bocadinho melhores (isto é, sem mexer muito no seu formato. As maiores transformações são as de “You’re The One That I Want” (cantada por Olivia Newton-John e John Travolta no filme “Brilhantina”) e a mistura da “Evil” dos Mercyful Fate com a “Baker Street” (de Gerry Rafferty) ou a de “Raining Blood” dos Slayer com “Raining Men” das The Weather Girls. É um álbum que trará algumas horas de diversão a ouvir temas que de alguma forma ou outra ficaram registados no nosso inconsciente, mesmo que nos fiquemos a questionar durante algum tempo as decisões editoriais da editora austríaca. Ou até mesmo a decisão artística de arranjar aquela eu é uma das piores capas do ano…

8/10
Fernando Ferreira

Kilfeather – “Island Of Lost Toys”

2020 –  Riot Records/Golden Robot Records

Interessante e versátil trabalho dos Kilfeather que conseguem fazer uma boa mistura de estilos dentro do rock. Ora um pouco mais visceral (não percamos a cabeça, sempre com limites) ora com melodias quase pop mas muito bem conseguidas e até nostálgicas. A toada alternativa acaba por ser aquela que se evidencia prevalecente mas a sensação de estarmos perante um trabalho multi-facetado não desaparece, com boas guitarradas cheias de feeling à mistura – “Never Stop” é exempo a referir. Sem dúvida que este é um trabalho que tem um potencial comercial enorme, pena é estarmos nesta altura em que até isso não chega para ter sucesso.

7.5/10 
Fernando Ferreira

Velvet Insane – “Rock’N’Roll Glitter Suit”

2021 – Wild Kingdom

“Glitter” (“purpurina” em português), uma palavra tão simples que dá logo a entender o que vamos ter aqui musicalmente. Glam rock mas apontado à década de setenta do que à decadência do hard rock que depois foi arrasada pela onda alternativa. Os Velvet Insane fazem-no com classe e todo o álbum tem um sabor moderno mas com melodias que não são de agora. O resultado é suave e entra muito bem, evidenciando uma capacidade da banda de fazer músicas bem acima da média. Recomendado para quem gosta do seu rock com muita melodia e feeling boa onda.

7/10
Fernando Ferreira

Psychotic Apes – “Psychotic Apes”

2021 – Edição de Autor

Valor máximo para as bandas que apesar dos ventos desfavoráveis que vivemos actualmente, mandam-se para a frente para iniciar uma carreira. É o caso dos Psychotic Apes que lançam o seu primeiro álbum e que demonstram ter grande entusiasmo e paixão pela música que fazem. Rock/metal que cruza o tradicional (sob a forma da vertente southern) com o alternativo. Instrumentalmente forte, este é um trabalho fácil de cativar todos os que gostam de groove nas guitarras e que esse groove seja usado para solar por cima – é sempre a melhor forma do mesmo se manifestar. A voz não é tão cativante quanto o instrumental mas há espaço para progressão – necessidade de soar um pouco mais natural. Seja como for é um início promissor.

7/10
Fernando Ferreira

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